A inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 1,01% em fevereiro. Essa é a maior variação para o período desde 2015. No acumulado de 12 meses, a alta é de 10,54%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta (11).

Vale lembrar que o IPCA divulgado ainda não conta com o aumento abusivo no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobras quinta (10). Com o reajuste na gasolina, diesel e gás de cozinha, o impacto será mais forte ainda no próximo mês.

De acordo com o coordenador do índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe, Guilherme Moreira, o impacto do aumento nos combustíveis não pegará apenas os motoristas. “Basicamente, aumentos de diesel vão virar aumentos de preços de comida”, afirma.

Empobrecimento – Com a alta na inflação e agora dos combustíveis, a população vai acabar gastando mais. Quem avalia é o economista Rodolfo Viana, responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. “Quem gasta mais, perde renda. Ou seja, empobrece”, explica. Para ele, o cenário é preocupante. “A inflação está alta. A economia estagnou. Com isso, a recessão pode voltar com força”, ressalta.

Cesta – A Pesquisa da Cesta Básica, realizada todos os meses pelo Dieese, também relatou alta em fevereiro nas 17 capitais estudadas. Segundo Rodolfo Viana, a tendência é a situação se agravar após a alta no diesel. “O aumento é, provavelmente, o maior realizado de uma só vez. O preço do diesel influencia diretamente o custo do transporte das cargas. É inevitável o repasse”, ele explica.

MAIS – Acesse o site do Dieese.

 

Fonte: Agência Sindical