Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) publicado na última semana indica que a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 imporá retrocesso brutal ao
Brasil. Ao apontar simulação da aplicação da proposta, o estudo
comprova que o governo federal teria investido 47% menos em educação do
que investe atualmente (totalizando 377 bilhões de reais), e a Saúde
teria um corte de 26% em seus investimentos (cerca de R$ 300 bilhões a
menos).
Em artigo publicado no Portal Vermelho, o economista José Pascoal
Vaz, doutor em História Econômica pela USP, destacou que a "PEC 241 é o
instrumento que pretende colocar em ação o programa PMDB/Temer "Ponte
para o futuro". Esta proposta é a chave do governo [sem voto de] Temer
para minimizar a ação do Estado e entregar as decisões econômicas e
sociais ao arbítrio do Setor Privado/Mercado”, alertou.
Na avaliação do pesquisador, a “ideia de muito mais mercado é
incompatível com a desigualdade ainda reinante em nosso país”. E mais,
“é em sintonia com este desmonte social que temos assistido a
manifestações de ministros por cortes no SUS; pela desvinculação das
receitas de despesas de Saúde e Educação (Fies, Ciência sem Fronteiras,
Prouni); por cortes no Minha Casa Minha Vida”.
Vaz ainda indicou que a desigualdade e a pobreza ainda reinante no
Brasil conclama por mais políticas públicas, não por menos como defende o
presidente ilegítimo Michel Temer
Quem sofrerá com a PEC 241?
De acordo com o estudo do Dieese, a proposta irá atingir em cheio o
funcionalismo público e quem depende do reajuste do salário mínimo, como
aposentados e pensionistas, já que imporá o congelamento por 20 anos
dos gastos da União.
A nota técnica ainda aponta que a medida limita as despesas primárias
ao equivalente aplicado no ano anterior corrigidos apenas pela
inflação.
Em entrevista à imprensa, a coordenadora de Pesquisas e Tecnologia do
Dieese, Patrícia Pelatieri afirmou que "a maior despesa do orçamento
público é com a dívida. São os juros e a amortização da dívida, que
beneficiam apenas o pequeno número de pessoas que são os detentores da
dívida pública”. Segundo ela, somente em 2015 o serviço da dívida
correspondeu a 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
E mais, uma olhada rápida nos números mostram que os investimentos em
áreas como saúde, educação e infraestrutura foram menos da metade do
que foi gasto somente com o pagamento dos juros.
FONTE: Portal CTB - Joanne Mota (http://portalctb.org.br/site/noticias/brasil/30485-pec-241-impoe-retrocesso-brutal-ao-brasil-indica-estudo-do-dieese-foratemer)
Nenhum comentário:
Postar um comentário