Ministro disse que, nas discussões no governo
sobre o pacote de corte de gastos, não há "nenhum
corte previsto na Previdência Social"
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse
nesta terça-feira, 5, que não há o que se cortar nos
gastos da pasta e que “pessoalmente” é contra uma
mudança na valorização do salário mínimo, que teria
impacto nos benefícios previdenciários pela
indexação entre esses programas e o salário mínimo.
“O Ministério da Previdência não tem o que cortar,
porque são despesas obrigatórias, constitucionais e
previstas no Orçamento. Jamais um governo com esse
cunho social iria tirar direito de quem tem direito.
Discussão não passa por corte de direitos”, afirmou
Lupi, após reunião da bancada do PDT com o deputado
Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à
presidência da Câmara.
Questionado sobre uma mudança em relação ao salário
mínimo, respondeu: “Pessoalmente sou contra, e tenho
certeza de que o presidente Lula também”.
Segundo Lupi, “a discussão está na eficácia da
administração pública, dar direito a quem tem
direito, mas não deixar quem não tem direito e
erradamente conseguiu permanecer com esse direito”.
O ministro disse que, nas discussões no governo
sobre o pacote de corte de gastos, não há “nenhum
corte previsto na Previdência Social”. “Essa é outra
questão, (precisamos) acertar regras de quem
ilegalmente recebe. Teve a pandemia e um
afrouxamento de regras pela necessidade da
população. Teve um aumento enorme de pessoas que
passaram a receber sem um critério mais justo”,
declarou.
Lupi confirmou, ainda, que a obrigatoriedade de
registro de biometria para benefícios da Previdência
e do Ministério do Desenvolvimento Social – como o
Bolsa Família, por exemplo – está na discussão do
pacote de corte de gastos do governo.
Fonte: Estadão Conteúdo - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br
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