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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
Justiça do Trabalho: controle dos conflitos sociais e dignidade nas relações trabalhistas
O campo jurídico trabalhista sempre foi cenário de profundas tensões e
disputas em torno de modelos diferenciados de sociedade e de
institucionalização das relações capital/trabalho no Brasil. Esse
processo tomou formas variadas em diferentes contextos e momentos
históricos, mas podemos afirmar que, nos dias atuais, o embate entre os
imperativos do mercado e os valores baseados nos requerimentos
democráticos está sendo levado a seu ponto máximo, como evidenciam a
reforma trabalhista, o fim do Ministério do Trabalho e as falas
governamentais sobre a extinção da Justiça do Trabalho.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Benefícios do INSS acima do salário mínimo terão reajuste de 3,43
Os segurados da Previdência que recebem acima do salário mínimo terão seus benefícios reajustados em 3,43%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O índice foi oficializado por meio de portaria do Ministério da Economia, publicada na quarta-feira (16), no Diário Oficial da União (DOU). O reajuste é retroativo a 1º de janeiro de 2019.
O teto dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passa a ser de R$ 5.839,45 (antes era de R$ 5.645,80). As faixas de contribuição ao INSS (Instituto do Seguro Social) dos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos também foram atualizadas.
O INSS informou que as alíquotas são de 8% para aqueles que ganham até R$ 1.751,81; de 9% para quem ganha entre R$ 1.751,82 e R$ 2.919,72; e de 11% para os que ganham entre R$ 2.919,73 e R$ 5.839,45. Essas alíquotas, relativas aos salários de janeiro, deverão ser recolhidas apenas em fevereiro, uma vez que, em janeiro, os segurados pagam a contribuição referente ao mês anterior.
Valores definidos
O piso previdenciário, valor mínimo dos benefícios do INSS (aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte) e das aposentadorias dos aeronautas, será de R$ 998,00. O piso é igual ao novo salário mínimo nacional, fixado em R$ 998 por mês em 2019.
Para aqueles que recebem a pensão especial devida às vítimas da síndrome da talidomida, o valor sobe para R$ 1.125,17, a partir de 1º de janeiro de 2019.
No auxílio-reclusão, benefício pago a dependentes de segurados presos em regime fechado ou semiaberto, o salário de contribuição terá como limite R$ 1.364,43.
O Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social - destinado a idosos e a pessoas com deficiência em situação de extrema pobreza -, a renda mensal vitalícia e as pensões especiais para dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade de Caruaru (PE) também sobem para R$ 998,00. Já o benefício pago a seringueiros e a seus dependentes, com base na Lei nº 7.986/89, passa a valer R$ 1.996,00.
A cota do salário-família passa a ser de R$ 46,54 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 907,77, e de R$ 32,80 para quem tem remuneração mensal superior a R$ 907,77 e inferior ou igual a R$ 1.364,43.
Fator de reajuste dos benefícios concedidos de acordo com as respectivas datas de início, aplicável a partir de janeiro de 2019.
Fonte: Agência Brasil
Do blog de notícias da CNTI:
http://cnti.org.br/html/noticias.htm#Benef%C3%ADcios_do_INSS_acima_do_sal%C3%A1rio_m%C3%ADnimo_ter%C3%A3o_reajuste_de_3,43
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
Juízes desmentem Bolsonaro e defendem Justiça do Trabalho
Documento técnico desconstrói
argumentos alegados pelo presidente para dar fim à Justiça do Trabalho e
exalta sua importância na defesa dos direitos dos trabalhadores contra
os maus patrões por Redação RBA
publicado
15/01/2019 19h50,
última modificação
15/01/2019 19h55
arquivo/ebc
São Paulo – A Associação Juízes para a Democracia (AJD) divulgou hoje (15) nota técnica para rebater o discurso de ataque do presidente, Jair Bolsonaro (PSL), contra a Justiça do Trabalho. A nota da entidade aponta a importância da área para o país, além de rebater argumentos considerados falaciosos e até mentiras que já foram ditas pelo presidente ou por sua base.
O documento é dividido em duas partes: "A verdade sobre as afirmações veiculadas" e "Importância dos direitos do trabalho e da Justiça do Trabalho".
“Preconiza-se a extinção de uma instituição pública que nunca se
corrompeu, que não cedeu aos comandos do poder econômico e que preserva
sua integridade administrativa baseada no estrito respeito da legalidade
e da defesa da ordem constitucional e da democracia”, diz a nota da
AJD.
