O país passa por mobilizações trabalhistas históricas contra a perda de qualidade de vida
Já está dado: 2023 será lembrado, nos Estados Unidos, como o ano de greves históricas. Dos estúdios de Hollywood até as fábricas de Detroit,
os sindicatos travam batalhas em um momento onde os lucros batem
recordes e os trabalhadores lidam com uma qualidade de vida cada vez
pior.
Marick Masters é professor especialista em sindicatos da Wayne State University. Ele conversou com o Brasil de Fato
sobre o assunto. Segundo ele, o que motiva essa onda de greves é o
desencanto da maioria dos estadunidenses com a situação econômica.
“Eles perceberam que, comparado com os que mais ganham, com o 1%, por
assim dizer, os seus salários ficaram para trás”, explica Masters,
“entre 1979 e este ano, o salário ajustado à inflação de 90% dos
trabalhadores subiu apenas 30%. Para os que estão no topo, subiu 200%. E
eles veem isso como algo injusto e que precisa ser corrigido”.
Este é o caso da indústria automotiva. Enquanto os CEOs das grandes
montadoras tiveram um ganho salarial de aproximadamente 40% nos últimos
quatro anos, os trabalhadores só viram um aumento de 6%.
Uma das demandas dos grevistas, que iniciaram a paralisação de fábricas das três maiores montadoras do país no dia 15 de setembro, é justamente para que essa disparidade seja ajustada.
Sindicatos POP
FONTE: Brasil de Fato - https://www.brasildefato.com.br
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