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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Diesel sobe e impacta diversos setores

A Petrobras anunciou nesta terça (28) que o litro do diesel passa por reajuste de 8,89%. Agora, o combustível passa de R$ 2,81 a R$ 3,06 o litro. Esse valor será praticado para as distribuidoras a partir desta quarta (29).


Para o consumidor, o valor pago na bomba também ficará maior. Desse preço praticado, cerca de R$ 2,70 será repassado à estatal. Esse reajuste chega após 85 dias de estabilidade.


Segundo o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, o papel de zelar pelos preços dos combustíveis é do governo federal e dos ministérios de Minas e Energia, da Economia e da Casa Civil.


Influências – Para o economista responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Rodolfo Viana, essa alta no diesel também poderá ser refletida em toda a cadeia produtiva.


“Os preços dos alimentos deverão sofrer aumento. O preço do diesel deverá contribuir mais pra isso”, avalia Rodolfo. Na visão do economista, os produtos dos supermercados ainda sofrem influência de outros fatores para aumentar o valor praticado com o consumidor.


“O desmantelamento da política nacional de abastecimento, o descontrole do câmbio, a falta de crédito ao pequeno agricultor, ausência de política que priorize o mercado interno. Tudo isso também afeta os valores dos alimentos”, destaca o economista.


Já no setor metalúrgico, explica Rodolfo, essa alta no valor do diesel também poderá impactar negativamente. “As mercadorias são transportadas, em sua maioria, por caminhão. Isso deverá ter repasse. O setor produtivo já deve ser bem atingido com os aumentos da energia elétrica. E isso agora vem somar”, ressalta.


Empregos – Tantas altas assim fazem o empresário contratar menos. É o que acredita Rodolfo Viana. “A renda vai sendo ‘comida’ pelo aumento do preço. E, ao invés de consumirmos mais produtos e isso demandar mais produção e emprego, o efeito deverá ser o contrário”, conclui o economista do Dieese.


Mais – Acesse o site do Dieese.

 

Fonte: Agência Sindical - Do Blog de Notícias da CNTI


Desemprego do Governo Bolsonaro deixará sequelas para além da pandemia


Para Clemente Ganz Lúcio, desemprego, informalidade e precarização permanecerão em 2022.


Os elevados níveis de desemprego e de subocupação, atingidos pelo Brasil durante o Governo Bolsonaro, só poderão ser revertidos com uma virada na política econômica. Sob a cartilha do ministro Paulo Guedes, avesso à presença do Estado na economia, o mercado de trabalho chegou a um patamar de precarização em que o desenvolvimento do país ficou comprometido para além dos efeitos da pandemia.


O alerta é do sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo o qual há postos sendo retomados agora, mas ainda em patamar de insegurança pelo nível da pandemia. No segundo trimestre de 2021, o desemprego ficou em 14,1% medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


“No ano que vem, como está sendo indicado um crescimento muito baixo da economia brasileira, vão permanecer o desemprego, a informalidade e a precarização elevada como características presentes na economia brasileira”, prevê o sociólogo.


Ele lembra que o Brasil passa por um longo período de desindustrialização, desde os anos 1990, processo que foi desacelerado apenas no Governo Lula, que trouxe a perspectiva de um projeto de desenvolvimento em que o Estado tinha um papel industrial: “Não é o caso do governo Bolsonaro. Mas, na América Latina, ou o governo faz isso ou não será o mercado que vai ditar uma economia exitosa desse tipo”.


Informalidade

 

Com a desindustrialização, os melhores postos de trabalho são atingidos, ocasionando perda de renda e de capacidade de consumo, o que rebate em outros empregos mobilizados pelo emprego industrial. “A pandemia se sobrepôs a essa dinâmica de baixo crescimento econômico e desindustrialização. E, como o impacto da crise sanitária foi bastante grande especialmente no setor de serviços, tende a ser agravado o problema da informalidade. A informalização somente não cresceu porque foram destruídos também postos de trabalho informais”, ressalva.


O especialista lembra que, embora o país tenha a categoria do Microempresário Individual (MEI) como instrumento para enfrentar a informalidade, os MEIs são postos de trabalho com baixa renda. “Não adianta ter MEI se a renda é tão baixa que a pessoa não consegue contribuir com a Previdência porque precisa usar essa renda para comer”, critica.


