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quinta-feira, 28 de março de 2024

Advogada critica STF na questão da vida toda

 


Dia 21, o Supremo Tribunal Federal decidiu contrariamente à revisão da vida toda para aposentados e pensionistas da Previdência. Por sete votos a quatro, os ministros vetaram a regra mais vantajosa, capaz de elevar o valor dos proventos.

Decisão frustrou quem acalentava expectativa de elevar a renda. Advogados especializados nas questões previdenciárias também mostram contrariedade ante a decisão da Corte.

Em entrevista à Agência Sindical, a dra. Tonia Galetti, Coordenadora Jurídica do Sindnapi da Força Sindical, comenta: “A derrubada da tese pelo STF é triste porque retira o direito de milhares de pessoas, que restarão prejudicadas. Na prática, elas ficam proibidas de utilizar no cálculo toda a sua vida laboral”.

Reviravolta – O direito à revisão da vida toda havia sido reconhecido pelo STF em 2022. Com isso, aposentados poderiam pleitear na Justiça o recálculo do benefício, com base em todas as contribuições feitas. Isso poderia resultar num valor maior em relação à regra de transição, fixada em 1999 pela reforma da Previdência, no governo Fernando Henrique.

Votos – Votaram contra a revisão da vida toda Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Roberto Barroso e Kássio Nunes Marques. A favor, André Mendonça, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.

O Sindnapi esperava outra decisão. A dra. Tonia Galetti afirma: “A expectativa era que o STF mantivesse sua decisão em favor das pessoas e não se utilizasse de manobra pra retirar um direito antes reconhecido pela própria Corte”. E continua: “Essa decisão lança descrença no Judiciário e no Executivo. A população nunca vence e ou tem respeitadas sequer decisões anteriores favoráveis. Como diz o ministro Gilmar Mendes, no Brasil até o passado é incerto”.

Cifras – O governo estima economia de R$ 480 bilhões.

MAIS – Site do Sindnapi.

FONTE: Agência Sindical

TRT-1 nega pedido de empregado para anular acordo feito por sindicato


Colegiado observou que trabalhador estava presente em assembleia que firmou o acordo.


A SDI-I do TRT da 1ª região negou ação rescisória de um trabalhador que pretendia anular acordo realizado no Cejusc entre o sindicato e a empresa em que trabalhava. O colegiado observou que o empregado participou da assembleia e tinha ciência do direito de recusa à adesão ao acordo individual que formalizou.


Na ação, o empregado de viação de ônibus alegou vício de consentimento em acordo, pois o sindicato teria atuou como substituto processual da categoria e extrapolou os limites da substituição processual ao transacionar os créditos dos empregados.


O homem argumentou que o acordo judicial celebrado e homologado ocorreu sem qualquer conhecimento e participação dos empregados.


Ao analisar o caso, o relator, desembargador Alvaro Luiz Carvalho Moreira, observou que constou do acordo a cláusula de quitação ampla e irrestrita quanto ao contrato de trabalho, com o objetivo de que os trabalhadores não pudessem mais acionar a empresa acerca dos contratos extintos.


O magistrado ressaltou que na lista de assinatura dos trabalhadores presentes à assembleia o autor estava presente. "Logo, participou da discussão coletiva acerca do acordo e concordou com a proposta do acordo ofertado pela empresa, com a previsão da cláusula de quitação geral", disse.


"Ocorreu uma assembleia sindical, na qual participaram trabalhadores que exerceram o seu direito de voto e aprovaram a realização de acordo para pagamento parcelado e previsão de quitação geral do contrato de trabalho, bem como ficou consignado que a adesão não era obrigatória e que todos que desejassem a atuação individual teriam a assessoria jurídica do ente sindical."


Por fim, destacou que o empregado participou da assembleia e tinha ciência do direito de recusa à adesão ao acordo individual que formalizou, haja vista que tal questão foi expressamente debatida.


Assim, julgou improcedente o pedido.


O escritório Ferrari & Rodrigues Advogados atua no caso.


Processo: 0100329-02.2022.5.01.0000


Migalhas: https://www.migalhas.com.br/quentes/404051/trt-1-nega-pedido-de-empregado-para-anular-acordo-feito-por-sindicato

 

Fonte: Migalhas - Extraído do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br


quarta-feira, 27 de março de 2024

UGT debate clima

 


Aconteceu entre quinta e sexta (21 e 22) o Seminário “Mudanças Climáticas – Trabalhadores rumo à COP 30”, da União Geral dos Trabalhadores do Pará – UGT-PA. Ricardo Patah, presidente nacional da Central, marcou presença e ressaltou a relevância do evento na luta pela preservação do meio ambiente.

Evento teve ampla programação de debates com sindicalistas, governador do Estado e especialistas. O lema foi explícito: “Defender o clima é defender a vida”.

COP 30 – Os debates antecedem a COP 30, que acontecerá pela primeira vez no País em 2025, reunindo organizações da sociedade e governantes. O objetivo é frear as alterações do clima, encontrar soluções ambientais e negociar acordos.

Presentes – Estiveram na abertura Helder Barbalho, governador do Pará; Hana Ghassan Luma, vice-governadora e presidente do Comitê Estadual para a COP 30, além de Magno Lavigne, secretário de Qualificação e Fomento à Geração de Emprego e Renda – ele representou o governo federal.

Ricardo Patah diz: “O movimento sindical dedica especial atenção à crise ambiental, como, por exemplo, ao tratamento de esgotos. O sindicalismo tem posições e propostas frente a um problema que diz respeito a todo o Planeta, mas afeta principalmente as populações pobres e das periferias”.

MAIS – Site da UGT e Agência Sindical.

