A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), o projeto de lei apresentado pelo governo que prevê a isenção do pagamento de Imposto de Renda (IR) para brasileiros que recebem até dois salários mínimos. Apesar do valor já ter sido estabelecido anteriormente em Medida Provisória, o projeto transforma o atual critério em lei, atualizando automaticamente a faixa de isenção nos próximos anos.
O aumento da faixa de isenção do IR foi uma das
bandeiras eleitorais do presidente Lula. O projeto,
na prática, estabelece alíquota zero para quem ganha
até recebe até R$ 2259,20. Para quem recebe entre
esse valor e R$ 2826,65; será cobrada uma alíquota
de 7,5% ao mês, que será devolvida ao contribuinte
no momento da dedução.
A votação ocorreu após uma série de requerimentos de
obstrução apresentados pela oposição, que acusa o
governo de descumprir com uma promessa eleitoral,
tendo em vista que, em sua campanha, o presidente
Lula defendeu a isenção para até R$ 5 mil. A posição
irritou a bancada governista. “O que se coloca é
alcançar R$ 5 mil no governo. Estamos terminando o
primeiro ano do governo, e já chegamos a esse valor
[R$ 2,8 mil]. Vocês precisam ter mais bom senso”,
exclamou, pela liderança da maioria, a deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Odair Cunha (PT-MG), líder da bancada do PT,
garantiu que o governo seguirá com a meta de chegar
à isenção de R$ 5 mil, e que o atual projeto é parte
desse processo. “Este texto é fruto do acordo, do
entendimento das diversas forças políticas daquilo
que é possível fazer nesse momento, e garante sim
uma redução para aqueles que ganham menos. (…)
Aqueles que não o fizeram no passado não precisam
lembrar o presidente Lula de seu compromisso claro”,
afirmou.
Apesar das obstruções, a oposição não contrapôs a
aprovação com resultado unânime, realizada em
votação simbólica. “”Não dá pra votar contra algo
que é a favor da população. Não dá para votar algo
que dê mais dinheiro na mão de quem trabalha”,
justificou Adriana Ventura (Novo-SP).
Fonte: Congresso em Foco - Do Blog de Noticias da CNTI
Nenhum comentário:
Postar um comentário