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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Maioria dos deputados que votou pelo impeachment também foi favorável ao PL 4330

 Escrito por: Luiz Carvalho • Publicado em: 14/04/2016 - 13:43 • Última modificação: 15/04/2016 - 13:24 

Desde o início do processo de impeachment, a CUT tem alertado sobre a relação estreita entre a saída da presidenta Dilma Rousseff e a retirada de direitos trabalhistas. Uma ação estaria diretamente atrelada à outra.

Ao cruzar os dados dos deputados federais da Comissão que aprovou o relatório do impeachment e os que votaram o Projeto de Lei 4330, da terceirização sem limites (leia mais abaixo), em abril de 2015, é possível observar que 71% dos parlamentares defendem ambos os ataques aos trabalhadores.

No ranking dos partidos, o PSDB é campeão absoluto entre os que querem rasgar a CLT e o impeachment, com sete nomes. A sigla é seguida por DEM (três parlamentares), PMDB (três), PP (três), PTB (três) e Solidariedade (três).  Leia abaixo a lista completa.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a relação comprova como o impeachment é nocivo para a classe trabalhadora.

“Isso só comprova o que temos repetido continuamente. O golpe não é contra a Dilma, o Lula ou o PT, mas contra os direitos da classe trabalhadora que os empresários entendem como sendo demais. Valorização do salário mínimo, para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) é ruim porque diminui o lucro, ainda que amplie a dignidade do trabalhador”, aponta.
O que é o PLC 30

Após ser aprovado na Câmara dos Deputados por 324 votos favoráveis contra 137, o PL 4330, de autoria do ex-deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) foi para o senado como PLC 30/15.

Antiga reivindicação dos empresários para afrouxar a legislação trabalhista, o texto aprofunda um cenário nocivo á classe trabalhadora. Segundo o dossiê “Terceirização e Desenvolvimento, uma conta que não fecha”, lançado pela CUT e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os terceirizados ganham 25% menos, trabalham quatro horas a mais e ficam 2,7 anos a menos no emprego quando comparados com os contratados diretos.

Favorece ainda situações análogas à escravidão. O documento aponta que, entre 2010 e 2013, entre os 10 maiores resgates de trabalhadores escravizados, nove eram terceirizados.

Lista de deputados a favor do impeachment e da terceirização sem limites:


Deputado                                                       Partido       Estado
Elmar Nascimento DEM BA
Mendonça Filho DEM PE
Rodrigo Maia DEM RJ
Marcelo Aro PHS  MG
Lúcio Vieira Lima PMDB  BA
Leonardo Quintão PMDB  MG
Mauro Mariani PMDB  SC
Júlio Lopes PP RJ
Jerônimo Goergen PP RS
Paulo Maluf PP  SP
Alex Manente PPS SP
Jhonatan de Jesus PRB RR
Marcelo Squassoni PRB SP
Ronaldo Fonseca PROS DF
Danilo Forte PSB CE
Fernando Coelho Filho PSDB PE
Eduardo Bolsonaro PSC SP
Rogério Rosso PSD PI
Marcos Montes PSD MG
Jutahy Júnior PSDB BA
Paulo Abi-Ackel PSDB BA
Nilson Leitão  PSDB MT
Carlos Sampaio PSDB PR
Shéridan Estérfany Anchieta PSDB RR
Bruno Covas PSDB SP
Benito Gama PTB BA
Jovair Arantes PTB GO
Luiz Calos Busato PTB RS
Evair de Melo PV  ES
Laudivio Carvalho SD MG
Fernando Francischini SD PR
Paulinho da Força SD  SP




Fonte: do site da CUT (http://www.cut.org.br/noticias/71-dos-golpistas-tambem-querem-terceirizacao-sem-limites-bf88/)




































































































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