Falta de investimentos

 

Na opinião do ex-diretor técnico do Dieese, ainda que conforme a vacinação avance a tendência seja de que o desemprego se reduza, o país não conseguirá voltar ao patamar de postos de trabalho anterior à pandemia: “Algumas atividades não retomam. Vai depender da perspectiva econômica do Brasil daqui para a frente, mas o contexto político torna o cenário muito nebuloso e os investidores não têm segurança de fazer investimentos”.


Neste sentido, as sequelas deixadas pelo Governo Bolsonaro ao trabalhador brasileiro não serão curadas no curto-prazo. “A economia voltada para o investimento, a pesquisa em inovação, o adensamento da base industrial, puxam um setor de serviços mais dinâmico, mais moderno, de melhor qualidade. Esse ciclo mais estruturante propicia um mundo do trabalho mais protegido. Mas, sempre que é perdido o dinamismo industrial e, portanto, há um desincentivo a investimento em educação, o que se tem é o aumento da defasagem entre a tecnologia e a formação dos trabalhadores”, disse Ganz Lúcio. “É o que está acontecendo durante o Governo Bolsonaro. “As pessoas não investem em formação de ponta porque vão trabalhar como Uber. E, para reverter esse processo, apenas um mandato de governo não resolve: podem ser necessárias até duas décadas de política continuada”, estima.

 

Fonte: Portal Vermelho - Do Blog de Notícias da CNTI


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Todos contra a Reforma Administrativa. É preciso!

 

 


Marcos Verlaine é Jornalista, analista político e assessor parlamentar licenciado do Diap

Está em discussão em comissão da Câmara dos Deputados, a PEC 32 que reduz o tamanho e o papel do Estado brasileiro. É mais uma contrarreforma de caráter neoliberal, esta chamada de Reforma Administrativa. Tal como foi a trabalhista e a previdenciária. Prejudica os servidores públicos federais, estaduais e municipais. E também os trabalhadores “celetistas”, já que esses são os que mais usam e dependem dos serviços públicos. Todavia, essa luta não é apenas do funcionalismo. A luta é de todos contra a “reforma”. Entenda.

É mais prejudicial que a trabalhista, pois ao diminuir o tamanho e o papel do Estado, a “consequência será”, segundo Antônio Queiroz, do DIAP, “o aumento da negligência governamental no combate às desigualdades regionais e de renda, e a redução da presença dos pobres no Orçamento Público.”

“Isso ocorre”, ainda segundo Queiroz, “invariavelmente com a diminuição ou retirada do Estado no provimento de bens e serviços aos cidadãos, às populações, aos territórios vulneráveis e aos desassistidos.”

“Não se cogita de aumentar receita, apenas de reduzir despesas”, enfatiza Queiroz, em análise sobre a proposta do governo.

Demonstrado, sinteticamente, nestes brevíssimos parágrafos que a Reforma Administrativa será severa com todos os trabalhadores, sejam servidores públicos ou os da iniciativa privada, os chamados trabalhadores “celetistas”, e a população de modo geral, é preciso que o movimento sindical, como um todo, lute contra mais esta “reforma” de caráter neoliberal de Bolsonaro/Guedes.

Prejudica todos os trabalhadores

 
A Reforma Administrativa é mais prejudicial que a Trabalhista (Lei 13.467/17) porque vai prejudicar também os trabalhadores formais, com carteira assinada, e os informais, por conta própria, pois a grande maioria depende dos serviços públicos, que uma vez aprovada no Congresso vai afetar sobremodo todos os trabalhadores, que terão de pagar por serviços que outrora eram públicos e gratuitos.

Só não precisam dos serviços públicos, os ricos brasileiros, por isso querem acabar ou diminuí-los para o povo, por meio do que o governo chama de “Reforma Administrativa”. Assim, querem reduzir despesas e investimentos para fazer economia para pagar os juros, serviços e rolagem da dívida pública, que enche os bolsos dos ricos, dos fundos de pensão e dos banqueiros locais e internacionais.

Quem usa os serviços públicos

 
O raciocínio é relativamente simples. Basta fazer a pergunta básica: quem usa os serviços públicos no Brasil oferecidos pelo Estado?

