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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Na luta por direitos e igualdade social

por Eusébio Neto

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Desde que o Supremo Tribunal Federal formou maioria pela constitucionalidade da cobrança da contribuição assistencial dos trabalhadores, sindicalizados ou não, o movimento sindical tem sido constantemente atacado. Os veículos de comunicação, que são patrocinados por grandes grupos econômicos, tentam desacreditar a atuação dos sindicatos.

A Reforma Trabalhista aleijou o movimento sindical ao cortar a fonte de custeio das entidades de classes. Apesar disso, não foi capaz de calar a voz nem impedir a nossa luta por direitos e igualdade social. Após seis anos de retrocesso, o movimento sindical conseguiu reverter o jogo da exploração e eleger um presidente legitimamente comprometido com a classe operária.

O fortalecimento dos sindicatos incomoda os que obtém lucros exorbitantes com a exploração da mão de obra. O movimento sindical brasileiro é um dos mais atuantes e destacados no mundo. Ao longo de sua existência, investiu em estrutura, capacitação e preparo para enfrentar, em condições menos desiguais, o poderio do setor econômico. O movimento sindical é um poder legalmente constituído para proteger o trabalhador e os menos favorecidos.

O sindicato é a única instituição capacitada para acompanhar os trâmites dos projetos de lei, apresentar propostas e constituir processos junto aos três poderes, nas comissões e plenárias. As entidades de classe resistiram ao massacre dos governos Temer e Bolsonaro. Durante esse período, os frentistas foram alvos de projetos, que defendiam a extinção da categoria. As propostas não avançaram, devido à mobilização dos dirigentes dos frentistas em todo o país. Vencemos o primeiro round, mas ainda temos muita luta pela frente.

O movimento sindical é a única voz que se mantém firme e atuante em defesa da classe trabalhadora, com legitimidade em todos os fóruns nacional e internacional. A força do movimento sindical está na negociação, que protege os direitos dos trabalhadores e cria uma sociedade mais justa. A resistência dos sindicatos, através de suas ações de base, fiscalização e denúncias, evitou um retrocesso ainda maior no mercado de trabalho, tão corrompido pela exploração.

O movimento sindical, com a sua estrutura e como instrumento de transformação social, é o único que está preparado para enfrentar o capitalismo selvagem e os usurpadores do Estado. Os piratas do mercado financeiro fazem saques diários ao nosso patrimônio. A pátria desses saqueadores é o dinheiro arrancado à custa do suor e do sangue da classe operária.

O movimento sindical retomou as rédeas do seu objetivo principal, lutar por direitos e igualdade social. É preciso lutar, pois a luta não é uma opção, mas sim uma condição necessária para alcançarmos uma sociedade justa e fraterna para nós, nossos filhos e netos.

Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas.

FONTE: Agência Sindical - https://agenciasindical.com.br/author/agenciasindical/

 

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