Parlamentares lamentaram que garçons, artistas,
motoristas de aplicativos e pescadores, entre
outros, tenham sido excluídos da lista de possíveis
beneficiários do auxílio
Autor e relator do Projeto de Lei 873/20, aprovado
pelo Congresso, que amplia a relação de beneficiados
com o auxílio emergencial de R$ 600, criticaram
nesta sexta-feira (15) os vetos à proposta.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou 11
pontos ao sancionar a proposta que ampliava para
dezenas de categorias o pagamento do auxílio
destinado aos trabalhadores informais afetados pela
pandemia de Covid-19. Com os vetos, a nova norma
apenas estende o auxílio para mães menores de 18
anos.
O relator da matéria na Câmara, deputado Cezinha de
Madureira (PSD-SP), se disse assustado com os vetos,
uma vez que a proposta foi negociada com lideranças
governistas na Câmara. “Esse veto nos assusta muito
porque havia uma concordância. E nos preocupa porque
onde fica a segurança com o líder do governo? O
líder não tem autonomia para tocar as demandas, para
fazer os acordos? Como ficam os próximos acordos? É
preocupante, sim. ”
O projeto aprovado é de autoria do senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP). Ele fez um apelo para que
parlamentares derrubem os vetos. "Bolsonaro demorou
cerca de 1 mês para sancionar nosso PL que amplia o
auxílio emergencial. Não satisfeito com a demora,
trouxe vetos injustificáveis! Negou o benefício de
R$ 600 a pescadores, motoristas de aplicativos,
taxistas, e muitos outros. Vamos lutar para derrubar
esses vetos!", afirmou o senador em suas redes
sociais.
Vice-líder da Minoria, a deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) disse em suas redes sociais que
"Bolsonaro zomba do povo brasileiro". Ela criticou o
veto a ampliação do benefício a outras categorias.
"São pessoas que passam fome hoje e poderiam receber
a renda emergencial! Excluiu garçons, artistas,
motoristas de app e até pescadores!", ressaltou.
A Rádio Câmara entrou em contato com lideranças do
governo, mas não obteve retorno. Os vetos ainda
serão analisados pelo Congresso Nacional, que pode
aprová-los ou não.
Fonte: Agência Câmara - Do Blog de Notícias da CNTI
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