O povo, os trabalhadores: metalúrgicos, rodoviários, metroviários, ambulantes, comerciários, operários dos aplicativos, empregados domésticos, diaristas, professores, jornalistas, etc.

Educação, saúde, defensoria, segurança, justiça, previdência, e tudo que diz respeito à prestação de serviços públicos estão ameaçados com a tal da Reforma Administrativa em discussão na Câmara.

Reforçar a luta dos servidores

 
Assim, todos os sindicatos de trabalhadores precisam atuar contra essa reforma, pois essa luta não é apenas dos trabalhadores públicos e os respectivos sindicatos dessas categorias ou carreiras públicas. Se a vida não está fácil pode piorar bastante se essa reforma for aprovada no Congresso Nacional.

É necessário, então, que os sindicatos dos trabalhadores “celetistas” façam essa discussão e levem para a base das categorias esse debate, que é relevantíssimo. As entidades dos servidores precisam que o movimento sindical se agigante contra essa reforma.

Para isso precisa da solidariedade militante de todas as categorias de trabalhadores contra a Reforma Administrativa.

O que os sindicatos de metalúrgicos podem fazer contra a reforma? E o dos metroviários? E o dos rodoviários? E o dos jornalistas? E o dos professores das instituições privadas? E o dos bancários? E o dos químicos?

Essa solidariedade é urgentíssima, pois a reforma está prestes a ser aprovada na comissão especial. O governo tem tido dificuldades de aprová-la, mas tem maioria para isso.

O movimento sindical como um todo precisa dizer para os deputados, em todos os estados e municípios do Brasil: “se votar a favor da reforma não vai ser reeleito”. Reforçar essa luta, reforça a força do movimento sindical como um todo.

Agora, os servidores e as respectivas entidades sindicais deles precisam desse reforço na força. Essa força reforça todo mundo e pode evitar derrota retumbante contra o povo, em particular contra os mais pobres e vulneráveis, sobretudo nesse momento de severa fragilidade em razão da pandemia.

Marcos Verlaine é jornalista, analista político e assessor parlamentar licenciado do Diap

Clique aqui e leia mais opiniões

 

FONTE: Agência Sindical 

 https://www.agenciasindical.com.br/todos-contra-a-reforma-administrativa-e-preciso/

Recusa a retornar ao trabalho não afasta direito de membro da Cipa, diz TST

 

A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou um condomínio e uma construtora do Recife a pagar a indenização substitutiva referente à garantia de emprego de um carpinteiro que era membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Cipa). Para o colegiado, a recusa à reintegração proposta pela empresa não afasta o direito à estabilidade.


O carpinteiro foi dispensado quando integrava a Cipa. A empresa, ao ser notificada da reclamação trabalhista, formalizou convite para que ele retornasse ao trabalho, mas o empregado disse que não tinha interesse na reintegração, pois já estava empregado em outro local.


O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) entendeu ser indevida a indenização substitutiva, mesmo diante da condição de membro da Cipa que o empregado detinha. Para o TRT, a estabilidade do cipeiro não é uma vantagem pessoal, mas uma garantia para o exercício da representação dos trabalhadores enquanto membro da comissão.


Considerando que ele já havia obtido novo emprego, o deferimento da indenização correspondente à totalidade do período estabilitário implicaria a obtenção de vantagem indevida.


Para a Turma do TST, no entanto, a garantia de emprego prevista na lei é vantagem que visa à proteção da atividade do membro da Cipa, com a finalidade de coibir a dispensa arbitrária. Nesse sentido, de acordo com a jurisprudência do tribunal, a ausência de pedido de reintegração ao emprego ou a própria recusa da oportunidade de retorno ao trabalho não caracterizam renúncia ao direito à estabilidade.


No caso, o TRT registrou ser incontroverso que, no momento da rescisão contratual, o empregado era detentor da garantia provisória de emprego do cipeiro. Assim, a relatora do recurso de revista do empregado, ministra Maria Helena Mallmann, ao negar o direito ao recebimento de indenização pela estabilidade em razão da recusa em retornar ao trabalho, o TRT adotou entendimento contrário ao do TST sobre a matéria.A decisão foi unânime. Com informações do TST.

