Entre 2015 e 2016, o número de empresas registradas
no Brasil caiu 1,3%, passando de 5.114.983 para
5.050.615.
No período, foram demitidos 4% dos trabalhadores
Depois do golpe que destituiu a presidenta
legitimamente eleita, Dilma Rousseff, 64.368
empresas brasileiras fecharam as portas e 2,13
milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram
demitidos. Os setores mais prejudicados foram
construção e indústria. Entre 2015 e 2016, o número
de empresas registradas no Brasil caiu 1,3%, de
5.114.983 para 5.050.615. E o total de empregados
caiu 4% – de 53.541.695 para 51.411.199. As
informações são de Marize Muniz, do site da CUT.
O total de salários e remunerações pagas no país
também teve queda (3%) – de R$ 1,66 trilhão para R$
1,61 trilhão. O salário médio mensal registrou alta
de 0,7% – de R$ 2.643,56 para R$ 2.661,18.
Os dados são do Cempre (Cadastro Central de
Empresas) do IBGE, banco de dados que tem
informações sobre todas as empresas formais
constituídas no país, e foram divulgados nesta
quarta-feira (27). Segundo o instituto, "houve
redução em quase todas as variáveis analisadas, em
decorrência da crise econômica, com exceção apenas
do salário médio mensal".
Comércio
O setor de construção demitiu 20,5% dos trabalhadores
e trabalhadoras entre 2015 e 2016, serviços
(-15,6%), indústrias extrativas (-8,1%) e indústria
de transformação (-5,1%).
Apenas cinco dos 20 setores analisados pelo IBGE
registraram aumento no número de trabalhadores
assalariados naquele ano: eletricidade e gás
(+6,9%); entidades e organismos internacionais
(+6,1%); o segmento de artes, cultura, esporte e
recreação (+0,9%); educação (+0,3%) e as atividades
financeiras, que incluem bancos, investimentos e
seguros (+0,1).
Entre os setores que registram os maiores
rendimentos médios, estão eletricidade e gás (R$
7.263,19), atividades financeiras (R$ 5.916,33). Já
os piores salários foram encontrados nos setores de
serviços de alojamento e alimentação (R$ 1.363,30);
atividades administrativas e serviços complementares
(R$ 1.652,44) e comércio (R$ 1.753,80).
Escolaridade
Por escolaridade, o pessoal ocupado assalariado com
nível superior cresceu 1,6% entre 2015 e 2016,
enquanto o pessoal sem nível superior recuou 5,9%. A
participação relativa do pessoal ocupado assalariado
com nível superior passou de 20,4% para 21,7%, e o
segmento sem nível superior recuou de 79,6% para
78,3%.
Houve aumento do pessoal com nível superior em 14
das 20 seções, com destaque para indústrias de
transformação (14,0%), eletricidade e gás (11,4%),
atividades administrativas e serviços complementares
(10,9%), organismos internacionais e instituições
extraterritoriais (7,2%) e atividades imobiliárias
(6,4%).
O pessoal assalariado com nível superior (R$
5.507,82) recebeu quase o triplo dos trabalhadores
sem nível superior (R$ 1.866,89), o equivalente a
195% a mais.
A administração pública e as entidades empresariais
apresentaram a maior proporção de assalariados com
nível superior, 44,7% e 45,6%, respectivamente. Já o
pessoal sem nível superior predominou nas entidades
empresariais, com participação de 79,3%, enquanto
eram 14,3% na administração pública e 6,5% nas
entidades sem fins lucrativos.
Fonte: Rede Brasil Atual - do site da CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria) - http://cnti.org.br