Em pronunciamento na quinta-feira (25), o senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou preocupação com o anúncio de que o governo federal pretende apresentar outra proposta de reforma trabalhista — sob a justificativa de que seria necessária para combater a informalidade e gerar emprego.
Para o senador, retirar direitos dos trabalhadores é
inaceitável. Ele lembrou que a proposta da chamada
Carteira Verde e Amarela já foi derrotada pelo
Senado no momento em que a Casa rejeitou a Medida
Provisória (MP) 1.045/2021.
— O governo federal tem que ter propostas concretas
para combater o desemprego, a fome, a inflação, os
aumentos dos alimentos todos os dias, da energia, do
gás de cozinha, dos combustíveis.
Paim ressaltou que as centrais sindicais emitiram
nota discordando do governo, mas mostraram-se
dispostas ao diálogo. Ele leu trecho da nota na qual
os sindicalistas afirmam que, “para gerar emprego
digno e melhorar as condições de trabalho, é preciso
investir em infraestrutura, em setores intensivos de
mão de obra e dar atenção especial às micro e
pequenas empresas”.
O senador também afirmou que a reforma trabalhista
de 2017 não gerou emprego nem renda, como diziam os
seus defensores. E citou dados divulgados pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
para apontar que no mês de outubro deste ano "se
chegou, com muita tristeza, a um dado assustador: em
70,1% das negociações coletivas, o reajuste dos
salários ficou abaixo da inflação, ou seja, os
trabalhadores tiveram perda nos seus salários".
Fonte: Agência Senado - Do Blog de Notícias da CNTI
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