 

RRAg-529-92.2015.5.06.0004

 

Fonte: Consultor Jurídico - Do Blog de Notícias da CNTI


terça-feira, 28 de setembro de 2021

Dossiê mostra que empresas não deram proteção adequada contra covid-19 para trabalhadores

  

Funcionários dos serviços essenciais denunciam falta de máscaras, álcool e pouca ventilação


Dados do Dossiê Covid no Trabalho mostram que os trabalhadores de serviços essenciais, que não puderam parar durante a pandemia, não receberam proteção adequada como máscaras, álcool em gel e orientação sobre como se prevenir da covid-19.


Falta de máscaras de boa qualidade e em número suficiente, falta de álcool em gel 70% ou de água e sabão para limpar mãos, contato próximo com pessoas e ambientes com pouca ventilação. Esses foram alguns dos problemas apontados por trabalhadores dos serviços essenciais que não puderam trabalhar remotamente durante a pandemia.


Os resultados são do primeiro boletim do Dossiê Covid no Trabalho, pesquisa da Associação e Saúde Ambiental e Sustentabilidade e do Instituto Walter Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT).


A maior parte dos trabalhadores relatou também ter recebido pouca ou nenhuma orientação sobre como se prevenir do novo coronavírus. Dentre os trabalhadores que se contaminaram com o novo coronavírus, a maior parte relatou acreditar que isso ocorreu no ambiente de trabalho e tiveram negados os pedidos para registrar Carta de Acidente de Trabalho.

 

Acidente de trabalho

 

A doutora em saúde pública Maria Maeno, que faz parte do grupo de pesquisadores, detalha que, pelos relatos dos trabalhadores, as empresas não se adequaram para garantir a segurança dos profissionais.


“A maioria dos trabalhadores não recebem uma máscara adequada. Nos bancos, por exemplo, estão dando um kit de máscara de pano. Outra questão é sobre a falta de orientações sobre a máscara. Outro ponto importante é a ventilação e a proximidade física, que são pontos cruciais para evitar a exposição ao vírus”, relatou ela ao repórter Rodrigo Gomes, da Rádio Brasil Atual.


A pesquisadora destaca que existe um risco presumido do trabalhador que precisa comparecer presencialmente de que seja contaminado pelo novo coronavírus em decorrência do trabalho ou do trajeto ao local. “Se você fica em casa, a possibilidade de pegar covid-19 é quase zero. Agora, se você sai todos os dias para trabalhar, corre um risco adicional. Portanto, do ponto de vista legal, se você tem exposição ao vírus no trajeto, é uma doença adquirida no trabalho.”


Maria Maeno orienta ainda que os trabalhadores busquem os sindicatos ou serviços de saúde do trabalhador para registrar a Carta de Acidente de Trabalho e ter reconhecida sua contaminação como sendo doença relacionada ao trabalho. Segundo ela, já há decisões na justiça do trabalho que reconheceram o nexo entre trabalho e contaminação por covid-19.


Categorias expostas

 

O dossiê destaca a situação das trabalhadoras domésticas, categoria que sofreu diversos tipos de abusos durante a pandemia. Segundo o estudo, 60% dessas trabalhadoras tiveram contato próximo com outras pessoas, sendo que 35% conviveram com alguém contaminado no trabalho.


Dentre as que se contaminaram, 94% não tiveram o reconhecimento da relação entre o trabalho presencial e infecção pelo novo coronavírus. É o caso da trabalhadora doméstica Maria Célia, que só pode se afastar por 14 dias no início da pandemia, por pressão da filha, mas teve que passar a dormir no trabalho, sem qualquer melhoria salarial e tendo que comprar a própria máscara.


“No começo de tudo, ninguém me disse para ficar em casa. Quando fui trabalhar, pediram para ficar lá e voltar pra casa só aos finais de semana. Não deram nenhum material pra gente se cuidar, não”, conta Célia.


Operador de trem no Metrô de São Paulo, o Diretor da Federação Nacional dos Metroferroviários, Alex Santana, relatou que foi preciso muita pressão para conseguir o fornecimento de máscara, álcool gel e o afastamento de trabalhadores com comorbidades. “Desde o início, a gente buscava EPI. Mas havia álcool-gel vencido nos postos, a gente também não podia usar frasco individual de álcool. Fizemos várias ações no MPT para fornecimento desses produtos. Não queria fornecer a máscara PFF2, mas quando forneceram mandavam a gente reutilizar por 14 dias”, afirmou.