FONTE: Agência Sindical

Correios atenderão a serviços da Caixa, como seguro-desemprego e FGTS


Parceria prevê que encomendas poderão ser recebidas em lotéricas


Serviços tradicionalmente oferecidos pela Caixa Econômica Federal, o Programa de Integração Social (PIS), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) e o seguro-desemprego também estarão disponíveis nas unidades dos Correios, anunciaram nesta segunda-feira (25) as duas estatais. Em troca, o cidadão poderá postar e retirar encomendas em pontos de coleta instalado nas casas lotéricas.


Os presidentes da Caixa, Carlos Vieira, e dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, assinaram a parceria. O acordo também prevê que funcionários da Caixa realizem atendimentos presenciais ou virtuais em espaços nas unidades dos Correios.


Os clientes da Caixa poderão receber atendimento por videoconferência para os seguintes serviços: atualização cadastral; desbloqueio de senhas; consulta e autorização de saque de benefícios sociais; e orientações sobre o abono salarial, o seguro-desemprego, o FGTS e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Teste

 

A integração entre a Caixa e os Correios estava implementada em fase de teste desde 12 de março numa agência postal no município de Peixe-Boi (PA). O presidente da Caixa também anunciou que 500 dos 13 mil correspondentes bancários do banco já recebem encomendas dos Correios.


O objetivo, informou Carlos Vieira, é oferecer serviços do banco em todas as unidades dos Correios até o fim do ano, com prioridade para as localidades sem pontos de atendimento da Caixa. Em relação às lotéricas, a expansão do atendimento dependerá da adesão das unidades.


O acordo também prevê o compartilhamento de imóveis entre os Correios e a Caixa. Além de ampliar a cobertura presencial das duas empresas, o uso conjunto de prédios pretende ajudar na recuperação e na modernização de propriedades de imóveis da União.

 

Fonte: Agência Brasil - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

terça-feira, 26 de março de 2024

Um navio para o futuro – Eusébio Pinto Neto

 Carnaval 

Eusébio Pinto Neto - Presidente da Federação Nacional dos Frentistas - Fenepospetro

O Brasil está muito melhor do que era quando Lula assumiu a presidência. A grande mídia, no entanto, tenta minimizar os resultados da política econômica do governo que tem como foco o combate à pobreza e os cuidados com a população brasileira. Apesar das quedas nas taxas de juros, da inflação e do desemprego ter um impacto direto no PIB, há uma pressão para desacreditar o crescimento econômico, o que é refletido nas pesquisas de opinião.

Pela perspectiva neoliberal, o lucro obtido com o aumento da capacidade produtiva da nação não deve ser destinado ao combate à pobreza e, muito menos, para o sustento do trabalhador. Deve ser distribuído para os grupos econômicos que investem no mercado financeiro e exploram a mão de obra.

Na semana passada, o presidente Lula se reuniu com seus ministros para acabar com os ruídos e reafirmar o seu projeto de governo. Lula lançou à sua equipe o desafio de fazer muito mais do que foi entregue até agora.

Após uma análise de 99 indicadores nacionais que avaliam as políticas públicas, 66 apresentaram melhorias no primeiro ano do terceiro mandato de Lula. Os indicadores de economia, de saúde e de educação se destacaram. A evolução é significativamente superior à observada em 2019, primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro.

A mídia não deu muita importância aos números de vagas de emprego e salários no ano passado. Os dados de emprego permitem uma percepção da melhoria da economia, uma vez que atingem diretamente a população. Os salários apresentaram um aumento na participação do PIB. A massa de rendimentos do trabalho apresentou aumento real 11,7%, superando a inflação de 4,62%. Este aumento representa o melhor desempenho desde 1995.

Embora a comida ainda esteja cara e a inflação ter apresentado uma leve alta em fevereiro, o mercado prevê que essa elevação diluirá nos próximos meses. Com a queda na taxa de juros, as indústrias automobilista e farmacêutica já anunciaram investimentos de mais de R$ 150 bilhões no país.

Lula ainda atravessa o mar revolto, mas conduz o navio para o futuro. Estamos exportando mais para a China e os Estados Unidos. Aos poucos, deixamos de ser um país de economia primária. As exportações da indústria de transformação cresceram nos últimos meses. O comércio varejista e o setor de serviços também estão em ascensão.

Tanto trabalho, já se reflete no mercado, que prevê uma taxa de inflação menor e o crescimento do PIB em 2024. O desafio continua presidente Lula, porém somos guerreiros e não desistimos nunca. Apesar das críticas inconsistentes, há um consenso de que Lula já fez uma grande contribuição para o país ao resgatar a democracia brasileira do abismo.

Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas

 

FONTE: Agência Sindical

A renda dos trabalhadores aumentou; os sindicatos foram fundamentais


Boa notícia. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou aumento significativo, na renda dos trabalhadores brasileiros em 2023 em comparação com 2022.


A renda média real habitual dos trabalhadores em dezembro de 2023 atingiu R$ 3.100, o que representou aumento de 3,1%, em relação a 2022. E as mulheres registraram crescimento interanual maior na renda do que os homens ao longo de todo o ano de 2023.


Vale a pena procurar este recente estudo do Ipea, divulgar e ajudar o nosso povo entender a diferença entre as políticas de desenvolvimento e inclusão e as politicagens que só trazem retrocessos.


Outros estudos importantes são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Eles demonstram que a maioria das campanhas salariais apresentaram conquistas importantes como o aumento real.


A mobilização dos trabalhadores, a ação unitária e as assembleias participativas foram elementos que levaram à essa mudança de avançar na distribuição de renda no Brasil.


