Trabalhador precisa aumentar jornada e compromete maior parte da renda para comprar os alimentos básicos
São Paulo – O preço médio da cesta básica aumentou, em outubro, em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. No ano e em 12 meses, a alta é generalizada. No mês passado, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (7), as principais elevações estão registradas em Porto Alegre (3,34%), Campo Grande (3,17%), Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) e Curitiba e Goiânia (ambas com 2,59%).
Já as reduções ocorreram em cidades do Norte e Nordeste: Recife (-3,73%), Natal (-1,40%), Belém (-1,16%), Aracaju (-0,61%) e João Pessoa (-0,49%).
De janeiro a outubro, o aumento varia de 4,89% (Recife) a 14,39% (Campo Grande). No acumulado em 12 meses, de 5,48% (Vitória) a 15,38% (Salvador).
Salário mínimo
Segundo o Dieese, o menor valor
apurado em outubro foi em Aracaju (R$ 515,51) e o maior, em Porto
Alegre (R$ 768,82). Com base nessa última, o instituto calculou em R$ 6.458,86 o salário mínimo
para as despesas básicas de uma família com quatro integrantes. O valor
corresponde a 5,33 vezes o piso nacional (R$ 1.212). Essa proporção era
de 5,20 vezes em setembro e 5,35 há um ano.
Assim, o tempo
médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica subiu para
119 horas e 37 minutos, segundo o Dieese. Com isso, o trabalhador
remunerado pelo salário mínimo comprometeu 58,78% da renda líquida para
comprar os alimentos básicos – o percentual cresceu tanto na comparação
mensal (58,18%) como na anual (58,35%).
Entre os produtos, o preço da batata subiu em todas as cidades da região Centro-Sul, onde é pesquisada. Já o do tomate aumentou em 13 das 17 capitais. O pão francês teve alta em 12, enquanto o leite integral caiu em todas.
Por Redação RBA
FONTE: Rede Brasil Atual
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