Acordo deve ser assinado pelo governo federal em março e depois encaminhado ao Congresso Nacional
A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados se
mobiliza pela ratificação da Convenção 190, da
Organização Internacional do Trabalho, que combate a
violência e o assédio no mundo do trabalho.
O texto defende o direito das pessoas a um mundo de
trabalho livre de violência e assédio, e define,
pela primeira vez, em âmbito internacional, o que se
entende por esses termos.
A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Tereza
Nelma (PSDB-AL), afirma que é preciso fazer uma
campanha global. "A OIT está fazendo no mundo
inteiro essa campanha que visa mobilizar governos,
organizações de empregadores e trabalhadores,
sociedade civil e empresas do setor privado, bem
como formuladores de políticas, empresas e
parceiros", afirma a parlamentar.
"A violência e o assédio no trabalho podem assumir
diversas formas e causar danos físicos,
psicológicos, sexuais e econômicos”, alerta Tereza
Nelma.
Iniciativa de empresários
No Brasil, já existe uma campanha de conscientização de empresários em torno desse tema. Em novembro, surgiu a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, que deu sinais de esforços para a ratificação da Convenção 190.
Atualmente, a Coalizão conta com 127 assinaturas,
sendo 67 empresas de serviços, 30 da indústria, 24
do comércio e 6 organizações do terceiro setor.
Quase 2 milhões de trabalhadores são beneficiados
pelas ações da coalizão, com a conscientização ou
ajuda na solução de algum caso ou criação de canais
de denúncias para violências de gênero e formulação
de políticas internas.
Adesão do Brasil
O Poder Executivo deve assinar a convenção e encaminhar ao Congresso Nacional uma mensagem para ratificação, o que está previsto para março.
A Constituição determina que acordos internacionais
assinados pelo governo brasileiro devem ser
chancelados pelo Congresso Nacional antes de entrar
em vigor. Por isso Tereza Nelma explica que é
importante sensibilizar os parlamentares.
A Secretaria da Mulher vai apresentar à bancada
feminina o conteúdo da Convenção Sobre Violência e
Assédio no Trabalho, que entrou em vigor em junho
passado, mas foi confirmada por poucos países até
agora: Argentina, Equador, Ilhas Fiji, Grécia, Ilhas
Maurício, Namíbia, Somália e Uruguai.
Fonte: Agência Câmara - Do Blog de Notícias da CNTI
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