Como a economia, indústria não travada por descontrole da inflação, alta de juros e ausência de emprego e renda não reage
São Paulo – A produção industrial ficou em -0,2% entre outubro e novembro de 2021. E deste modo, registrou o sexto mês consecutivo de resultado negativo. Apesar de acumular, nos 11 meses deste ano um avanço de 4,7% em relação e este período em 2020, esse avanço tem com base de comparação um ano de paralisia pela pandemia. Mas se a comparação é feita com o período anterior à crise causada do novo coronavírus, a produção industrial segue ainda pior. Os números da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foram divulgada nesta quinta (6) pelo IBGE.
“Quando olhamos para o ano anterior, os resultados ao longo de 2021 são quase sempre positivos, pois a base de comparação é baixa, já que no início da pandemia a indústria chegou a interromper suas atividades, com o ano de 2020 fechando com um recuo de 4,5%. Porém, analisando mês a mês, observamos que, das 11 informações de 2021, nove foram negativas. Ou seja, o setor industrial ainda sente muitas dificuldades, se encontrando atualmente 4,3% abaixo do patamar de produção em que estava em fevereiro de 2020”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
Macedo até pondera que o ritmo de produção industrial no país ainda sofre efeitos da pandemia mundial. Por exemplo, devido ao desabastecimento de alguns insumos e encarecimento do custo da produção em alguns setores. Porém, o técnico do IBGE observa outros problemas crônicos da economia na baixa atividade das indústrias. Entre eles, juros altos e falta de dinamismo da economia, já que a renda média do trabalho está no menor nível desde 2012.
“A indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que com o rendimento mais baixo, o trabalhador consome menos”, avalia Macedo.
Com informações da Agência IBGE de notícias.
FONTE : Rede Brasil Atual
https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2022/01/producao-industrial-cai-pelo-6o-mes-e-esta-pior-que-antes-da-pandemia/
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