A pandemia, a crise financeira e o governo Bolsonaro (sem partido) dificultam as negociações
A pandemia, a crise financeira e o governo Bolsonaro
(sem partido) fizeram as negociações coletivas
piorar nos últimos dois anos. É o que aponta o
Boletim “De olho nas negociações”, do Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), com base na análise dos
reajustes registrados no mediador, do Ministério da
Economia. A pesquisa analisou 4.938 reajustes
salariais de categorias com data-base entre janeiro
e agosto de 2020, registrados até a primeira
quinzena de setembro.
Se, em 2018, 9,3% das negociações ocorreram com
reajustes abaixo do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), esses números cresceram para
23,9% em 2019 e para 28,1% em 2020, em um cenário em
que a inflação diminuiu no país.
A reposição do INPC ocorreu em 28,9% das negociações
deste ano. Os ganhos acima da inflação estão
presentes em 43% das negociações, indicando uma
queda expressiva em relação a 2018, quando74,8% das
negociações trouxeram reajustes acima do INPC.
“As dificuldades em negociar reajustes salariais
durante a pandemia são grandes. Vários acordos ou
convenções coletivas explicitaram a crise gerada
pela covid-19 como motivo para o adiamento da
negociação”, explica o Boletim. Outra consequência
da crise foi o aumento do número de categorias que
definiram o reajuste em 0% em 2020. Ao todo, foram
373 até 31 de agosto (8,4% do total considerado).
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
https://cnti.org.br/html/noticias.htm#Boletim_do_Dieese_indica_piora_nas_negocia%C3%A7%C3%B5es_coletivas_dos_%C3%BAltimos_dois_anos
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