Em relação ao final de 2019, período anterior à pandemia, perda equivale a 137 milhões de vagas
“Os avanços registrados no processo de vacinação
representam um fator primordial para a recuperação
do mercado de trabalho”, diz a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) em novo relatório,
divulgado nesta quarta-feira (27), sobre os impactos
da covid-19. Mas a entidade alerta que esse processo
tem sido desigual entre os países, variando de 1,6%
a 59,8% de pessoas completamente imunizadas. A média
mundial estava em 34,5% no início deste mês.
A OIT cita estimativas segundo as quais um aumento
de 10 pontos percentuais na proporção da população
vacinada propicia uma recuperação de 1,9% de horas
trabalhadas. Isso equivale a aproximadamente 52
milhões de empregos com jornada integral. Assim, no
segundo trimestre deste ano, por exemplo, a cada 14
vacinados criou um posto de trabalho.
Recuperação ‘estancou’
Em escala mundial, porém, a recuperação do mercado de trabalho após os efeitos da pandemia “estancou” neste ano. “Foram registrados avanços escassos desde o quarto trimestre de 2020”, informa a OIT. “Estima-se que a quantidade de horas trabalhadas em 2021 continue em nível muito inferior ao alcançado no último trimestre de 2019.”
A diferença entre aquele período e o primeiro
trimestre de 2021 está em torno de 4,5%. Isso
equivale a 131 milhões de empregos, de acordo com a
estimativa da entidade. E aumenta para 4,8% em
relação ao segundo trimestre (menos 140 milhões) –
seria de 6% sem vacina. Ou 4,7% na comparação com o
terceiro (menos 137 milhões). “Mas esses dados
ocultam amplas diferenças entre os países”, observa
a OIT.
Se do último trimestre de 2019 para o terceiro deste
ano a perda mundial equivale a 4,7%, nas Américas
essa retração é de 5,4% (menos 20,6 milhões). Vai a
5,6% na África e a 2,5% na Europa (incluindo a Ásia
central).
Menos 125 milhões de vagas
A organização revisou sua estimativa de “déficit” de empregos neste ano, também em relação ao final de 2019. A previsão feita em junho, de 100 milhões de vagas, aumentou para 125 milhões. A expectativa é apenas de uma leve recuperação no último período do ano.
Assim, além de medidas como incentivos fiscais, a
vacinação torna-se um fator “crucial”, ressalta a
OIT. “É fundamental para propiciar a abertura da
economia e mitigar o risco associado às atividades
cotidianas de consumo e produção.”
Em 2020, a América Latina e Caribe viu aumentar a
taxa de desemprego para 10,6%, ante 8,1% no ano
anterior. O percentual correspondeu a 30,1 milhões
de desempregados.
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
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