A taxa de desemprego começou o ano em 7,6%, mesmo patamar observado no trimestre encerrado em outubro, que serve de comparação. Por outro lado, a população ocupada cresceu 0,4% e chegou a 100,6 milhões de trabalhadores, puxada principalmente por vagas nos setores de logística, TI e locação de mão de obra.
É o que apontam os dados do trimestre encerrado em
janeiro, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua) divulgada na
última quinta-feira (29).
O País tinha 8,3 milhões de pessoas em busca de
trabalho, contingente estável na comparação
trimestral. Na comparação anual, o recuo é de 7,8% —
menos 703 mil pessoas nessa condição.
Tendência sazonal
Segundo o IBGE, a estabilidade no nível de desemprego do País pode ser explicada pela sazonalidade do mercado de trabalho. Historicamente, o desemprego cai no fim do ano e aumenta nos primeiros meses do ano seguinte, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.
“Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa
sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada
do ano de 2024, o que a gente percebe é uma
estabilidade, justamente porque a população
desocupada não teve expansão tão significativa nesse
trimestre encerrado em janeiro de 2024.”
Que esperar do emprego em 2024
O ano de 2023 foi positivo para o mercado de trabalho e deixa viés positivo para 2024. O desemprego caiu para 7,8%, na média do ano, e registrou a menor taxa desde 2024. Além disso, o número de trabalhadores com e sem carteira bateu recorde no ano passado.
Para analistas, o cenário para o mercado de trabalho
ficou mais favorável nos últimos meses diante da
inflação mais controlada e do ciclo de queda dos
juros. Mas frente a 2023, a trajetória é de
desaceleração gradual.
O Indicador Antecedente de Emprego do FGV-Ibre, que
busca antecipar os rumos do mercado de trabalho no
País, subiu para 78,2 pontos em janeiro, maior nível
desde outubro de 2022 — 79,8 pontos.
Para Rodolpho Tobler, as indicações positivas do
ambiente macroeconômico desde o final do ano passado
têm potencial de impactar positivamente o dia a dia
dos empresários, mas a evolução ainda deve ocorrer
em ritmo moderado.
Fonte: Diap - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br
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