A pesquisa regular do Dieese acerca das negociações coletivas acende o sinal amarelo. Em agosto, 79,1% das negociações com data-base no mês tiveram reajuste acima da inflação dos últimos 12 meses, pelo INPC (4,06%). O índice de reajuste inferior à inflação saltou pra 16,4%.
Os dados são preocupantes. Compare-se a maio.
Naquele mês, os ganhos reais contemplaram 90,96% dos
acordos. As perdas para o INPC ficaram, então, em
1,6%. Os 16,4% de agora significam 10 vezes mais que
o 1,6% de maio.
A Agência Sindical tentou ouvir o Dieese, mas foi
informado pela assessoria de imprensa que o técnico
ligado a esse campo de análise está de férias.
Perguntada se havia “plano B”, ou seja, outro
técnico disponível, a jornalista Carolina disse que
na hora não e teria que ver.
Bancários – Agosto é data-base de categorias fortes,
como bancários e metalúrgicos ligados à CUT no
Estado de SP. Os bancários amarraram acordo nacional
em 2022 com ganhos efetivos. Aquela negociação fixou
o reajuste de 2023, que é de 0,5% real para salários
e benefícios.
Quanto à FEM-CUT, a entidade tem se reunido com os
patronais Siescomet, Sindratar, G8.3 (Simefre,
Siamfesp e Sinafer), Sifesp (fundição), Siniem
(estamparia) e Sindicel. Haverá rodadas também com o
G.2 (Sinaees e Sindimaq), G.3 (Sindipeças,
Sindiforja e Sinpa) e Sicetel. Segundo seu
presidente, Erick Silva, não houve avanços
econômicos, embora alguns grupos patronais
considerem a reposição do INPC acumulado, de 4,06%.
Sindicalização – Outro indicador alerta o movimento.
O índice de sindicalizados ficou em 9,2%, informa o
IBGE. A Agência Sindical consultou uma entidade
fabril da Grande SP, o Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região. No caso, há 22,2% de associados.
Ou seja, mais que o dobro da média nacional. A
entidade realiza trabalho permanente de
sindicalização.
Fonte: Agência Sindical - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br
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