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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Onda de greves nos EUA é impulsionada pelos anseios das novas gerações e pela memória das antigas

 

O país passa por mobilizações trabalhistas históricas contra a perda de qualidade de vida


Dentre as demandas, trabalhadores querem um aumento de 40% nos salários - proporcional ao aumento salarial dos CEOs - AFP

Já está dado: 2023 será lembrado, nos Estados Unidos, como o ano de greves históricas. Dos estúdios de Hollywood até as fábricas de Detroit, os sindicatos travam batalhas em um momento onde os lucros batem recordes e os trabalhadores lidam com uma qualidade de vida cada vez pior.

Marick Masters é professor especialista em sindicatos da Wayne State University. Ele conversou com o Brasil de Fato sobre o assunto. Segundo ele, o que motiva essa onda de greves é o desencanto da maioria dos estadunidenses com a situação econômica.

“Eles perceberam que, comparado com os que mais ganham, com o 1%, por assim dizer, os seus salários ficaram para trás”, explica Masters, “entre 1979 e este ano, o salário ajustado à inflação de 90% dos trabalhadores subiu apenas 30%. Para os que estão no topo, subiu 200%. E eles veem isso como algo injusto e que precisa ser corrigido”.


Este é o caso da indústria automotiva. Enquanto os CEOs das grandes montadoras tiveram um ganho salarial de aproximadamente 40% nos últimos quatro anos, os trabalhadores só viram um aumento de 6%.

Uma das demandas dos grevistas, que iniciaram a paralisação de fábricas das três maiores montadoras do país no dia 15 de setembro, é justamente para que essa disparidade seja ajustada.

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FONTE: Brasil de Fato - https://www.brasildefato.com.br

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