Santana relatou ainda que o Metrô paulista não admite que a covid-19 seja considerada doença do trabalho e sempre nega pedidos de abertura de Carta de Acidente de Trabalho, que são feitas exclusivamente pelo sindicato. Até agosto desse ano, 26% dos trabalhadores do Metrô tiveram covid-19, um dos mais altos índices entre trabalhadores do país.

 

Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

TST vai decidir se Covid-19 pode ser doença do trabalho

O Tribunal Superior do Trabalho vai julgar se a Covid-19 pode ser considerada doença do trabalho. O recurso será analisado pela 2ª Turma da corte, em data ainda não estipulada, sob relatoria do ministro José Roberto Freire Pimenta.


A ação originalmente foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo e Zona Postal de Sorocaba (Sindect). A entidade acusava a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de não controlar adequadamente a disseminação da doença em uma unidade na grande São Paulo.


A Vara do Trabalho de Poá (SP) impôs diversas obrigações aos Correios quanto a protocolos sanitários. A ECT recorreu, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região considerou que as medidas adotadas não foram suficientes e manteve a decisão de primeiro grau.


Na ocasião, o TRT-2 também confirmou a obrigação de os Correios expedirem comunicações de acidente de trabalho (CATs) relativas aos empregados que contraíram Covid-19. O entendimento contrariou um dispositivo da Medida Provisória 927/2020, cuja vigência já se encerrou, e segundo a qual os casos de Covid-19 não seriam considerados ocupacionais, exceto se comprovado o nexo causal.

 

1000708-47.2020.5.02.0391

 

Fonte: Consultor Jurídico - Do Blog de Notícias da CNTI


Renda média do trabalho é a menor desde 2017

Segundo análise da consultoria IDados, baseada em fontes da PNAD/IBGE, a renda média do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.433 no 2° trimestre deste ano.


Apesar da vacinação e retomada de atividades econômicas que estavam paralisadas pela pandemia no Brasil, sobretudo no mercado informal, a economia ainda não engatou e o momento crítico está refletido na renda média dos trabalhadores. Segundo análise da consultoria IDados, baseada em fontes da PNAD/IBGE, a renda média do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.433 no 2° trimestre deste ano. É a menor desde 2017.


Em comparação com o mesmo trimestre de 2020, quando ainda não existia pandemia, a queda foi de 7%. Naquele período, a renda média do trabalhador era de R$ 2.613, já descontada a inflação (veja mais abaixo).


A tendência, acreditam os analistas do IDados, é de um achatamento ainda maior ao longo dos próximos meses, sobretudo porque o número de desempregados ainda é muito alto, superior a 14 milhões de pessoas, e que devem desembocar, boa parte, em setores que concentram remuneração mais baixa.


A realidade é a evidência de que as mudanças da reforma trabalhista iniciada no governo Temer, ao invés de estimular a criação de empregos, conforme a promessa oficial, teve apenas o objetivo de ampliar os lucros capitalistas aumentando o grau de exploração da força de trabalho. Seus resultados concretos são a degradação das ocupações e a redução da renda da classe explorada no capitalismo.


O recuo da renda da população trabalhadora tem um efeito perverso sobre a economia na medida em que reduz o consumo e emagrece o mercado interno, deprimindo o comércio e a indústria e desta forma realimentando a crise econômica.


Perspectivas nada boas

Em entrevista ao G1, o autor do estudo e pesquisador do IDados, Bruno Ottoni, disse que a perspectiva de aumento da inflação joga um tempero a mais no quadro, ajudando ainda mais essa queda na renda média.


“Quando as pessoas começarem a conseguir novamente empregos nesses serviços tradicionais, como a renda desse setor é mais baixa, isso provavelmente também vai puxar o rendimento médio para baixo”, disse ele sobre setores como lazer, serviços domésticos e restaurantes, historicamente os que pagam menos em conjunto com a agricultura.


