Em um ano, são quase 10 milhões de pessoas a
menos na força de trabalho, mostra a Pnad Contínua,
do IBGE.
Desempregados somam mais de 12 milhões
A edição mais recente da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE,
mostrou, mais que aumento da taxa de desemprego, uma
saída dramática de pessoas da força de trabalho
brasileira. No trimestre encerrado em junho, havia
quase 10 milhões a menos entre os ocupados. Eles
somavam 83,347 milhões, ante 93,342 milhões em igual
período do ano passado. A força de trabalho (96,138
milhões) caiu praticamente na mesma proporção,
enquanto os desempregados somam 12,791 milhões.
O encolhimento mostra outra face negativa da crise e
com efeitos para toda a economia. Com tanta gente
fora do mercado, a renda do trabalho também cai. A
massa de rendimentos, que em junho de 2019 atingia
R$ 212,911 bilhões, agora é de R$ 203,519 bilhões.
Quase R$ 9,4 bilhões a menos. Essa retração se
concentrou no segundo trimestre deste ano, que
perdeu R$ 12 bilhões em relação ao primeiro.
Individualmente, a renda do trabalho não teve tanta
variação na Pnad Contínua. Estimado em R$ 2.500, o
rendimento médio até cresceu, tanto em relação ao
primeiro trimestre deste ano como na comparação com
o segundo trimestre do ano passado. O que indica que
as vagas fechadas foram as de menor remuneração.
Consumo cai e puxa o PIB
A queda na renda já pôde se observar no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, embora ainda sem todo o impacto da pandemia. Em relação ao último período de 2019, o consumo das famílias (R$ 1,2 trilhão) caiu 2%. Na comparação com os três primeiros meses do ano passado, queda de 0,7%. “Esse resultado pode ser explicado pela pandemia aliada ao distanciamento social que afetou negativamente o mercado de trabalho, prejudicando a demanda, além dos efeitos sobre a oferta”, diz o IBGE. O PIB do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.
O Brasil é um país de salários baixos e com
disparidades na renda. Uma população com maior poder
aquisitivo significaria mais potencial de consumo de
produtos e serviços. No ano passado, a renda média
domiciliar per capita ficou estagnada em R$ 1.439,
de acordo com o IBGE. Variou de R$ 636 (Maranhão) a
R$ 2.686 (Distrito Federal).
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
http://cnti.org.br/html/noticias.htm#Al%C3%A9m_de_encolher,_mercado_de_trabalho_perde_R$_12_bilh%C3%B5es_de_renda_em_um_trimestre
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