A Proposta de Emenda Constitucional da reforma da
Previdência - PEC 6/2019 - impõe severas perdas aos
segurados, que terão enormes dificuldades para se
aposentar se o texto original de Bolsonaro for
aprovado.
Mulheres, agricultores, professores e idosos pobres
serão os mais prejudicados. A reforma cria
obstáculos no acesso aos benefícios, fixando idade
mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres,
além de aumentar o tempo mínimo de contribuição de
15 para 20 anos.
Porém, as maldades vão além. Caso seja aprovado como
está, o projeto governista impedirá que 90% dos
trabalhadores brasileiros saquem o abono salarial.
Hoje, o abono do PIS/Pasep é pago ao servidor
público ou celetista com Carteira assinada que
recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais
e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos,
30 dias no exercício anterior ao ano-base.
Com a PEC aprovada pelo Congresso Nacional, o abono
- uma espécie de 14º salário que muitos ainda chamam
de PIS - seria pago apenas a quem ganha até um
salário mínimo, ou seja, R$ 998,00.
Segundo o Instituto Fiscal Independente, do Senado,
90% dos contemplados atualmente pelo abono serão
excluídos do benefício.
SP - No Estado de São Paulo, por exemplo,
toda a classe trabalhadora deixaria de receber. Isso
porque, a partir de abril, o Piso estadual subirá
para R$ 1.163,55, índice 15% superior ao mínimo.
Diap - A Agência Sindical conversou com o
jornalista Antônio Augusto de Queiroz, diretor
licenciado do Diap (Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar). Para Toninho, trata-se de
“um contrabando dentro da reforma da Previdência que
precisar ser desmascarado e combatido com firmeza”.
Ele explica que o artifício inserido ardilosamente
na reforma pode tirar até 8% da renda anual de um
trabalhador que recebe o PIS. Segundo Toninho, o fim
desse direito agravaria as condições alimentares de
20 milhões de famílias. "Elas terão menos comida em
casa. Isso é tão estapafúrdio que pobre no Brasil
ficaria sem proteção do Estado", comenta.
Valor - Em sua coluna desta quinta (21) no
jornal Valor Econômico, a jornalista Maria Cristina
Fernandes argumenta que a proposta atinge duramente
os mais pobres. Com a nova regra restritiva, serão
subtraídos dos trabalhadores de baixa renda o
equivalente a R$ 150 bilhões, num prazo de dez anos.
Fonte: Agência Sindical
do blog de notícias da CNTI - http://cnti.org.br/html/noticias.htm#PEC_de_Bolsonaro_deixar C3%A1_sem_PIS_a_imensa_maioria_dos_trabalhadores
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