Série histórica da renda média no 2° trimestre, segundo dados da PNAD/IBGE

– 2014: R$ 2.452;


– 2015: R$ 2.450;


– 2016: R$ 2.360;


– 2017: R$ 2.399;


– 2018: R$ 2.444;


– 2019: R$ 2.437;


– 2020: R$ 2.613;


– 2021: R$ 2.433.


Com informações da Isto É Dinheiro

 

Fonte: Portal Vermelho - Do Blog de Notícias da CNTI



sexta-feira, 24 de setembro de 2021

PALANQUE DA MENTIRA NA ONU – JOSÉ REGINALDO

 

ONUJosé Reginaldo Inácio é presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST

 

Desde seu primeiro dia na cadeira presidencial, o atual mandatário do Executivo nacional não tem feito outra coisa que não seja uma campanha eleitoral permanente, sem tréguas, cuja estratégia central é dar sequência e amplitude a uma avalanche de mentiras que, de maneira muito bem-sucedida e organizada, consegue se multiplicar no submundo da desinformação compartilhada em milhares de grupos de aplicativo alimentados pelo “gabinete do ódio” e seus clones digitais.

 

Na véspera do privilegiado espaço de diálogo internacional, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente do Brasil, previsivelmente, diga-se, repetiu mentiras sem o menor pudor de ser desmentido pela quase totalidade da imprensa nacional e internacional (saiba mais).

Não bastasse o conjunto de absurdos ditos, pouco depois do desembarque em solo norte-americano, Bolsonaro foi advertido pelo prefeito de Nova York, Bill de de Blasio (saiba mais)  de que se ele não quiser se vacinar, “nem precisa vir à cidade”. O presidente do Brasil e seus asseclas na comitiva enviada às “terras do Tio Sam” continuam protagonizando cenas deploráveis, que desconstroem a boa imagem do Brasil acumulada por anos de boa tradição diplomática. Viramos piada mundial! (saiba mais).

A fuga de capitais, o desinvestimento, o desemprego, a fome, as quase 600 mil mortes pela Covid-19,  a miséria e a inflação fora de controle são alguns dos sintomas de um governo que insiste em não governar, que dedica quase 100% de suas energias a destruir todas as conquistas civilizatórias até aqui acumuladas.

O GOVERNO, com seu arsenal de mentiras eficientemente compartilhado, especializou-se em distrair boa parte da população, capitaneado, inclusive, por setores da mídia e, em grande medida, da imprensa a ele alinhada. Distração, esta, que tem se revelado bastante conveniente aos propósitos inconfessáveis de saquear as riquezas nacionais e destruir todo o arcabouço de Leis de proteção trabalhista e social, atendendo a interesses mesquinhos de uma elite perversa, que atura a continuidade da barbárie desde que seus lucros sejam potencializados com sangue, suor e lágrimas da riqueza resultante da exploração máxima do trabalho.

A Nova Central está atenta a esses movimentos e busca, por meio de seus mecanismos de comunicação, levar ao cidadão brasileiro temas que são realmente relevantes, que merecem atenção especial para construir uma consciência coletiva crítica, protegida das armadilhas retóricas que visam nos alienar.

Vencemos a MP 1045 (saiba mais) e estamos em uma verdadeira cruzada para derrotar a PEC 32 no Congresso Nacional (saiba mais). Estas sim, agendas prioritárias que podem impedir a tentativa do governo brasileiro e seus apoiadores no parlamento de submeter o cidadão a todo tipo de humilhação, de submissão.

Seguiremos firmes nessa luta na certeza de que escolhemos o bom combate, aquele alinhado com a construção de um país civilizado, moderno e de oportunidades para todos os brasileiros.

Clique aqui e leia mais opiniões.

Acesse  www.ncst.org.br

FONTE: Agência Sindical

https://www.agenciasindical.com.br/palanque-da-mentira-na-onu-jose-reginaldo/

 

 

 

 

Reajuste salarial fica abaixo da inflação em agosto


Informação é do boletim Salariômetro, divulgado pela Fipe


No mês de agosto, o reajuste salarial mediano no país ficou 1,4 ponto percentual abaixo da inflação, considerando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apenas 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, de acordo com o boletim Salariômetro, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).


