Aprovada em 11 de novembro de 2017, por meio da Lei 13.467, a reforma trabalhista de Michel Temer completa dois anos nesta hoje. A principal alegação pra sua aprovação era a geração de cinco milhões de empregos. O que não aconteceu. Ou seja, não se abriram novas vagas de emprego, mas o caminho pra precarização das condições de trabalho foi pavimentado.
A Agência Sindical inicia hoje série de matérias sobre o tema. O primeiro entrevistado é Antônio Augusto de Queiroz, consultor parlamentar e, em 2017, diretor do Diap - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Segundo ele, a reforma “É um retumbante fracasso”, ele sentencia.
“A reforma de Temer prometia gerar cinco milhões de empregos. Isso não aconteceu. Ao contrário. Os poucos empregos gerados são precários, informais, com salários muito reduzidos. Nesse sentido, a reforma é um retumbante fracasso”.
. Previdência
“O aumento da informalidade no mercado de trabalho
atingiu também a receita da Previdência Social.
Afinal, o trabalhador sem contrato não contribui. E
os que ganham menos também recolhem valores menores.
Portanto, o Estado também foi prejudicado.”
. Sindicalismo
“Ao acabar com a contribuição sindical, sem qualquer
regra de transição, a reforma feriu de morte as
finanças das entidades. Isso levou à venda de
prédios, demissões de funcionários, cortes de
serviços e redução da capacidade do movimento de
reagir e enfrentar os graves problemas dos
trabalhadores”.
. Porta de entrada
“Com a reforma, que precarizou o trabalho, agravou as
relações de trabalho e reduziu o poder de ação do
sindicalismo, o atual governo aprofundou os ataques.
Daí, medidas como a MP 881, da liberdade econômica,
e a 873, que inviabiliza recolhimentos das
categorias, e várias outras, cuja lógica é
desregulamentar o trabalho e facilitar a vida do
capital”.
. Dificuldades para a ação sindical
“Além de cortar o custeio sindical, a Lei 13.467 criou
dificuldades de acesso à Justiça do Trabalho. A
homologação no Sindicato deixou de ser obrigatória,
impossibilitando a conferência da quitação das
verbas trabalhistas, com prejuízos evidentes para o
trabalhador”.
. Congresso Nacional
“O Congresso foi passivo durante a tramitação da
matéria e não reagiu à altura. Naquela fase, a
preocupação dos parlamentares era garantir o aumento
do fundo partidário. De modo que uma votação
condicionou a outra”.
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Fonte: Agência Sindical - Do Blog de Notícias da CNTI
http://cnti.org.br/html/noticias.htm#Reforma_trabalhista_de_Temer_completa_dois_anos_e_confirma_enorme_fracasso
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