Grito dos Excluídos: “por direito e democracia, a luta é todo dia!”
No dia 7 de Setembro, data na qual
oficialmente se comemora a independência política do Brasil, será
realizado em todo país o 23º Grito dos Excluídos que, este ano, tem como
lema “Por direitos e Democracia, a luta é todo dia” e tema “Vida em
primeiro lugar”, pelos quais, segundo a Coordenação Nacional, quer
chamar a atenção da sociedade para a urgência da organização e luta
popular frente à conjuntura em que o país vive hoje.
Em coletiva de imprensa, realizada ontem
(31/08) na sede do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), em São Paulo, o bispo emérito de Blumenau (SC), dom
Angélico Sândalo Bernardino disse que o Grito acontece em um momento em
que o país vive uma crise ética na política por parte dos governantes e
autoridades.
O bispo disse que os parlamentares
estão de costas para o povo, não ouvem os gritos da população, sobretudo
dos segmentos que estão à margem da sociedade.
O bispo, representante da Comissão
Episcopal pastoral para a Ação social Transformadora da CNBB, afirmou
que é necessário transparência na administração pública e punição aos
corruptos. “O povo precisa voltar a ocupar as ruas de forma consciente e
organizada para conquistar, defender e garantir seus direitos”, disse.
A representante da Coordenação
Nacional do Grito dos Excluídos, Karina Pereira da Silva, lembrou que O
Grito dos Excluídos vem se afirmando, a cada ano, como um processo de
construção coletiva, de forma descentralizada. Ela disse que o ato tem
seu ponto alto na semana da Pátria e no dia 7 de Setembro, mas que é
precedido de ações em preparação e organização que vão desde seminários,
palestras, rodas de conversa, audiências públicas, vigílias,
celebrações, concursos de redação nas escolas.
Direitos ameaçados
Segundo o bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: “Vivemos tempos difíceis. Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, as reformas trabalhista e da previdência estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população”.
Segundo o bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: “Vivemos tempos difíceis. Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, as reformas trabalhista e da previdência estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população”.
Realizado no dia 7 de setembro, o Grito
dos/as Excluídos/as tem especial importância para a Igreja que, neste
ano de 2017, também sugere as comunidades que na mesma data acrescente
dois elementos importantes da espiritualidade cristã para acompanhar a
reflexão: a oração e o jejum. Na última reunião do Conselho Permanente, a
CNBB se dirigiu direta e fraternalmente a todas as comunidades
convidando a todos para que “diante do grave momento vivido por nosso
país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o
Brasil”.
A iniciativa do Grito dos/as Excluídos/as
brotou do seio da Igreja, em 1995, para aprofundar o tema da Campanha
da Fraternidade daquele ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e
para responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira,
realizada em 1994, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”.
FONTE: http://cnbb.net.br/grito-dos-excluidos-por-direito-e-democracia-a-luta-e-todo-dia/
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