O reajuste médio negociado foi de 8,5% em agosto, enquanto o INPC, no acumulado de 12 meses, ficou em 9,9%. O piso salarial mediano - modelo que corrige discrepâncias - negociado foi de R$ 1.255 em agosto, enquanto o piso médio foi de R$ 1.396.


O Salariômetro analisa os resultados de 40 negociações salariais coletivas, que são depositados no Portal Medidor, do Ministério da Economia.


Não houve aumento mediano real como resultado das negociações em nenhum dos últimos 12 meses, conforme a fundação. Desde setembro do ano passado, o índice tem oscilado de -1,4% a zero.


Segundo a Fipe, a inflação projetada para as próximas datas-base ficará perto dos 10%, o que deverá comprimir o espaço para ganhos reais no futuro.

 

Fonte: Agência Sindical - Do Blog de Notícias da CNTI


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Comissão aprova assistência de sindicato em demissão de analfabeto ou maior de 60 anos


Texto inclui a regra na Consolidação das Leis do Trabalho


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que altera a legislação trabalhista para determinar que o pedido de demissão ou a rescisão contratual de empregado analfabeto ou maior de 60 anos só será válido com a assistência do sindicato da categoria ou de órgão do Ministério do Trabalho e Previdência.


O texto aprovado é o Projeto de Lei 10467/18, que inclui a regra na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O relator, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), apresentou um substitutivo para deixar claro que caberá ao empregado definir qual dos órgãos prestará a assistência.


O projeto foi elaborado pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara, com base em sugestão (SUG 153/18) do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé e Adjacentes (RJ).


Kataguiri afirmou que a proposta é uma questão de justiça. “O trabalhador maior de 60 anos de idade ou analfabeto pode ter sérias dificuldades de compreensão acerca do teor da extinção do vínculo empregatício, bem como se estão ou não corretas as parcelas indenizatórias que lhe são devidas”, disse.


Tramitação

 

O projeto será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois seguirá para o Plenário da Câmara.

 

Fonte: Agência Câmara - Do Blog de Notícias da CNTI

Brasil está longe de despertar interesse internacional, alerta diretor do Dieese

Bolsonaro diz que o Brasil seria um dos melhores destinos para investimentos estrangeiros, mas país deve crescer abaixo da média mundial


Em discurso na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que está resgatando a credibilidade do Brasil no exterior. Os dados da realidade, no entanto, desmentem essa afirmação. De acordo com relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia brasileira deve crescer 5,2% em 2021, abaixo da previsão de crescimento do PIB mundial, que é de 5,7%.


Ainda assim, para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, essas previsões da OCDE para o Brasil estão defasadas. O boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta semana indica crescimento de 5,04% em 2021. Para o ano que vem, as estimativas de acrescimento do PIB foram reduzidas de 1,72% para 1,63%.


Fausto diz que falta ao Brasil um plano estratégico para a retomada da economia. E as tensões criadas pelo governo Bolsonaro, que ataca a Constituição e a própria democracia, acabam afastando investidores estrangeiros.


“O Brasil está longe de despertar interesse internacional”, disse Fausto, em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (22). “Quem investe quer retorno com o mínimo de risco possível. E o Brasil está longe ser um país de baixo risco. Ao contrário, esse risco está cada vez maior”, acrescentou.


Investimentos

 

Bolsonaro também afirmou que o Brasil seria hoje um dos melhores destinos para os investimentos estrangeiros. Os números, mais uma vez, contrariam a versão apresentada pelo presidente. O país despencou da 6ª para a 11ª posição no ranking da ONU dos locais que mais receberam recursos externos em 2020. Esses fluxos de investimento se reduziram para patamares de 20 anos atrás. E a previsão é que só haverá recuperação a partir de 2023.


“O governo não dá nenhum tipo de segurança, nem no curto nem no longo prazo, uma vez que não apresenta claramente as diretrizes da sua política econômica. Nem diz qual a sua proposta de investimento. Além de tudo, gosta de criar confusão com parceiros importantes, como a China e os Estados Unidos”, destacou Fausto.


Colaboram ainda para a falta de interesse do investidor estrangeiro os recordes de desemprego no Brasil, o que reduz o mercado interno. Sobram apenas eventuais privatizações de empresas estatais e demais ativos públicos, naquilo que Fausto classificou como “entrega” do patrimônio nacional.

 

Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI