A Câmara dos Deputados deu um duro golpe na Educação brasileira. Isso porque na quarta (18), no período da tarde, foi votado o requerimento de urgência e, à noite, por 264 votos favoráveis e 144 contrários, foi aprovado o Projeto de Lei 2.401/2019, que concede aos pais a possibilidade de educar os próprios filhos, sem a necessidade de escolas e instituições de ensino – o chamado homeschooling.
Para o presidente da Federação dos Professores do Estado de SP (Fepesp), Celso Napolitano, esse projeto é o absurdo dos absurdos. “Esse PL é patrocinado e defendido pelas pessoas e entidades obscuras, que não têm nenhum compromisso com a Educação”, afirma o dirigente.
Após o resultado na Câmara, a Fepesp, entidades sindicais, entidades patronais, associações e mais assinaram um Manifesto, em repúdio ao homeschooling. Segundo o Professor Celso, esse foi o primeiro passo de uma grande mobilização em defesa da Educação.
“Estamos nos juntando a todas essas entidades pra tentar salvar a Educação e a juventude no Senado. Pra que o projeto não passe na Casa, que tem sido a revisora mais sensata no Congresso. O Manifesto é a primeira ação de todas essas entidades. Queremos pressionar senadores e senadoras a se posicionar contra”, explica.
Além de prejudicar o desenvolvimento de relações com outros alunos, as crianças também terão prejuízo de sua liberdade de expressão. “Vai reproduzir o que a família pedir. A família criacionista fará a criança acreditar que Adão e Eva quem iniciaram a espécie humana”, critica Celso Napolitano.
Mobilização – Segundo o presidente da Fepesp, todas as 427 entidades que assinam o Manifesto irão articular e pressionar senadores para que reprovem de imediato o PL do homeschooling. Ele ressalta: “Se alterar, corre o risco de voltar pra Câmara e ser aprovado a toque de caixa. O Senado tem sido a Casa mais sensata pra impedir a concepção de ações do bolsonarismo”.
Manifesto – Clique aqui e leia o documento na íntegra.
MAIS – Acesse o site da Fepesp.
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