Os sindicatos organizados, fortes, com associados organizados nos locais de trabalho, são a base de melhoria de salários e de condições de trabalho.


É fundamental, porém, que os sindicatos representativos e atuantes, tenham condições de manter suas estruturas de luta e negociações coletivas para garantir estes avanços para a classe trabalhadora.


A Luta faz a Lei!


(*) Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

 

 Fonte: Diap - Do Blog de Noticias da CNTI - https://cnti.org.br

segunda-feira, 25 de março de 2024

OIT: lucros anuais do trabalho forçado chegam a US$ 236 bilhões ao ano

  


Relatório aponta Europa e Ásia Central como regiões que mais lucram


O trabalho forçado em todo o mundo gera lucros ilegais médios de US$ 236 bilhões por ano na economia privada, de acordo com o relatório Lucros e pobreza: aspectos econômicos do trabalho forçado, divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), na quarta-feira (20).


A cifra apresentada indica um aumento de 37% (US$ 64 bilhões) dos lucros ilegais vindos do trabalho forçado, quando comparado ao resultado de dez anos atrás, em 2014. A OIT justifica que o resultado é fruto tanto do crescimento do número de pessoas forçadas a trabalhar, como da elevação dos lucros gerados pela exploração das vítimas.


De acordo com a entidade, o trabalho forçado ou compulsório se refere a situações em que as pessoas são coagidas a trabalhar por meio do uso de violência, intimidação, sanção ou por meios como a servidão por dívidas, a retenção de documentos de identidade ou ameaças de denúncia às autoridades de imigração sobre a existência de migrantes ilegais. No Brasil, a situação é descrita como trabalho análogo à escravidão.


O estudo sugere que, frequentemente, as vítimas de trabalho forçado são recrutadas ilegalmente. Em geral, o trabalhador não se oferece espontaneamente para aquela atividade compulsória.


Além disso, a OIT define como lucros ilegais os salários que, por direito, pertencem aos trabalhadores, mas que ficam nas mãos dos exploradores desta mão de obra, a partir de coação.

 

Matéria completa: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-03/oit-lucros-anuais-do-trabalho-forcado-chegam-us-236-bilhoes-ao-ano

  

Fonte: Agência Brasil - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br


quinta-feira, 21 de março de 2024

A organização sindical contra o retorno da chibata



O neoliberalismo ludibriou milhares de trabalhadores que elegeram para o Congresso Nacional parlamentares que estão a serviço dos exploradores de mão de obra. Hoje, estamos reféns dessa corja que insiste em pautar projetos que proíbem a contribuição obrigatória aos sindicatos. Isso demonstra, claramente, que a luta pela liberdade sindical no Brasil está longe de acabar. Os dirigentes sindicais precisam se conscientizar de que estamos travando uma batalha política. Sendo assim, precisamos estar organizados para fazer o enfrentamento dentro do Congresso Nacional.

A organização sindical proporciona a possibilidade de lutar por direitos trabalhistas e aumento salarial. Dessa forma, o capital teme o fortalecimento dos sindicatos e não deixará de lutar até atingir o seu objetivo.

Ao defenderem os projetos contra os sindicatos, os grupos econômicos enganam os trabalhadores, se passando por defensores da causa operária. Sem receita, os sindicatos ficam inadministráveis e enfraquecidos, deixando o caminho livre à exploração do trabalho.

Precisamos reagir rápido, de forma coordenada e organizada, pois quem perde com isso é o povo e o projeto político que elegeu o presidente Lula. Se esses projetos, capitaneados pelo Senador Rogério Marinho (PL-RN), avançarem, será uma grande derrota para a ala progressista. Marinho foi o relator da contrarreforma trabalhista que retirou os direitos dos trabalhadores em 2017. Agora, o capataz da classe operária está empenhado em barrar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que decidiu pela constitucionalidade da contribuição assistencial, inclusive para os não sindicalizados. Precisamos lutar contra esse retrocesso, pois a organização dos trabalhadores e, consequentemente, a democracia estão ameaçadas.

Os dirigentes sindicais não podem se acomodar e achar que com a decisão do STF tudo está resolvido. É preciso ter consciência da importância do movimento sindical no contexto político da nação. Esses reacionários não nos deixarão em paz. É um processo de dominação e a nossa organização se torna um empecilho para a exploração do trabalho.

O sindicalismo é um movimento social e de inclusão que defende os interesses dos trabalhadores. Além disso, é uma doutrina política, uma vez que os trabalhadores organizados em sindicatos têm um papel ativo na condução da sociedade.

Eusébio Pinto Neto,
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas

FONTE :  Agência Sindical


 

INSS suspende bloqueio de benefício por falta de prova de vida


Decisão do Ministério da Previdência vale até 31 de dezembro deste ano


O Ministério da Previdência Social decidiu que, até 31 de dezembro de 2024, a falta de comprovação da prova de vida dos beneficiários do INSS não vai acarretar no bloqueio ou suspensão do benefício. A portaria já foi publicada no Diário Oficial da União.


Devem fazer a prova de vida quem recebe benefícios como aposentadorias, pensões por morte e benefícios por incapacidade.


Além da orientação para o não bloqueio dos benefícios sem prova de vida até o final desse prazo, a portaria muda o período da contagem de 10 meses para a comprovação. Ao invés de a contagem valer a partir da data de aniversário do segurado, ela passa a contar a partir da data da última atualização do benefício ou mesmo da última prova de vida.


A comprovação da prova de vida pode ser feita de forma presencial – no balcão de atendimento do órgão pagador ou nos terminais de autoatendimento do banco pagador –; e também de forma digital pelo aplicativo Gov.br, através do reconhecimento facial.


