Centrais apostam no contato direto com a população para amplificar debate sobre auxílio emergencial e vacinação
Depois de um dia de manifestações pelo país, nesta
quinta-feira (4), as centrais sindicais vão
continuar apostando no contato direto com a
população, apesar das limitações provocadas pela
pandemia. Dirigentes voltarão a se reunir na próxima
segunda (8) para decidir os próximos passos, além de
começar a tratar dos preparativos do 1º de Maio.
“O movimento sindical é responsável, não vai
provocar aglomeração, mas temos de conversar com a
população, porque o povo está nas ruas, trabalhando
para sobreviver, apesar do risco de contaminação”,
afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre. Segundo
ele, é preciso denunciar e dialogar, apresentando a
pauta das centrais.
Nem meia cesta
“Dizer o que está acontecendo no Brasil, explicar que o auxilio emergencial sacado pelo governo não compra meia cesta básica, não garante a sobrevivência durante a pandemia”, acrescentou o dirigente cutista. As reivindicações básicas são vacinação em massa já, auxílio de R$ 600 e políticas de emprego.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
os atos foram bem sucedidos no sentido de se
aproximar da população, “com cuidados”, e informar
sobre a situação do país e possíveis alternativas.
As centrais já se manifestaram a favor do lockdown.
“Se não fizer isso, vai chegar a 3 mil mortos por
dia.”
É preciso reagir
A mobilização ocorreu no mesmo dia em que o presidente da República reagiu mais uma vez de forma agressiva contra os que denunciam a situação de calamidade e descontrole no país. Para Miguel, ele está “aumentando o tom do devaneio”. Mas ainda falta reação, acrescentou. “A sociedade, o Poder Judiciário, o sistema político não estão se mexendo.”
É o que precisa acontecer, por exemplo, no caso do
auxílio emergencial. “Vamos ter de pressionar.
Precisamos convencer a Câmara a derrubar isso. O
valor aprovado é pouco”, avaliou Miguel. O Senado
aprovou limite de R$ 44 bilhões, neste ano, para
pagamento do benefício.
A reação do presidente, hoje, também é vista como
mais uma cortina de fumaça. Desta vez, para desviar
a atenção do episódio da compra de uma mansão por um
de seus filhos.
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
https://cnti.org.br/html/noticias.htm#Presidente_est%C3%A1_%E2%80%98aumentando_o_tom_do_devaneio%E2%80%99,_afirma_sindicalista
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