Dados do Ministério do Trabalho indicam 462 fiscalizações
No ano passado, 2.575 trabalhadores foram resgatados
de condições análogas às de escravo, um terço a mais
que em 2021. Do total de resgates em 2022, 35 eram
crianças e adolescentes. Os dados são da Secretaria
de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.
Ao todo, foram realizadas 462 fiscalizações que
resultaram em mais de R$ 8 milhões em verbas
salariais e rescisórias. Como algumas ações ainda
estão em andamento, esse valor pode ser corrigido.
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel realizou um
terço das ações e encontrou práticas de trabalho
análogo ao de escravo em 17 estados. Entre os 20
estados fiscalizados, apenas Alagoas, Amazonas e
Amapá não registraram casos de escravidão
contemporânea.
Minas Gerais foi o estado com mais ações, tendo mais
de mil trabalhadores resgatados. A maior delas
ocorreu no município Varjão de Minas, onde 273
trabalhadores foram encontrados em condições
degradantes na atividade de corte de cana-de-açúcar.
Dados do seguro-desemprego mostram que nove em cada
dez vítimas eram homens, quase um terço tinha entre
30 e 39 anos, e mais da metade eram nordestinos.
Cerca de 80% do total de resgatados eram negros ou
pardos.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 148
vítimas eram migrantes de outros países, sendo dois
terços do Paraguai. Ao todo, o número de
estrangeiros resgatados dobrou em relação a 2021.
Entre as principais atividades econômicas
fiscalizadas usando mão de obra análoga à de
escravo, estão: cultivo de cana-de-açúcar; produção
de carvão vegetal; cultivo de alho, café, maçã e
soja; extração de pedras e madeira; criação de
bovinos; construção civil; em restaurantes e
confecção de roupas.
As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem
ser enviadas pela internet, ao site do Sistema Ipê.
Fonte: Agência Brasil - Do Blog de Noticias da CNTI
https://cnti.org.br/html/noticias.htm#Trabalho_escravo:_2.575_pessoas_foram_resgatadas_em_2022
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