Em pronunciamento no Plenário nesta sexta-feira (29), o senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a criticar propostas de reforma da Previdência Social defendidas por segmentos do setor privado — como o sistema financeiro. Ele afirmou que tais propostas têm o objetivo de retirar direitos dos trabalhadores e abrir caminho para a privatização, seguindo um modelo de capitalização semelhante ao do Chile.
Paim disse que a CPI da Previdência, da qual foi
presidente, comprovou que o sistema previdenciário
do Brasil é superavitário. Segundo ele, as
dificuldades da Previdência decorrem de má gestão.
— Nós sabemos que, por trás disso [dessas
propostas], está um sonho dos poderosos, que é o de
privatizar a Previdência, semelhante ao que ocorreu
no Chile: quem tem dinheiro poupa, quem não tem não
poupa e não tem Previdência. O verdadeiro problema
[no Brasil] não está no modelo em si, mas na gestão
de recursos: má administração, corrupção,
desonerações, sonegação, falta de fiscalização mais
severa e dívidas bilionárias não cobradas de grandes
grupos econômicos — argumentou.
Paim disse que, sem os benefícios previdenciários e
assistenciais, 42% da população brasileira estaria
vivendo abaixo da linha da pobreza.
Ele sugeriu mudanças na forma de financiamento da
Previdência, com a substituição da contribuição
sobre a folha de pagamento por uma taxação sobre o
faturamento das empresas.
— Esse é um caminho justo, solidário e sustentável,
que fortalece a Previdência e aqueles que mais geram
emprego. Defender a Previdência Social é defender o
povo brasileiro, é defender a nossa gente. Não
podemos permitir que a Previdência Social seja
transformada em um negócio. Em um país tão desigual,
enfraquecê-la é aprofundar ainda mais o abismo
social e condenar milhões de idosos a uma velhice
sem segurança — declarou.
Fonte: Agência Senado - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br
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