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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Guerra tarifária e riscos para os trabalhadores: CNTI e Dieese debatem estratégias de proteção sindical

 


Evento virtual reuniu lideranças sindicais de todo o país e destacou a necessidade de ações preventivas contra impactos econômicos e sociais

 

 


A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), promoveu um debate virtual nesta quarta-feira (23/07), que discutiu os riscos da guerra tarifária entre Brasil e Estados Unidos para os trabalhadores. Com palestra do técnico do Dieese Leandro Horie, o evento reuniu praticamente uma centena de dirigentes sindicais de diversas categorias e regiões do país, destacando a urgência de uma ação sindical articulada diante das ameaças ao emprego e à soberania industrial.


Impactos imediatos e ações prioritárias


Leandro Horie apresentou dados alarmantes: as tarifas americanas, previstas para entrarem em vigor em 1º de agosto, podem afetar 110 mil postos de trabalho no curto prazo, com maior impacto em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Setores da indústria como metalúrgico, aeronáutico, alimentício e petróleo são os mais vulneráveis.

 


Entre as medidas urgentes ressaltas:


- Criação de uma linha crédito emergencial (plano de contingência) pelo governo para setores prejudicados.


- Negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) e outras organizações internacionais contra as tarifas dos EUA.


- Pacto sindical-patronal para defender empregos e direitos, com cláusulas emergenciais em acordos coletivos.


Base de informação para ação sindical objetiva


José Reginaldo Inácio, presidente da CNTI, avaliou o evento como fundamental para nivelar o conhecimento do movimento sindical:


"Ter uma ação sindical mais objetiva, tendo como base preliminar os dados do Dieese instrumentalizando nossas decisões, o que nos possibilita distanciar da mesmice e elevar o patamar de atuação. Precisamos pensar numa nova indústria com valor agregado e em um trabalhador soberano, protegido social e economicamente".

 


Reginaldo destacou ainda a importância de monitorar os efeitos pós-1º de agosto. O líder sindical anunciou uma nova live para análise dos desdobramentos, além da necessidade de articulação entre governo, sindicatos e indústria nacional para defesa estratégica do setor produtivo e da própria soberania nacional.


"Sem soberania popular, não há trabalhador soberano", concluiu Reginaldo, reforçando o chamado para uma agenda unificada em defesa do emprego e da reindustrialização.


Durante a atividade foi disponibilizada pelo Dieese uma síntese especial como subsídios para debate, na qual destaca os riscos tarifários, compromissando-se numa nova análise após a implementação, ou não, das medidas.


Assessoria de Comunicação da CNTI


FONTE: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI
 
https://cnti.org.br/html/noticias/2025/GuerraTarifariaeRiscosParaosTrabalhadores.htm

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