Dados da pesquisa Pnad Contínua, divulgados nesta
sexta-feira, 23, pelo IBGE, mostram que o
trabalhador que não têm carteira assinada recebe, em
média, 44% menos que o trabalhador formal.
Segundo a pesquisa, no 4° trimestre de 2017 a média
de rendimento mensal do trabalhador com carteira
assinada no país era de R$ 2.090. Já os empregados
sem carteira assinada tiveram rendimento médio de R$
1.179. No mesmo trimestre do ano anterior, a
distância entre o valor pago (já descontada a
inflação) era menor, de 40,5% ou R$ 818.
Entre 2014 e 2017, o país perdeu cerca de 3 milhões
de postos de trabalho com carteira assinada. Com
isso, aumentou o número de trabalhadores contratados
sem carteira assinada e por conta própria.
Segundo os números do IBGE, em 1 ano, o número de
empregados sem carteira cresceu 5,7% e os por conta
própria aumentou 4,8%, ao passo que o de
trabalhadores formais caiu 2%. Já o de empregadores
subiu 6,4%.
Ao separar os trabalhadores por grupamentos de
atividade, o IBGE observou que os maiores
rendimentos em 2017 foram daqueles profissionais
inseridos em atividades ligadas à informação,
comunicação, financeiras, imobiliárias e
administrativas. Para este grupo, a média de
rendimento mensal foi de R$ 3.117.
Em segundo, tiverem os maiores rendimentos os
trabalhadores contratados pelo setor público (R$
3.088), juntamente com aqueles que desenvolvem
atividades ligadas à defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais.
Já os trabalhadores em atividades ligadas ao
transporte, armazenagem e correio tiveram rendimento
médio de R$ 2.462. A indústria geral aparece em
quarto lugar, com R$ 2.147.
Na sequência, está o grupamento de comércio e
reparação de veículos (R$ 1.741), construção (R$
1.693), alojamento e alimentação (R$ 1.354) e
agricultura e pecuária (R$ 1.225). Na lanterna,
estão os trabalhadores domésticos (R$ 852).
Fonte: Brasil 247, do site da CNTI http://cnti.org.br