Para os dirigentes, esperar o próximo ataque à democracia “pode ser fatal”.
Representantes de 21 partidos se juntarão ao ato dos movimentos pelo Fora Bolsonaro neste sábado
“O Brasil não aguenta mais 15 meses de
incompetência, negacionismo e insanidade”, afirmam,
em nota, as centrais sindicais, pedindo ampliação do
leque político para aprovar o impedimento do
presidente da República. “Não podemos esperar até o
próximo ataque à nossa democracia, que pode ser
fatal.” No próximo sábado (2), haverá novas
manifestações de protesto, no Brasil e no exterior
pelo Fora Bolsonaro.
Segundo os dirigentes, é uma questão de “matemática”
e não de ideologia. “Para derrubar Bolsonaro, é
preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de
342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o
impeachment“, lembram. “Neste momento, um dos mais
graves da nossa história, é necessário focar no que
nos une, e não no que nos separa. Para podermos
continuar a ter o direito de discordar, de disputar
eleições livres e de manter a nossa democracia,
Bolsonaro tem que sair já.”
Mais de 20 partidos
Representantes de pelo menos 21 partidos políticos estarão na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. De todos os espectros políticos. Também participam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das centrais e outros movimentos sociais. Até o fechamento deste texto, havia confirmação de 260 atos em 251 cidades e 16 países – #2OutForaBolsonaro.
Os sindicalistas querem insistir na pressão sobre o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que
inclua na pauta “um dos mais de 130 pedidos de
impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas
gavetas”. Caso contrário, acrescentam, será cúmplice
nos crimes de responsabilidade.
Íntegra da nota das centrais sobre o Fora
Bolsonaro
Centrais apoiam ampliação dos atos para outros
campos do espectro político
Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso
unidade entre diferentes neste momento grave
As Centrais Sindicais têm participado de todas as
manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria
de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB,
CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe
Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e
Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do
pior presidente do Brasil de todos os tempos.
Além de milhares de trabalhadores, estudantes e
ativistas de movimentos sociais, desta vez também
estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes
de partidos de todos os campos do espectro político
– todos unidos pelo Fora Bolsonaro.
As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da
diversidade de atores nas ruas pois entendem que
nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro
continue o seu desgoverno criminoso. Um governo
responsável por grande parte das quase 600 mil
mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela
devastação ambiental, pela volta da inflação e da
carestia.
E que ameaça diariamente a nossa democracia e as
nossas instituições, apesar de falsos recuos
momentâneos e estratégicos que não enganam mais
ninguém.
Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso
campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos
Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão
de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento,
um dos mais graves da nossa história, é necessário
focar no que nos une, e não no que nos separa.
Para podermos continuar a ter o direito de
discordar, de disputar eleições livres e de manter a
nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.
O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência,
negacionismo e insanidade. Não podemos esperar até o
próximo ataque à nossa democracia, que pode ser
fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos
juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur
Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de
impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas
gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará
sendo cúmplice dos inúmeros crimes de
responsabilidade de Bolsonaro contra o povo
brasileiro.
Brasil, 30 de setembro de 2021
Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos
Brasileiros
Atenágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional – CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio
Secretário-geral – Intersindical Central da Classe
Trabalhadora
Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
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