De acordo com as novas regras, para evitar a suspensão de benefícios de forma indevida, o INSS receberá dados de outros órgãos públicos federais, preferencialmente biométricos. Essas informações são cruzadas com outras que constam na base do governo.


Em fevereiro, o instituto informou que mais de 4 milhões de beneficiários estavam sendo convocados para realizar a prova de vida.

 

Fonte: Agência Brasil - Do Blog de Noticias da CNTI - https://cnti.org.br


terça-feira, 19 de março de 2024

Marinho quer enviar projeto sobre FGTS ainda em março ao Congresso

 

Um dos pontos defendidos pelo ministro do Trabalho é a mudança no saque-aniversário, modalidade que permite a retirada anual de valores do fundo


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou que, se depender dele, o governo enviará ainda em março ao Congresso projetos de lei (PLs) para promover alterações no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


O saque-aniversário, modalidade que permite ao trabalhador retirar anualmente valores do FGTS, mas restringe o acesso aos recursos do fundo em caso de desemprego, é um dos pontos que precisam ser modificados, segundo o ministro.


Para Marinho, “se não acabar com o saque-aniversário do FGTS, não se resolve problema do trabalhador”.


Desde que assumiu a pasta, o ministro fala em alterar a regra, que foi criada durante o governo Jair Bolsonaro (PL). “É preciso que a gente resgate o FGTS para as funções constituídas, que é apoio do trabalhador no infortúnio do desemprego”, disse Marinho.


O ministro citou que, atualmente, há cerca de R$ 100 bilhões de recursos do fundo alienados junto aos bancos. “Isso enfraquece o FGTS e cria distorção ao trabalhador no infortúnio do desemprego”.

 

Fonte: Estadão - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

segunda-feira, 18 de março de 2024

Dieese avalia recente alta na cesta básica



Agência Brasil

O preço da cesta básica subiu em 14 das 17 Capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realiza mensalmente a Pesquisa Nacional. Entre janeiro e fevereiro, maior alta ocorreu no Rio de Janeiro, 5,18%; e a menor, em Florianópolis, – 2,12%.

Para a economista Patrícia Lino Costa, Superintendente da Pesquisa de Preços da Cesta do Dieese, uma das causas é a instabilidade climática. Durante o El Niño, por exemplo, o clima tende a ser mais quente e seco em algumas regiões, gerando queda na produtividade da soja, milho, café e outros gêneros. Algumas áreas podem sofrer chuvas intensas e enchentes.

Patrícia analisa outras questões. Ela diz: “O Brasil acabou de certa forma vinculando o preço interno ao externo. Assim, quando há oscilações lá fora elas se refletem também internamente”. E prossegue: “Durante os anos Bolsonaro, houve alta nos preços nacionais junto aos internacionais. Quando isso ocorre, o produtor segura a mercadoria, buscando vender na alta”.

Gêneros – Feijão aumentou em todas as Capitais. O preço médio do arroz subiu em 14. Já o preço do óleo de soja caiu em 15 das Capitais.  Segundo a economista, “o aumento do feijão decorre da entressafra e diminuição da área plantada”. No caso do arroz, ela diz, o motivo é a estratégia dos produtores de segurar a produção de olho na exportação.

Políticas – Mas a economista não vê por que se preocupar. “O Brasil hoje tem reforçado políticas capazes de barrar aumentos. Daí a importância de se apoiar, por exemplo, a Companhia Nacional de Abastecimento”, ela observa.

Patrícia Costa acredita que, com a mudança de orientação na Conab, possam ser manejados os estoques reguladores quando do período de alta. Em 2023, o governo comprou 500 toneladas de milho, a fim de garantir o preço mínimo e evitar a especulação.

Alimentos têm peso na inflação e podem elevar o INPC, como já aconteceu. Porém, segundo a economista, as ações pró-agricultura familiar, os estoques reguladores e uma política nacional de abastecimento, via Conab, são contrapartida pra que não haja descontrole da inflação, como ocorreu em 2020.

MAIS – Sites do Dieese e da Conab.

FONTE: Agência Sindical

sexta-feira, 15 de março de 2024

Governo antecipa décimo terceiro de aposentados e pensionistas

Decreto está publicado no Diário Oficial desta quarta-feira


Decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado nesta quarta-feira (13) no Diário Oficial da União antecipa o pagamento do abono anual a aposentados e pensionistas, conhecido como décimo terceiro salário de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


De acordo com o texto, a primeira parcela do abono anual será paga na folha de abril e a segunda na folha de maio. Têm direito ao benefício segurados e dependentes da Previdência Social que, durante o ano de 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão.


“Na hipótese de cessação programada do benefício antes de 31 de dezembro de 2024, será pago o valor proporcional do abono anual ao beneficiário”, destaca a publicação.

 

 

Fonte: Agência Brasil - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br


quinta-feira, 14 de março de 2024

O desafio da classe trabalhadora na luta pelo desenvolvimento nacional – Adilson Araújo

 

Há mais de quatro décadas a economia brasileira vem descrevendo o que alguns observadores definiram como voo de galinha, exibindo baixas taxas de crescimento em relação às necessidades do país e aos padrões verificados durante o fértil período de industrialização, compreendido entre as décadas de 1930 a 1980.

De acordo com estatísticas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos 30 anos decorridos entre 1951 e 1981 nosso PIB (Produto Interno Bruto) cresceu em média 6,6% ao ano.

Entra em cena o FMI

A trajetória desenvolvimentista sofreu uma dramática inversão no rastro da crise da dívida externa, detonada pelo substancial aumento das taxas de juros nos EUA no final dos anos 1970, que levou o regime militar, presidido pelo general Figueiredo, a entregar o comando das finanças nacionais ao famigerado FMI (Fundo Monetário Internacional). Este desastroso acontecimento se deu em 1981.

