Nos últimos quatro meses, em que o país passa pela pandemia de covid-19, cerca de 3 milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Na quarta semana de julho, a taxa de desocupação chegou a 13,7%, o que corresponde a 12,9 milhões de pessoas. Os dados são da edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando a pesquisa teve início, na primeira semana de
maio, eram 9,8 milhões de pessoas desocupadas. Na
comparação com a terceira semana de julho, houve
aumento de 550 mil pessoas entre os desocupados. A
população ocupada do país foi estimada em 81,2
milhões, estável em relação à semana anterior e com
queda em relação à semana de 3 a 9 de maio, quando
83,9 milhões de pessoas entravam nessa categoria.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria
Lúcia Vieira, os demais dados relacionados a
trabalho ficaram estáveis na comparação com a semana
anterior, apesar da variação em relação a maio.
“Comparando com o início da pesquisa, o saldo da
investigação é que a população ocupada está menor em
2,9 milhões de pessoas. A população desocupada está
maior, pouco mais de 3 milhões. E a taxa de
desocupação também está maior em 3,2 pontos
percentuais. Isso num contexto em que a população
informal vem caindo também”.
Após queda na semana anterior, o número de pessoas
que estavam temporariamente afastadas do trabalho
por causa do distanciamento social voltou a crescer
e somou 5,8 milhões, o que representa 7,1% da
população ocupada. No início de maio eram 16,6
milhões de pessoas afastadas do trabalho, o que
representava 19,8%. O trabalho remoto está sendo
exercido por 8,3 milhões de profissionais (11,5%),
apenas 300 mil a menos do que no início da pesquisa.
O grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas
não procurou emprego por causa da pandemia ou por
falta de trabalho perto de casa, somou 18,5 milhões.
A informalidade atinge 27,2 milhões de pessoas, 2,7
milhões a menos do que no início de maio. A taxa
está em 33,5%, 1 ponto percentual acima do
registrado na terceira semana de julho.
Maria Lúcia explica que entre os informais estão os
empregados do setor privado e trabalhadores
domésticos sem carteira assinada; empregadores e
trabalhadores por conta própria que não contribuem
para o INSS; e trabalhadores não remunerados que
ajudam morador do domicílio ou parente.
“Vimos na divulgação da semana passada que essa
população tinha caído. É uma força de trabalho que
oscila bastante nessas comparações curtas. As
pessoas entram e saem da força de trabalho com muita
facilidade. Com mais facilidade que a população
ocupada, que é formalizada”.
A população fora da força de trabalho era de 76
milhões de pessoas, estável em relação à semana
anterior e ao início da pesquisa. Desses, 36,9%
disseram que gostariam de trabalhar.
Fonte: Agência Brasil - Do Blog de Notícias da CNTI
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