O quadro é considerado gravíssimo e é resultado de uma agenda destrutiva implementada pelo governo Bolsonaro que não ajuda as empresas, não protege empregos, corta investimentos, acaba com políticas sociais e ataca o serviço público
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) divulgou nesta quarta-feira (30) que o
desemprego no país bateu recorde subindo 13,8% entre
maio e junho. Trata-se do pior estágio da séria
histórica criada em 2012. Segundo a pesquisa do Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
Contínua, são 13,1 milhões de brasileiros
desempregados.
Em relação ao trimestre móvel anterior foram mais
4,5% (561 mil pessoas) que somaram na fila do
desemprego. A taxa da população ocupada caiu 8,1%,
sendo menos 7,2 milhões de pessoas no emprego. Outro
recorde foi registrado entre os desalentados, ou
seja, aqueles que deixaram de procurar uma ocupação.
São 5,8 milhões de brasileiros nessa condição, uma
alta de 15,3% (mais 771 mil pessoas) em relação ao
trimestre anterior.
“O número de empregados com carteira de trabalho
assinada no setor privado (exclusive trabalhadores
domésticos), estimado em 29,4 milhões, foi o menor
da série, caindo 8,8% (menos 2,8 milhões de pessoas)
frente ao trimestre anterior e de 11,3% (menos 3,8
milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019”,
diz nota do IBGE.
A taxa de informalidade chegou a 37,4% da população
ocupada (ou 30,7 milhões de trabalhadores
informais). No trimestre anterior, a taxa foi 38,8%
e, no mesmo trimestre de 2019, 41,3%.
Situação grave
O quadro é considerado gravíssimo e é resultado de uma agenda destrutiva implementada pelo governo Bolsonaro que não ajuda as empresas, não protege empregos, corta investimentos, acaba com políticas sociais e ataca o serviço público. Antes do golpe parlamentar que afastou a presidenta Dilma Rousseff, a taxa de desemprego permaneceu abaixo de 9% e chegou a 4,3% em 2014.
A perspectiva é que essa política neoliberal do
ministro Paulo Guedes (Economia) aprofunde ainda
mais a situação com corte de 50% no auxílio
emergencial de R$ 600, garantidos pela oposição no
Congresso Nacional.
Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), por
intermédio do IBRE (Instituto Brasileiro de
Economia), revelou que uma em cada quatro empresas
do setor de serviço admite demitir ou encerrar suas
atividades quando terminar o período de vigência dos
programas emergências. De acordo com o levantamento,
entre as empresas que preservaram o emprego com
redução de jornada e suspensão de contratos, 55%
dizem que vão fechar por não conseguirem pagar a
folha.
Fonte: Portal Vermelho - Do Blog de Notícias da CNTI
http://cnti.org.br/html/noticias.htm#Taxa_de_desemprego_bate_recorde_e_atinge_mais_de_13_milh%C3%B5es,_diz_IBGE
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