Nos vinte anos seguintes, entre 1982 e 2001 a taxa anual média de expansão do produto despencou para 2,4%, caracterizando o que pode ser classificado como uma crise do desenvolvimento nacional.

O cenário não melhorou desde então. O ambiente econômico continuou se degradando. De 2002 a 2022 a taxa média anual de crescimento do PIB brasileiro foi ainda menor, de apenas 2,2%.

Não creio que devemos nos conformar com o “novo normal” verificado a partir dos anos 80 do século passado, que também veio de mãos dadas com a desindustrialização da economia, avanço da precarização do mercado de trabalho e intensificação da ofensiva contra os direitos sociais traduzida no neoliberalismo.

Investimentos e crescimento econômico

O problema central, que explica o ciclo econômico batizado de voo de galinha, é a queda da taxa de investimentos ou de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), segundo o conceito do IBGE.

Abstraindo o eventual uso de capacidade ociosa, a expansão das empresas, e com elas das atividades econômicas, pressupõe a realização de novos investimentos na aquisição de meios de produção e força de trabalho para instalação de novas unidades produtivas ou expansão da capacidade existente.

Desta forma, o crescimento da produção, e também do emprego, é diretamente proporcional à taxa de investimentos. Isto transparece nas estatísticas dos períodos citados.

A taxa de investimento, ou seja, a participação da FBCF no PIB brasileiro recuou de 24,3% em 1981 para 17,6% em 2003. No ano passado, desceu a 16,5% e foi a mais baixa para um fechamento de ano desde 2019, quando bateu em 15,5%, de acordo com o IBGE.

Os números sugerem a conclusão de que a taxa de crescimento do PIB brasileiro despencou em função da redução dos investimentos na produção.

O papel das políticas econômicas

É preciso ressaltar que este fenômeno não ocorreu às margens das políticas econômicas e não deve ser interpretado como resultado de um desenvolvimento objetivo e inelutável da história.

A queda dos investimentos refletiu sobretudo a redução substancial dos investimentos públicos decorrente das receitas recessivas impostas pelo FMI durante aquela que ficou conhecida como nossa primeira década perdida (1980 a 1990), em que a renda per capita da sociedade brasileira caiu 0,4%.

Nos anos 1990 o cenário piorou com as políticas neoliberais orientadas pela ideologia do Estado mínimo e a transferência de patrimônio público à iniciativa privada, o nefasto entreguismo que ganhou corpo nos governos de FHC, foi bloqueado nos governos de Lula e Dilma, mas retornou com força redobrada na carona do golpe de 2016 nos governos Temer e Bolsonaro.

Luta de classes

Reverter este quadro regressivo, de forma a retomar a trajetória desenvolvimentista e reindustrializar a economia, não é um desafio simples.

Exige a recomposição da capacidade de investimentos do Estado, o que hoje encontra forte oposição nas classes dominantes.

Lideradas pela oligarquia financeira, elas não abrem mão da chamada austeridade fiscal nem topam pagar mais impostos.

É igualmente indispensável mudar a política monetária, de modo a propiciar uma redução substancial das taxas de juros e do spread bancário, objetivo que também esbarra nos interesses dos rentistas e esses só podem ser derrotados com união e luta das forças interessadas no desenvolvimento nacional.

Infelizmente, temos atores poderosos que jogam contra o desenvolvimento e, por extensão, contra os interesses nacionais.

Ao longo da história, o desenvolvimento nacional tem sido o resultado de uma luta renhida, uma luta de classes que nos remete aos versos de Gonçalves Dias:

“Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar”.

Adilson Araújo é presidente da CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

 

FONTE: Agência Sindical

Câmara aprova atualização da faixa de isenção do Imposto de Renda

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), o projeto de lei apresentado pelo governo que prevê a isenção do pagamento de Imposto de Renda (IR) para brasileiros que recebem até dois salários mínimos. Apesar do valor já ter sido estabelecido anteriormente em Medida Provisória, o projeto transforma o atual critério em lei, atualizando automaticamente a faixa de isenção nos próximos anos.


O aumento da faixa de isenção do IR foi uma das bandeiras eleitorais do presidente Lula. O projeto, na prática, estabelece alíquota zero para quem ganha até recebe até R$ 2259,20. Para quem recebe entre esse valor e R$ 2826,65; será cobrada uma alíquota de 7,5% ao mês, que será devolvida ao contribuinte no momento da dedução.


A votação ocorreu após uma série de requerimentos de obstrução apresentados pela oposição, que acusa o governo de descumprir com uma promessa eleitoral, tendo em vista que, em sua campanha, o presidente Lula defendeu a isenção para até R$ 5 mil. A posição irritou a bancada governista. “O que se coloca é alcançar R$ 5 mil no governo. Estamos terminando o primeiro ano do governo, e já chegamos a esse valor [R$ 2,8 mil]. Vocês precisam ter mais bom senso”, exclamou, pela liderança da maioria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).


Odair Cunha (PT-MG), líder da bancada do PT, garantiu que o governo seguirá com a meta de chegar à isenção de R$ 5 mil, e que o atual projeto é parte desse processo. “Este texto é fruto do acordo, do entendimento das diversas forças políticas daquilo que é possível fazer nesse momento, e garante sim uma redução para aqueles que ganham menos. (…) Aqueles que não o fizeram no passado não precisam lembrar o presidente Lula de seu compromisso claro”, afirmou.


