Calculado pelo Dieese, o Índice de Condição de Trabalho (ICT-Dieese) registrou uma pequena melhora no último trimestre de 2022, quando subiu a 0,52, dando sequência a uma recuperação iniciada na passagem de 2021 para 2022.
O ÍCT é um indicador criado pelo Dieese com o
objetivo de sintetizar a situação do trabalho no
país em várias dimensões. Varia entre 0 e 1, e é
resultado da composição de três dimensões:
ICT-Inserção Ocupacional, ICT-Desocupação e
ICT-Rendimento.
O indicador não estabelece a condição ideal do
trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o
valor estiver de 1, melhor a situação geral do
mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero,
pior.
No último trimestre analisado, o índice atingiu o
valor de 0,52, o maior desde o segundo trimestre de
2020, quando o universo produtivo e a estrutura
ocupacional foram seriamente impactados pela
pandemia, com reflexos sobre as estatísticas do
mercado de trabalho, principalmente devido à intensa
saída de pessoas do mercado de trabalho.
Considerando apenas os quartos trimestres, o índice
de 2022 foi o maior desde 2016. No entanto, continua
aquém do registrado no 4º trimestre de 2014, o que
reflete os extraordinários estragos impostos à
economia brasileira pela restauração neoliberal
desencadeada pelo golpe de Estado de 2016 e
radicalizada pelo governo Bolsonaro.
O último trimestre de 2022 apresentou melhora em
diversos indicadores do mercado de trabalho, como
redução da taxa de desocupação, aumento do
rendimento médio por hora e do emprego com carteira
assinada, ainda que, em termos proporcionais,
estejam relativamente baixos. Porém. a melhora não
foi acompanhada por uma distribuição mais
igualitária dos rendimentos do trabalho, apontam os
técnicos.
Fonte: Dieese - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br
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