Josinaldo José de Barros (Cabeça), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
Ontem,
terça, a Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 76 anos. O
documento nasceu na ONU, em 1948, uma época ainda fortemente abalada
pelo drama da Segunda Guerra Mundial.
Basicamente, se trata de um conjunto mundial de compromissos em defesa da vida, da liberdade e da dignidade dos seres humanos.
A
intenção da Declaração é desenvolver uma cultura de tolerância, de
livre convivência entre os seres humanos, de direito ao acesso a
serviços e bens públicos, como também de combater abusos, seja por parte
do poder econômico, seja por parte de governantes.
A
Declaração também defende o trabalho decente, salários justos,
segurança no exercício profissional, igualdade entre homens e mulheres,
bem como a liberdade de organização sindical e política.
Vários
de seus capítulos se dedicam a proteger a dignidade do trabalho. A
Declaração Universal também estimula o acesso à Educação como meio de
elevar o padrão cultural e dotar o cidadão de condições pelas quais
possa evoluir na vida pessoal e profissional.
Nos
últimos anos, circulou muito entre os brasileiros a frase canalha de
que deveríamos separar direitos humanos de humanos direitos. Depois, se
viu que os tais “humanos direitos” eram na verdade de direita, muitos
dos quais, golpistas contra a democracia.
Sempre
digo que o sindicalismo é uma força a favor dos direitos humanos, pois
defende o emprego, salários justos, igualdade entre homens e mulheres,
oportunidade, educação, distribuição de renda, liberdade e democracia.
Portanto,
ao ensejo do 10 de Dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos, todos
nós devemos reforçar nossos compromissos com a vida, a liberdade, a
justiça e a igualdade.
Devemos,
por outro lado, exaltar as pessoas, instituições e organizações
alinhadas à dignidade humana. E combater todas as forças que estimulem a
violência privada e estatal, ou seja, que atentem contra a pessoa
humana.
O mundo vive uma
fase crescente de guerras – e todas elas ferem os direitos dos seres
humanos, em benefício das potências econômicas e bélicas.
No
Estado de São Paulo, vivemos recentes e repetidos atos violentos
cometidos por policiais contra cidadão indefesos, inclusive crianças e
pessoas idosas. O policial cumpre ordens, mas quem está do comando da
corporação ou do governo do Estado tem culpa no cartório, pois estimulam
ações contrárias ao direito da pessoa humana.
Diz
o Artigo 1º da Declaração Univsersal: “Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e
consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade”.
Razão, consciência e fraternidade, sim. Ontem, hoje e sempre.
Viva os Direitos dos Seres Humanos!
Josinaldo José de Barros (Cabeça), Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.
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