Apesar das obstruções, a oposição não contrapôs a aprovação com resultado unânime, realizada em votação simbólica. “”Não dá pra votar contra algo que é a favor da população. Não dá para votar algo que dê mais dinheiro na mão de quem trabalha”, justificou Adriana Ventura (Novo-SP).

 

Fonte: Congresso em Foco - Do Blog de Noticias da CNTI

quarta-feira, 13 de março de 2024

Declaração de Imposto de Renda começa nesta sexta; saiba quem precisa declarar

 

Declaração deve ser apresentada entre 15 de março e 31 de maio de 2024


Começa nesta sexta-feira (15) e vai até o próximo dia 31 de maio o prazo para apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) 2024. Nem todas as pessoas são obrigadas a declarar, e há uma série de critérios para determinar se é necessário ou não fazer a declaração. Em todos os casos, os valores de referência são os do ano de 2023.


Estão obrigadas a apresentar a declaração todas as pessoas que receberam rendimentos tributáveis em valores superiores a R$ 30.639,90 durante o ano. Entre esses rendimentos estão incluídos salários, rendas de aluguel de imóveis, pensões ou rendimentos de sócios ou proprietários de empresas, entre outros.


Também deve fazer a declaração quem obteve rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte com soma superior a R$ 200 mil durante o ano. Isso inclui, por exemplo, algumas bolsas de estudo e pesquisa, valores referentes a seguros por morte ou invalidez permanente, doações, heranças e restituições de Imposto de Renda de anos anteriores.


Pessoas que têm rendimentos ligados à atividade rural devem declarar caso tenham obtido receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50, ou caso pretendam compensar prejuízos de anos anteriores ou do próprio ano de 2023.


Quem teve, em 31 de dezembro de 2023, a posse ou propriedade de bens e direitos (inclusive terra nua) com valor superior a R$ 800 mil também deve fazer a declaração no prazo previsto pela Receita Federal. Outros casos, como de pessoas que vieram morar no país no último ano, também estão previstos. É possível conferir os detalhes na Instrução Normativa da Receita Federal referente ao IRPF 2024, clicando aqui.


A Receita lembra que é vedado que uma mesma pessoa conte em mais de uma declaração de imposto de renda (como titular da própria declaração e como dependente de outra pessoa, por exemplo). As exceções são os casos de alteração na relação de dependência durante o ano de 2023.

 

Fonte: Brasil de Fato - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

segunda-feira, 11 de março de 2024

Nota das Centrais: Autonomia com Direitos

 


Relações de trabalho em plataforma de transporte regulada na negociação coletiva


O primeiro passo de uma longa caminhada.


A Pauta da Classe Trabalhadora 2023/2026, documento no qual as Centrais Sindicais apresentam diretrizes para o desenvolvimento do Brasil, destaca a proposta de implementar um marco regulatório de ampla proteção social, trabalhista e previdenciária a todas as formas de ocupação e emprego e de relações de trabalho, com especial atenção aos autônomos, conta-própria, trabalhadoras domésticas, teletrabalho e trabalhadores mediados por plataformas e aplicativos.


A proposta apresentada pelas Centrais Sindicais ao Presidente Lula e ao Ministro do Trabalho Luiz Marinho, foi encaminhada através do Decreto Nº 11.513 (01/05/2023), que criou o Grupo de Trabalho Tripartite, com 15 representantes de cada bancada, com a finalidade de elaborar propostas de “regulamentação das atividades de prestação de serviços, transporte de bens, transporte de pessoas e outras atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas”. Esse GT se desdobrou em dois subgrupos, um para tratar do transporte de pessoas e outro de mercadorias. As Centrais Sindicais indicaram dirigentes que representam os/as trabalhadores/as para compor os GTs, coordenaram atividades, prestaram assessoria jurídica e acompanhamento técnica através do DIEESE.


As Centrais Sindicais saúdam o resultado alcançado pela representação sindical dos/as trabalhadores/as mediados por plataformas no transporte de pessoas que construíram, durante um ano, na mesa de negociação com o governo e as empresas, um conjunto de normativo traduzido no Projeto de Lei Complementar 12/2024 que tratar dos direitos trabalhistas, previdenciários, sindicais e de negociação coletiva do trabalho em plataforma de transporte remunerado de passageiros.


Construir esse Projeto no espaço tripartite de negociação foi uma demanda das Centrais Sindicais e uma inovação que o governo do Presidente Lula proporcionou e que já orienta outras iniciativas para tratar das questões que afetam o mundo do trabalho e o sistema de relações laborais.


O resultado construído trata de forma inovadora, como resposta ao contexto atual e frente às adversidades e, principalmente, diante dos desafios do mundo do trabalho e da ampla desproteção existente. A regulação tributária e trabalhista, a representação coletiva através do sindicato e o direito à negociação coletiva abrem o caminho para os próximos passos e contínua construção de direitos e proteções na relação de trabalho por meio da contratação coletiva.


O tipo de trabalho autônomo demandado pelas partes será agora qualificado com direitos equivalentes àqueles que tenham vínculos assalariados, tais como o limite de jornada de trabalho, seguridade social (auxílio maternidade e auxíliodoença) e direitos à aposentadoria, piso mínimo de remuneração, medidas de saúde e segurança, bem como regras de transparência de informações para os/as trabalhadores/as, hoje sob controle das empresas.


O desafio agora é qualificar o debate no Congresso, aprovando esse PLC 12/2024 e informar bem a sociedade sobre o conteúdo do Projeto. Consideramos essencial investir na negociação para concluir o processo negocial do GT que trata das mesmas questões para os/as trabalhadores/as em plataforma de transporte de mercadoria.


