A pandemia, que já matou mais de 8 mil pessoas no mundo,
desafia a economia mundial e faz governos conservadores e pró-estado
mínimo tomarem medidas para proteger o povo
Escrito por: Redação CUT
Fernando Frazão/Agência Brasil
O
surto mundial do novo coronavírus (Covid-19) faz governos de vários
países do mundo capitalista tomar medidas econômicas duras e radicais
para conter a disseminação da doença. A pandemia, como classifica a
Organização Mundial de Saúde (OMS), já matou mais de 8 mil pessoas e
infectou mais de 200 mil de acordo com estudo da Universidade Johns
Hopkins, que acompanha a disseminação do Covid-19 desde a China. No
Brasil, 350 casos já foram confirmados e quase 9 mil suspeitos.
Os
planos de estímulo à economia estão se multiplicando em todo o mundo
para aliviar os países atingidos pelo coronavírus, como é o caso da
Europa que se tornou o epicentro da pandemia.
Na Alemanha, a
chanceler alemã Angela Merkel vai se pronunciar na noite desta
quarta-feira (18) em rede de TV para pedir aos alemães que respeitem as
orientações sanitárias em vigor. Escolas foram fechadas e a maioria das
lojas "não essenciais" deve ser gradualmente. O governo alemão anunciou
um pacote de medidas econômicas para ajudar empresas e trabalhadores,
entre elas, linhas de financiamento ilimitadas às empresas atingidas
pelos efeitos do novo coronavírus e também facilidades no pagamento de
impostos das empresas em dificuldades.
No Brasil, depois de
desdenhar do coronavírus e chamar de ‘fantasia’, Jair Bolsonaro anunciou
nesta terça-feira (17) que o governo estuda conceder ajuda financeira
aos trabalhadores e trabalhadoras que estão na informalidade. Ele disse
ainda que o governo estuda permitir empresas a suspenderem contratos de
trabalho por 60 dias e que funcionários tenham acesso ao
seguro-desemprego no período de crise.
O governo da França anunciou uma redução, adiamento ou cancelamento de cobranças de até 32 bilhões de euros somente em março.
Nos
EUA, Donald Trump disse que quer enviar cheques de US$ 1.000 (R$ 5.002)
para os norte-americanos. Os trabalhadores autônomos também receberiam
benefícios, na forma de isenções fiscais.
"Entendemos que todas
essas medidas, que duas ou três semanas atrás pareciam drásticas, devem
ser tomadas agora", disse o presidente da Comissão Europeia, Ursula von
der Leyen, lembrando que a Europa "é neste momento o epicentro da
crise". Ele admitiu que todos os políticos "subestimaram" a epidemia de
coronavírus.
Na Itália, país mais afetado pela pandemia, o governo anunciou 25 bilhões de euros para conter a Covid-19.
Já
em Londres, o governo oferecerá para empréstimos comerciais em até 330
bilhões de libras (363 bilhões de euros) e auxílio de 20 bilhões de
libras.
Com Informações do UOL - da página da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
https://www.cut.org.br/noticias/paises-adotam-medidas-economicas-radicais-para-enfrentar-o-coronavirus-1fca
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