Resultado só foi melhor do que 2021, quando a
inflação foi mais alta
Dados preliminares divulgados pelo Dieese mostram
que 2022 foi o segundo pior ano, dos últimos cinco,
para as negociações de acordos salariais. Fica aquém
de 2018, 2019 e 2020 e só mostra melhora em relação
ao ano imediatamente anterior. Contribuiu para esse
resultado o fato de a inflação de 2022 ter sido
menor que a de 2021, mas os preços dos alimentos
subiram bem acima da média.
Assim, de um total de 19.370 reajustes, 39,5%
ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE,
que costuma ser usado como referência nos acordos
trabalhistas. Foram 24,3% acima do índice e 36,2%
equivalente ao INPC acumulado nos 12 meses
anteriores. O Dieese observa que várias categorias
ainda não concluíram negociações.
Segundo o levantamento, o pior ano foi 2021, com
45,8% de reajustes firmados em acordos salariais
inferiores à inflação e apenas 15,2% acima. Os dados
disponíveis são de 2018 em diante, quando o Dieese
passou a acompanhar acordos e convenções registrados
no sistema Mediador, do Ministério do Trabalho.
Pisos acima do salário mínimo
Dessa forma, na média, a variação real média dos acordos é negativa: -0,78%. As categorias com ganhos reais tiveram, em média, 0,81% acima do INPC. Entre os setores, houve mais aumentos reais na indústria (32,6%) e mais perdas nos serviços (50%). No comércio, a maioria (51,4%) teve reajuste equivalente à inflação.
No ano, o valor médio dos pisos nos acordos
coletivos foi de R$ 1.547,98, ou 27,7% acima do
salário mínimo de 2022 (R$ 1.212). O maior era o de
setor de serviços (R$ 1.575,20) e o menor, na área
rural (R$ 1.467,75).
O levantamento completo do Dieese pode ser visto
aqui.
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
https://cnti.org.br/html/noticias.htm#Quase_40%_dos_acordos_de_2022_perderam_da_infla%C3%A7%C3%A3o,_segundo_pior_resultado_em_cinco_anos
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