O sucesso dessa e de outras iniciativas também dependerão do fortalecimento das entidades sindicais e a própria negociação coletiva, orientadas pelas melhores práticas internacionais, moderno e que valorize o acordo entre as partes.


As Centrais Sindicais afirmam que foi dado um primeiro passo, importante e necessário, para tratar das complexidades e das graves desproteções laborais, sociais e previdenciárias. Será por meio da organização sindical e da negociação coletiva que a produção do direito e da proteção se efetivara permanentemente, respondendo aos novos desafios que todos os dias se apresentam às trabalhadoras e aos trabalhadores.


São Paulo, 07 de março de 2024.

Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores

Sérgio Nobre
Presidente da Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo
Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Antônio Fernandes dos Santos Neto
Presidente da CSB

 

Fonte: NCST - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

sexta-feira, 8 de março de 2024

HOJE, 08 DE MARÇO DE 2024 se comemora o Dia Internacional da Mulher.

 


Hoje é dia em que os grandes meios de comunicação irão deitar falações bajuladoras sobre a mulher.

Falarão das mães,  das atividades que as mulheres exercem no dia de hoje e das atividades programadas para este dia, como corte de cabelo grátis e coisas desse tipo.

Porém, como acontece com o dia 1º de maio, não falarão do porque se comemorar o Dia Internacional da Mulher no dia 08 de março, não falarão do ato heroico que originou a comemoração nesta data, isto não lhes interessa.

Não falarão que  dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque nos Estados Unidos, se mobilizaram, fazendo uma grande greve, que ocuparam a fábrica reivindicando melhores condições de trabalho, redução de jornada de trabalho para dez horas, salários iguais aos dos homens, além de outras reivindicações.

Naquela época os operários trabalhavam até 16 horas por dia dentro das fábricas e as mulheres recebiam um salário de até um terço do salário de um homem para fazer o mesmo trabalho.

Não falarão que a polícia a mando dos patrões reprimiu a manifestação com extrema violência, trancaram as mulheres dentro da fábrica e atearam fogo matando quase 150 mulheres tecelãs.

Não falarão que a partir de 1910 a data passou a ser comemorada como Dia Internacional da Mulher em homenagem as mulheres que morreram naquela fábrica.

O Dia Internacional da Mulher serve para reflexão, para lembrar da luta das mulheres em geral, mas também para render tributo ao sacrifico daquelas mulheres que  dia 8 de março de 1857 deram suas vidas a uma causa muito maior do que querem fazer crer os grandes meios de comunicação, uma vez que aquelas companheiras  perderam a vida lutando não só por seus direitos, mas também pelos direitos de todos os trabalhadores.

Depois de ouvir ‘investidores’, Barroso quer saber por que há tanto conflito trabalhista


Para ministro, litigiosidade no Brasil é “desproporcionalmente maior do que no resto do mundo”


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto Barroso, informou que o CNJ vai criar um grupo de trabalho para analisar a litigiosidade trabalhista no Brasil. Que, segundo ele, é “desproporcionalmente maior do que no resto do mundo”.


O anúncio foi feito terça (5), durante sessão do CNJ. As informações são do portal jurídico Migalhas. Ainda segundo o site, Barroso comentou que conversou com “um grupo de investidores”. E ouviu queixas sobre a “imprevisibilidade” do custo da relação de trabalho.


Nesse sentido, não se sabe se as partes falaram sobre a “reforma” de 2017 ou sobre as seguidas medidas de “flexibilização” das leis trabalhistas nos últimos anos. Também não se sabe se representantes dos trabalhadores foram ouvidos a respeito.


“Empregabilidade” e formalização

 

“Só sabemos o custo de uma relação de trabalho no Brasil depois que ela termina. (…) Tudo o que encarece e diminui a atratividade do Brasil e que passa pelo Judiciário nós devemos ser capazes de equacionar”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que o problema atinge todos os trabalhadores, na medida em que compromete a “empregabilidade” e a formalização.


Assim, ao mesmo tempo, Barroso disse que o estudo a ser elaborado pelo CNJ não causa “desprestígio” ao ramo trabalhista do Judiciário. “Já queria dizer desde logo aos nossos representantes da Justiça do Trabalho que todos os meus sentimentos são bons, eu gosto da Justiça do Trabalho. Ela presta um serviço muito importante ao país. Portanto, isso não envolve nenhum desprestígio ou desapreço, é apenas a compreensão melhor de uma realidade que acho que prejudica os trabalhadores em geral.”


Mulheres e violência

 

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou na terça a Portaria 256, que cria grupo de trabalho para realizar diagnóstico e elaborar propostas – emprego, trabalho e renda – para mulheres em situação de violência. “Além disso, o grupo discutirá ações de prevenção e enfrentamento à violência, ao assédio e à discriminação em razão do gênero”, diz o MTE.


Esse grupo será formado por 16 servidoras da secretarias e assessorias do ministério. Elas irão se reunir uma vez por mês “para elaborar e monitorar medidas que promovam a equidade de gênero no ambiente de trabalho, assim como a inclusão de grupos vulneráveis no mundo do trabalho”. A primeira reunião será na quinta-feira da semana que vem (14).

 

Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

quinta-feira, 7 de março de 2024

Lei precisa conciliar interesses de todos, afirma juíza do Trabalho


O mercado de trabalho vive uma revolução, e um sinal disso é o debate sobre a existência ou não de vínculo empregatício em determinadas relações de trabalho. Nesse cenário, cabe ao legislador encontrar um modelo de regulação que concilie os interesses de todos os envolvidos nessa nova dinâmica.


