Trabalho sem carteira e por conta própria cresceu muito mais do que o emprego com carteira
O Brasil fechou o ano de 2021 com mais gente
trabalhando, mas principalmente devido à
informalidade. Com isso, a renda caiu (7%, na média)
para o menor nível histórico, e assim menos R$ 5,6
bilhões circularam na economia. Os dados, da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, foram divulgados na manhã desta
quinta-feira (24) pelo IBGE.
Na média anual, o país teve 13,888 milhões de
desempregados, a maior estimativa da série
histórica, iniciada em 2012. Esse número é 59% maior
do que o registrado em 2015, último ano antes do
impeachment. A taxa média de desemprego foi de
13,8%, em 2020, para 13,2%.
De 2012 a 2021
Já os ocupados somam 91,297 milhões, 5% a mais do que em 2010 e 0,9% menos do que em 2015. O nível de ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalho) cresceu para 53,2%, mas o resultado do ano anterior (51,2%) era o menor da série histórica. O melhor momento foi entre 2013 e 2014 (58,1%).
Os indicadores da Pnad mostram que o emprego no
Brasil avançou pouco entre 2012 e 2021: o número de
ocupados cresceu 1,8% nesse período. Já o de
desempregados subiu 93,6%.
A taxa de subutilização foi a 27,2%, abaixo apenas
de 2020 (28,2%). A população subutilizada, pessoas
que gostariam de trabalhar mais, foi estimada em
31,3 milhões, queda de 1,2% em relação ao ano
anterior. Já os desalentados somaram 5,3 milhões,
pouco menos do que o recorde de 2020 (5,5 milhões).
O percentual de desalentados na força de trabalho
caiu de 5,4% para 4,3%.
Sem carteira e por conta própria
Segundo a Pnad Contínua, o número de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 32,904 milhões, crescimento de 2,6% na média anual. Mas a média de empregados sem carteira (11,246 milhões) aumentou 11,1%. Foi o mesmo percentual de expansão dos trabalhadores por conta própria (24,902 milhões). O total de trabalhadores no serviço domésticos subiu 6,6%, para 5,2 milhões.
Com esses resultados, a taxa de informalidade voltou
à casa dos 40% (40,1%), ante 38,3% em 2020. Ainda
perde para 2018 (40,4%) e 2019 (40,7%).
Renda despenca
Estimado em R$ 2.587, o rendimento médio caiu 7% (ou menos R$ 195) no ano. A massa de rendimentos (R$ 203,6 bilhões) recuou 2,4% – menos R$ 5,6 bilhões.
Apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa de
desemprego foi de 12,6%, com recuo em relação a
igual período de 2020 (14,2%). Os desempregados no
último trimestre do ano somaram 12 milhões.
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
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