Analistas diziam que economia só voltaria a subir com reformas
como a da Previdência. A mudança nas regras foi aprovada, muitos
perderam o direito à aposentadoria e a economia continua patinando
Escrito por: Redação CUT
Reprodução
Analistas
diziam que economia só voltaria a subir com reformas como a da
Previdência. A mudança nas regras foi aprovada, muitos perderam o
direito à aposentadoria e a economia continua patinando
Projeção
das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) sobre
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano jogam uma pá de
cal nas análises de especialistas e colunistas. Ele diziam que a
economia brasileira só voltaria a crescer com a aprovação de reformas
que tiram direitos da classe trabalhadora, como as mudanças nas regras
da Previdência. Sem essa reforma, diziam os analistas, o país não
voltaria a crescer porque o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não
teria recursos para investir.
O Centro de Economia Mundial da
Fundação Getúlio Vargas (FGV) chegou a projetar que a reforma da
Previdência poderia ampliar o crescimento do PIB - soma de todos os
bens e serviços produzidos no país - de 2,5% para 3% ou mais.
No
mundo real, apesar de milhares de trabalhadores e trabalhadoras terem
perdido o direito à aposentadoria, o Boletim Focus, divulgado pelo BC
esta segunda-feira (9), derrubou pela quarta vez a projeção do PIB em
2020 - de 2,17% para 1,99%.
Em 2019, como revelou o IBGE
na quarta-feira (4), o PIB registrou crescimento pífio, de 1,1%,
percentual menor do que o registrado em 2018 e em 2017 (1,3%), depois da
aprovação, em novembro de 2017, da reforma Trabalhista do ilegítimo
Michel Temer (MDB-SP), que também ajudaria a aquecer a economia e a
gerar emprego e renda.
A estimativa das instituições financeiras para os anos seguintes - 2021, 2022 e 2023 – permanece em 2,50%.
Inflação
A estimativa para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 3,19% para 3,20%.
Para
2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os
anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.
A
projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve
ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário
Nacional, é 4% em 2020. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%. O
intervalo de tolerância para cada ano é 1,5 ponto percentual para cima
ou para baixo, ou seja, em 2020, por exemplo, o limite mínimo da meta de
inflação é 2,5% e o máximo, 5,5%.
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica
de juros, a Selic, atualmente em 4,25% ao ano. Para o mercado
financeiro, a Selic deve ser mantida no atual patamar até o fim do ano.
Em 2021, a expectativa é de aumento da taxa básica, encerrando o período
em 5,5% ao ano. Na semana passada, a previsão estava em 5,75% ao ano,
ao final de 2021. Para o fim de 2022 e 2023, a previsão foi mantida em
6,5% ao ano.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) reduz a
Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a
atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de
juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos
preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Já a manutenção da Selic indica que o Copom considera as
alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
FONTE: Página da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
https://www.cut.org.br/noticias/projecao-do-pib-cai-pela-4-vez-e-enterra-discurso-de-que-reforma-aquece-a-econom-ce91
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