Mudança vai valer para jovens de 18 a 29 anos no primeiro
emprego e para pessoas com mais de 55 anos; também haverá limite de
remuneração de 1,5 salário mínimo
Escrito por: Redação CUT
Alex Capuano/CUT
Além
do pacotão de reformas econômicas que o governo de Jair Bolsonaro (PSL)
entregou nesta terça-feira (5) ao Congresso Nacional, com medidas como a
redução de jornada e salários dos novos servidores públicos federais, a
equipe econômica liderada pelo banqueiro Paulo Guedes, vai lançar um
novo modelo de contratação, com menos direitos para trabalhadores e
trabalhadoras da iniciativa privada.
O novo modelo de contratação,
que vem sendo chamado pelo governo de “Trabalho Verde e Amarelo”,
deverá valer para jovens de 18 a 29 anos, no primeiro emprego, e para
pessoas com mais de 55 anos, com dificuldades para encontrar colocação
no mercado de trabalho – não pode ser aposentado. O salário máximo será
de 1,5 salário mínimo, o equivalente a R$ 1.497,00 se considerado o
mínimo atual.
E como o objetivo é estimular a contratação, além de
salário baixo tem incentivos para o empresariado, como redução da multa
sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelos patrões
em caso de demissão sem justa causa dos atuais 40% para 20%, além de
redução da contribuição mensal para o FGTS dos atuais 8% para 2%.
As informações são do Estadão/Broadcast
que informa ainda que o governo vai livrar as empresas de pagar a
contribuição patronal de 20% sobre a folha para o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e as alíquotas do Sistema S, do salário-educação e
do Incra.
Para evitar substituição da mão de obra contratada pelas
regras atuais pelo “Trabalho Verde e Amarelo”, o governo deve prever
uma espécie de trava para as empresas, que só poderão contratar pelo
programa se for para aumentar sua força de trabalho. Além disso, as
empresas devem ter um limite de contratações pelo “Trabalho Verde e
Amarelo”, de acordo com o porte da companhia, diz o Estadão/Broadcast.
Ainda
de acordo com o Estadão/Broadcast, o prazo de validade deste novo
modelo será de 24 meses. O governo está estudando regras para definir
como ficarão os pagamento de contribuições sobre a folha nos casos em
que as empresas quiserem manter o trabalhador depois de um ano.
FONTE: Central Única dos Trabalhadores
https://www.cut.org.br/noticias/governo-quer-reduzir-de-40-para-20-multa-do-fgts-no-novo-modelo-de-contratacao-0959
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