Translate

sexta-feira, 19 de março de 2021

Lideranças apontam maior estagnação econômica com alta de juros


BC aumento em 0,75 ponto percentual a taxa Selic que ficou em 2,75% ao no. A decisão surpreendeu até mesmo o mercado financeiro que esperava aumento de 0,50 ponto percentual


Pela primeira vez em quase seis anos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu os juros básicos da economia: elevou a taxa Selic de 2% para 2,75% ao ano. A decisão surpreendeu até mesmo o mercado financeiro que esperava aumento de 0,50 ponto percentual.


Segundo o economista Marcio Pochmann, o aumento dos juros sucede dos problemas de oferta decorrente da desvalorização do real que desvia parte da produção nacional para o exterior e eleva o custo da cesta básica de alimentos. “O Banco Central sobe os juros para reduzir o consumo interno e atrair dinheiro especulativo do exterior”, explicou.


Na avaliação do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, a medida foi um “verdadeiro balde de água fria na economia”, pois derruba a atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego e diminui a capacidade de consumo das famílias. Além disso, o sindicalista diz que a alta reduz a confiança e os investimentos dos empresários, “o que compromete a capacidade de crescimento econômico futuro.”


Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a alta dos juros é extemporânea. “Subiram os juros com o país em recessão e com desemprego gigantesco. Dólar na estratosfera. Vão produzir mais estagnação e mais inflação. Mas asseguram que em 10 ou 15 anos vamos virar um Canadá. Quem vai estar vivo até lá é um ‘pequeno detalhe’, sob a ótica deles”, criticou.


A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), diz que se trata da primeira decisão do BC pós-autonomia, ou seja, atende ao mercado com uma alta de juros. “Encarece o crédito para as pessoas e empresas e custo da dívida, afastando o Brasil da retomada e geração de empregos. Além da alta dos alimentos e gasolina, aumentam os juros. É para matar o povo!”, protestou.


O ex-candidato do PSOL à Presidência Guilherme Boulos também criticou a medida. “14 milhões de desempregados e a fome voltando a assombrar o país. E a solução do Banco Central para inflação de alimentos é…. aumentar os juros! Aumenta a dívida pública e aumenta o lucro de detentores de juros! O banco é independente… do povo brasileiro!”, escreveu no Twitter.

 

Fonte: Portal Vermelho - Do Blog de Notícias da CNTI

 

https://cnti.org.br/html/noticias.htm#Lideran%C3%A7as_apontam_maior_estagna%C3%A7%C3%A3o_econ%C3%B4mica_com_alta_de_juros 


Nenhum comentário:

Postar um comentário