Translate

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A força do voto e a participação cidadã – Eusébio Pinto Neto

 

A força motriz da sociedade e da economia de qualquer país reside na capacidade dos seus trabalhadores, que constroem a riqueza da sociedade e sustentam a dinâmica da economia. Os trabalhadores e trabalhadoras são o alicerce da economia e do futuro da nação. Quando a massa salarial de um país que possui mais de 110 milhões de trabalhadores, como o Brasil, se projeta em investimentos para o desenvolvimento do seu povo, ela gera um círculo virtuoso de crescimento econômico e bem-estar social.

Diante deste poder econômico fundamental, a participação cidadã e o voto consciente tornam-se ferramentas indispensáveis para a defesa e a conquista de novos direitos para toda a classe trabalhadora.

Nesse sentido, a luta sindical permanente não se restringe apenas à mesa de negociações por aumentos de salários e conquistas de direitos pontuais. Ela é parte crucial de um projeto de desenvolvimento nacional que busca não apenas o crescimento econômico, mas que possibilitem transformações estruturais favoráveis à superação das desigualdades e à promoção do bem comum.

A união e a ação coletiva são as melhores ferramentas para fazer com que as políticas públicas sejam bem direcionadas, para gerar empregos de qualidade e combater a desigualdade estrutural – e os sindicatos são fundamentais para que isso aconteça.

A desigualdade, em todas as suas formas, é uma injustiça que bloqueia o desenvolvimento e a qualidade de vida da população. Sabemos que as regras em geral favorecem os ricos e os muito ricos, conferindo-lhe poder político e econômico para aumentar ainda mais seu patrimônio e sua influência. Se a máquina de produzir desigualdades continua ativa e poderosa, é nosso dever utilizar a organização coletiva dos trabalhadores e o poder do voto para influenciar políticas que atuem no sentido oposto.

Políticas que valorizem e aumentem o poder de compra do salário mínimo, por exemplo, já demonstraram em anos recentes o potencial do impacto positivo da ação política popular. Pois, ao elevar a base salarial da população, criam oportunidades para os mais pobres e, desta forma, reduzem as desigualdades que afetam sobretudo os negros, as mulheres e os mais jovens, promovendo uma cultura de solidariedade e apoio mútuo.

A ação coletiva traduzida em participação política, portanto, é essencial para garantir que o crescimento econômico seja orientado pelo investimento público. Nesse sentido, os sindicatos têm a responsabilidade de estimular o voto consciente, principal expressão da cidadania.

Eusébio Pinto Neto. Presidente da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ

FONTE: Agência Sindical

Subcomissão da Câmara pode votar fim da escala 6x1 nesta quarta-feira


Previsão foi dada pelo presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, deputado Léo Prates (PDT-BA).


O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, deputado Léo Prates (PDT-BA), afirmou nesta segunda-feira (1º) que o relatório da Proposta de Emenda à Constituição 8/2025, que busca o fim da escala de trabalho 6 por 1, deve ser votado na quarta-feira (3). A declaração ocorreu durante audiência pública realizada em Pernambuco.


Como estabeleceu Prates, a previsão é que a proposta seja votada primeiro na subcomissão especial e, na próxima semana, seja analisado como relatório de todos os projetos que tramitam com o tema na Casa. O texto está sob relatoria de Luiz Gastão (PSD-CE).


"No dia 3 de dezembro, o deputado Luiz Gastão, que é o relator da subcomissão, vai apresentar o relatório. E na outra semana nós estaremos apresentando o relatório da Comissão do Trabalho a todos os projetos que tramitam sobre o tema."


Projeto

 

Em tramitação na Câmara, o projeto propõe a adoção de uma carga semanal de quatro dias de trabalho e três dias de descanso, em extinção à escala 6 por 1 e limitação à jornada normal para 36 horas semanais. Atualmente, a Constituição Federal estabelece um limite de oito horas diárias e 44 horas semanais.


De autoria de Erika Hilton (Psol-SP), o texto colheu assinatura de mais 225 deputados. A proposta nasceu de demandas e reivindicações de trabalhadores, por meio de mecanismos participativos, como a petição pública online do Movimento Líder Além do Trabalho (VAT), que recebeu mais de 2.9 milhões de assinaturas.

 

Fonte: Congresso em Foco - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Congresso virou balcão de negócios e sindicatos precisam se capacitar, diz presidente do Diap


O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) fará seminários a partir do ano que vem para capacitar dirigentes sindicais a lidar com o "balcão de negócios" em curso no Congresso, segundo a nova presidente do Departamento, Rita Serrano.


"Hoje nós temos um dos Congressos mais fisiológicos, clientelistas da história da democracia do Brasil. E que tornou as pautas que envolvem a sociedade, os trabalhadores e o desenvolvimento um balcão de negócios", diz Rita.


"Então é necessário conscientizar a sociedade e dar instrumentos para que os dirigentes sindicais façam esse debate", completa ela sobre a iniciativa batizada de "Diálogos estratégicos do Diap: sindicalismo, democracia, Parlamento e movimento".


O Diap é uma entidade sem fins lucrativos mantida por centrais sindicais e federações nacionais de trabalhadores para assessoria técnica e política. Ex-presidente da Caixa, Rita foi eleita para um mandato de três anos. Ela tomará posse na quarta-feira (3).


Rita diz que também quer intensificar o debate com as centrais sindicais sobre a redução da jornada de trabalho e a regulamentação dos aplicativos para aumentar a pressão sobre o Congresso. "Esses trabalhadores são autônomos, precarizados, têm uma representação sindical ainda muita iniciante, jornadas longas. Então o objetivo é atuar para regulamentar para conseguir direitos, como aposentadoria e melhores condições de trabalho", afirma.

 

Fonte: Folha UOL - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

  



segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Desemprego cai, renda salarial sobe


A taxa de desemprego no trimestre encerrado em outubro ficou em 5,4%. Trata-se do menor índice registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012. O trimestre se encerrou também com recorde no número de pessoas registradas em Carteira e ainda quanto ao rendimento médio do trabalhador.

Dados – Desemprego no trimestre terminado em outubro, 5,4%. Trimestre, encerrado em setembro, 5,6%. O trimestre terminado em outubro de 2024 a taxa era de 6,2%.

A maior taxa já apontada pelo IBGE foi de 14,9%, nos trimestres móveis encerrados em setembro de 2020 e em março de 2021.

Total de ocupados com Carteira assinada chegou a mais de 39 milhões, outro recorde. Rendimento do trabalhador atingiu R$ 3.528,00/mês, maior valor registrado na série histórica do IBGE.

Mercado – A pesquisa do IBGE verifica o comportamento no mercado de trabalho pra pessoas de 14 anos ou mais, levando em conta todas as formas de ocupação, com ou sem Carteira. IBGE só considera desocupada pessoa que efetivamente procurou vaga 30 dias antes da pesquisa, que visita 211 mil domicílios no País.

Caged – Segundo o Caged, outubro teve saldo positivo de 85,1 mil vagas. Em 12 meses, o balanço soma 1,35 milhão de postos com Carteira assinada.

Economista – Pedro Afonso Gomes integra o Conselho Federal de Economia. Segundo ele, o mercado pode sofrer com sazonalidades, “embora sem grandes variações quanto a emprego formal e renda dos trabalhadores”. Numa situação instável, ele lembra que “o empresário evita contratar com vínculos formais, o que não ocorre agora”. As contratações formais, com aumento na renda, apontam um quadro seguro.

MAIS – CUT – www.cut.org.br (11) 2108.9200 – IBGE  www.ibge.gov.br – (11) 3275.3517

FONTE: Agência Sindical