Essa reflexão é da juíza Ana Luiza Fischer, do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Ela falou sobre o assunto em entrevista à série “Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito”, na qual revista eletrônica Consultor Jurídico conversa com algumas das principais personalidades do meio jurídico sobre os temas mais relevantes da atualidade.


“Nós estamos vivendo uma revolução no mercado de trabalho que é inédita. Nós estamos trabalhando com uma nova realidade, mas com base em uma legislação que remonta a uma estrutura de coisa que já ficou um pouco para trás”, disse a juíza.


Para ela, essa mudança subverteu a “equação empregatícia”, o que pode ser visto como catastrófico por alguns. Na visão da juíza, porém, tal panorama não precisa ser encarado dessa forma.


“É simplesmente uma nova realidade, e o Direito precisa dar conta dela. Mas pensando no todo, porque isso tem que ser dividido igualmente entre todos os trabalhadores. E os trabalhadores estão nos dois lados. Nós precisamos saber que o trabalho humano é comum a todas as atividades, inclusive na atividade de empreender”, prosseguiu Ana Luiza Fischer.


Assim, se um novo diploma legal for elaborado com base nessa “visão do todo”, o legislador pode dar respostas inteligentes para preservar garantias que são necessárias numa sociedade civilizada. Ela avalia, porém, que o atual cenário de insegurança jurídica poderia ter sido evitado.


“O que nós vivemos após a aprovação da reforma trabalhista foi uma verdadeira turbulência jurisprudencial. Muitas coisas foram discutidas e muitas coisas não foram aplicadas. Então, é difícil aferir, do ponto de vista objetivo, qual é a resposta em termos de segurança jurídica diante de uma legislação que foi aprovada, mas que não foi tão consolidada”, concluiu a juíza, que integrou a comissão de redação da reforma trabalhista aprovada em 2017.


Clique aqui para assistir à entrevista

 

Fonte: Consultor Jurídico - Do Blog de Noticias da CNTI - https://cnti.org.br

Mortes no trabalho – João Guilherme Vargas Netto


Não chega a ser a carnificina que as forças armadas de Israel estão praticando em Gaza, mas seus números também são aterradores.

Refiro-me às mortes, mutilações, ferimentos, acidentes e adoecimentos no trabalho.

Volta e meia o silêncio sobre este terror é quebrado, quando o karoshi ataca no Japão, quando há uma epidemia de suicídios de telefônicos na França, quando há o soterramento de mineiros no Chile ou quando há mortes em Osasco por desabamento.

O movimento sindical brasileiro tem sido pouco atuante sobre a gravidade do assunto e não o tem enfrentado de modo permanente, persistente e eficiente.

Para alertar o movimento sindical e a sociedade sobre o drama, ativistas abnegados têm tomado uma série de iniciativas que culminarão em ato no dia 28 de abril para valorizar o Dia Internacional em Memória das vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Esta data, que precede de pouco o 1º Maio, pode representar um lembrete para os dirigentes refletirem sobre o assunto e fazer com que esta preocupação apareça na pauta unificada das comemorações do Dia do Trabalhador.

O evento mais recente deste grupo de abnegados ocorreu ontem, quarta-feira, na sede do sindicato dos Engenheiros de São Paulo que reuniu representantes de sindicatos, das centrais sindicais e da Fundacentro com artistas, jornalistas, educadores, engenheiros e médicos do trabalho e muitas outras pessoas sensibilizadas, preocupadas e comovidas pelo drama das mortes, mutilações, ferimentos, acidentes e adoecimentos no trabalho.

FONTE: Agência Sindical

 

quarta-feira, 6 de março de 2024

Brasil cresce e favorece trabalhador

 

Nosso Produto Interno Bruto cresceu 2,9% em 2023, informa o IBGE. A alta superou a previsão dos economistas, para quem cresceríamos menos de 1%.

Rodolfo Viana é professor e economista do Dieese e responde pela subseção no Sindicato Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Ele mostra otimismo: “O Brasil cresceu acima da média pelo terceiro ano seguido. Crescemos mais que países como Espanha, Inglaterra e França. Os números mostram que o governo Lula está indo bem”.

O bom resultado do PIB se deve a vários fatores, com destaque ao maior consumo das famílias e à queda da inflação, de 9,5% pra 4,5%. “O fato da inflação ter caído amplia o poder de compra das pessoas. Somado a isso, vem a queda da taxa de desemprego”, observa o professor.

Políticas – Rodolfo ainda ressalta a retomada de políticas públicas e medidas econômicas no primeiro ano do Governo Lula como pontos que ajudaram o PIB a subir. “A política de valorização do salário mínimo, a retomada do Bolsa Família, a correção da tabela do Imposto de Renda após nove anos, queda na Selic de 14,25% pra 11,75%, entre outras”, observa.

Expectativa – O crescimento deve prosseguir. “O trabalhador voltou a ter um ambiente favorável”, comenta Rodolfo. Aliás, o presidente Lula tem reafirmado que as previsões do mercado serão desmentidas pelos fatos.

Guarulhos – O Produto Interno Bruto local (segundo Município do Estado) cresceu 17,33% entre 2020 e 2021 e consolidou a cidade entre as 10 maiores economias do Brasil.

Segundo o IBGE, Guarulhos ocupa hoje a 10ª posição no ranking das maiores economias, à frente de 20 Capitais – PIB de R$ 77,37 bilhões.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anuncia que a Toyota investirá R$ 11 bi no Brasil nos próximos anos.

Folha – O jornal publicou segunda, 4, estudo mostrando que, de 99 itens, o País melhorou em 66, como Saúde e Educação.

MAIS – Sites do IBGE, Dieese e Ministério da Fazenda.

 

FONTE:  Agência Sindical