O número de endividados bateu novo recorde em agosto. Subiu de 78% pra 79% do total de famílias. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Há um ano, número era de 72,9%.
Também aumentou o percentual de inadimplentes (gente
que tem contas em atraso): de 29% pra 29,6%. Índice
era de 25,6% em agosto passado.
Esses resultados aparecem num momento de inflação
ainda perto de dois dígitos e alta de juros. Isso
compromete o orçamento do brasileiro e pode afetar a
retomada da economia.
“O crédito é relevante pra dar suporte ao consumo,
tanto que o endividamento cresce desde o ano
passado”, diz Ízis Janote Ferreira, economista da
CNC.
O alto endividamento pode comprometer a capacidade
de consumo. Num ciclo virtuoso de emprego e renda, o
aumento do endividamento até poderia significar mais
consumo, especialmente de bens duráveis, cujas
vendas costumam ser parceladas. O mercado de
trabalho tem até gerado empregos, mas com salários
menores.
Aumento do endividamento foi uma das formas
encontradas pelo consumidor pra tentar manter as
despesas correntes. Isso aparece, por exemplo,
quando se considera o prazo médio de novos
financiamentos. Há um ano, equivalia a 7,3 meses.
Agora, caiu pra 6,8 meses, o que indicaria
crescimento nas modalidades de empréstimo de curto
prazo.
Não é crédito pessoal ou para comprar bem. É crédito
de prazo curto, no cartão e no carnê de loja, para
suportar o consumo de itens mais básicos, do dia a
dia. Não é para trocar de carro nem para comprar
eletrodoméstico.
Mais Informações – Jornal Valor Econômico.
Fonte: Agência Sindical - Do Blog de Noticias da CNTI
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