Os juízes argumentam ainda que o ataque aos direitos de empregados, como resultado da "reforma" trabalhista, já não surtiu o efeito anunciado pelo então governo de Michel Temer (MDB).
Mais retrocessos na área seriam ainda mais destruidores de direitos
conquistados por lutas históricas dos trabalhadores. “A redução de
direitos trabalhistas e o impedimento do acesso dos trabalhadores à
Justiça do Trabalho não beneficiou a economia, não diminuiu o
desemprego, ampliou a informalidade, majorou o sofrimento no trabalho e o
número de acidentes, provocando maior custo social.”
Diferentes fontes são citadas pela AJD para sentenciar que o
argumento dos que querem o fim da Justiça do Trabalho são imprecisos.
“Falar que os direitos trabalhistas continuarão sendo aplicados em outro
ramo do Judiciário é uma indisfarçável mentira, pois se todo esse
esforço está baseado, exatamente, na postura dos juízes do Trabalho de
não abrirem mão de sua independência e do seu poder de dizerem o direito
conforme os parâmetros constitucionais, é evidente que se pretende que
os juízes na esfera cível ou federal ajam de modo inverso”, afirma o
documento.
Falácias
Entre os pontos defendidos pela equipe de Bolsonaro e rebatidos pela
AJD, está a afirmação de que o Brasil seria o país com mais processos
trabalhistas do mundo. “A afirmação, que provavelmente decorre de uma
fala do ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, e que foi repetida
pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB), quando afirmou que o Brasil teria
98% das reclamações de todo o mundo, não é verdadeira (...) O Brasil
apresenta uma relação de 0,012 processos trabalhistas por habitante
(...) na Espanha, país no qual já foram realizadas reformas trabalhistas
para a retirada de direitos, há uma relação de 0,036 processos por
habitante.”
Outro argumento seria o alto custo da Justiça do Trabalho para os
cofres públicos. “A afirmação não é real”, afirma o dossiê. “Custa cerca
de R$ 88 por ano por habitante, menos da metade do que custa a Justiça
comum, cuja extinção ninguém está propondo. O valor é significativamente
baixo, sobretudo se considerarmos os direitos que são por meio dela
garantidos e o fato da Justiça do Trabalho ter arrecadado para os cofres
públicos mais de três milhões de reais em 2017. Foram pagos aos
reclamantes, no mesmo ano, R$ 27.082.593.692,57”, completa a entidade.
FONTE: Rede Brasil Atual
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=134630669527297859#editor/target=post;postID=5259813265869573827
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
OAB: Justiça do Trabalho é 'imprescindível' para garantir direitos
Conselho Federal e Colégio de
Presidentes da Ordem afirmam que extinção de um "ramo fundamental" do
Judiciário pode prejudicar toda a sociedade
TST/divulgação
Entidades têm se manifestado em defesa da manutenção do Judiciário trabalhista, que o presidente quer extinguir
São Paulo – A Justiça do Trabalho "é imprescindível
para a efetivação de direitos consagrados na Constituição Federal",
afirmam em nota o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais. "A OAB alerta para o
prejuízo que propostas de extinção de um ramo fundamental da Justiça
pode trazer a toda a sociedade", acrescentam. A manifestação refere-se à possibilidade, admitida pelo presidente Jair Bolsonaro, de extinção desse ramo do Judiciário.
"Neste momento marcado por crise econômica, é preciso defender e
valorizar a existência de uma Justiça dedicada a solucionar conflitos e
orientar as condutas no mundo do trabalho. Longe de ser empecilho ao
desenvolvimento econômico do país, a Justiça do Trabalho atua para
garantir a paz social de milhares de trabalhadores e contribui para a
segurança jurídica e o aperfeiçoamento nas relações com os
empregadores", afirmam as entidades da OAB.
Na nota, a Ordem diz ainda que o sistema de Justiça precisa de
avanços. "Muitos magistrados, inclusive que atuam na área trabalhista,
precisam compreender que o respeito às prerrogativas profissionais da
advocacia não é apenas uma obrigação legal como também uma atitude de
valorização da cidadania, que contribui para o cumprimento dos objetivos
da Justiça."
A entidade diz estar "à disposição" do governo para defender
"eficiência no Poder Judiciário e formas para a sua modernização", mas
acrescenta que "se manterá firme na luta contra tentativas de extinção
ou de fragilização da Justiça do Trabalho ou de qualquer outro ramo
judicial que importe deficiência no acesso à Justiça".
FONTE: Rede Brasil Atual
https://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2019/01/oab-justica-do-trabalho-e-imprescindivel-para-garantir-direitos
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