Custo de vida seguiu alto em janeiro. Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Dieese, mostra que o valor dos produtos aumentou. São Paulo é a que tem o custo mais alto, R$ 713,86. Valor corresponde a 129 horas e 35 minutos da jornada mensal do trabalhador que recebe salário mínimo.
O item com a maior alta foi o café em pó – acréscimo de 17,91% em relação a dezembro. Na sequência vem a banana, com um custo de 15,96% a mais no bolso do paulistano, seguida pela batata (7,52%) e tomate (7,11%).
Com todo esse aumento, o trabalhador teve piora na alimentação. “O padrão alimentar do brasileiro caiu. As pessoas saíram da carne pro ovo. Eu não sei como os mais pobres estão conseguindo se alimentar”, adverte Patrícia Lino Costa, supervisora do Dieese.
Pra se ter ideia de como o trabalhador de SP sofre, quem recebeu o mínimo gastou 63,27% do salário líquido pra comprar a cesta básica. Gastou tudo isso mesmo agregando o reajuste de 10,02% concedido pelo governo no início do ano.
Ideal – O Dieese mostra que o salário mínimo pra atender família com dois adultos e duas crianças, em janeiro, deveria ter sido de R$ 5.997,14 – quase cinco vezes menos que o Piso nacional vigente, de R$ 1.212,00. A disparidade denuncia o distanciamento do salário mínimo frente ao piso ideal. “Desde 2018 a diferença só aumenta, pois a inflação dos alimentos tem sido muito maior do que os reajustes salariais. O correto é conceder aumentos reais ao trabalhador”, observa Patrícia.
MAIS – Clique aqui e acesse a Pesquisa da Cesta Básica.
Fonte: Agência Sindical
https://www.agenciasindical.com.br/assalariado-trabalha-130-horas-pra-adquirir-cesta-basica/
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