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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Debatedores divergem sobre direitos trabalhistas em cooperativas

Convidados ouvidos pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta quarta-feira (30) divergiram sobre o PL 537/2019, que propõe regulamentação dos direitos trabalhistas dos empregados de cooperativas. Enquanto alguns sugeriram alterações no relatório, como a adequação de termos jurídicos, outros foram veementes em pedir o arquivamento da proposta. Uma terceira parcela concordou com a aprovação do projeto, em sua integralidade. A audiência pública foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que declarou somente ser possível construir uma proposta adequada por meio do debate.


O texto veio da Câmara dos Deputados e está sob relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que já apresentou parecer favorável ao PL, sem alterações. Paim disse que todos os apontamentos da reunião serão levados ao conhecimento de Braga, declarando que essa discussão é de interesse de todos os trabalhadores do Brasil. Caso seja aprovada pela CAE, a proposição poderá seguir direto para o Plenário.


— As pessoas deixaram propostas na mesa, e tudo será conversado com o relator, para acharmos o encaminhamento que mais contemple o universo do movimento sindical. Há uma divergência profunda, percebi. Mas é possível construirmos um entendimento que abrace todos os sindicatos e todas as centrais. Estamos falando de 4.880 cooperativas e 18,8 milhões de cooperados, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ouvimos as entidades para deliberarmos a matéria com a certeza de que estamos no caminho certo. Como disse o famoso filosofo grego Sócrates: "Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida" — avaliou Paim.


O senador Fabiano Contarato (PT-ES) elogiou o debate e a atuação de Paulo Paim e expressou o desejo de ter, no Senado, mais representantes de minorias como negros e quilombolas. O parlamentar se mostrou otimista em relação à construção de um mundo melhor e parafraseou o poeta Thiago de Mello.


 — Não temos caminho novo. O que temos é um novo jeito de caminhar.

(Mais informações: Senado)

 

Fonte: Agência Senado - Do Blog de Notícias da CNTI

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