Translate

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Seguro-desemprego deve ficar fora dos cortes


Desde que começaram as especulações acerca do pacote contra gastos, pelo governo federal, o seguro-desemprego entrou na mira da área econômica.

O sindicalismo reagiu de pronto, ainda em outubro, e as Centrais publicaram Nota em defesa do benefício. A Nota voltou a circular sexta (8), a fim de alertar
o governo a não alterar a conquista, prevista na própria Constituição.

No mesmo dia 8, o Valor Econômico relembrou a ameaça do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, de deixar o cargo se o benefício entrar no pacote. O objetivo do ministro e do sindicalismo é deixar o seguro fora dos cortes de gastos que Lula deve enviar ao Congresso, a fim de manter o arcabouço fiscal. O assunto voltaria a debate, no âmbito do governo, ainda na sexta, dia 8.

Governo – Ideia em avaliação pelo Ministério do Planejamento e Orçamento é que o critério de concessão seja a renda familiar per capita e que o benefício se limite a um por família. Hoje, duas ou mais pessoas do mesmo grupo familiar podem recebê-lo.

Constituição – Seguro-desemprego integra a Seguridade Social. Sua finalidade é prover assistência financeira temporária a empregado dispensado sem justa causa.

Advogado – A Agência Sindical ouviu o dr. Marcílio Penachioni, que há décadas atua na assistência trabalhista e atende metalúrgicos de Guarulhos e Região. Ele argumenta: “Trata-se de direito Constitucional, assegurado no Artigo VII, Inciso II”. Marcílio também entende ser direito adquirido, “porque, quando contratado, o empregado já sabe que, em caso de dispensa sem justa causa, contará com esse aporte”.

Para o dr. Marcílio Penachioni, “cortar o seguro, num quadro onde não haja pleno emprego, é medida antissocial.”

NOTA – Clique aqui e leia a Nota das Centrais Sindicais.

FONTE:  Agência Sindical : https://agenciasindical.com.br    

 

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Ação e instituição – João Guilherme Vargas Netto

 


O sindicalismo é a resultante de dois componentes que se equilibram como duas pernas: a ação e a instituição.

A ação é tudo aquilo que agita os trabalhadores e trabalhadoras e impulsiona o sindicato: sindicalização, campanhas salariais, assembleias, greves, comunicação e festividades.

O institucional é o que garante, em uma dada sociedade e época, a existência, as prerrogativas e os procedimentos do sindicato: Constituição, legislações, estruturas (o próprio sindicato!), negociações formais e costumes vigentes.

A vida de um sindicato se equilibra, portanto, entre estes dois polos; ora predominando, a ação, ora predominando a instituição, às vezes equilibradas, às vezes com predominância desequilibradora de uma delas. Em geral, fala-se “movimento sindical” obscurecendo o papel institucional.

Para nos situarmos em dois momentos da vida brasileira:

1) a ditadura militar agrediu e reprimiu a ação sindical, mas respeitou (com raras e não duradouras exceções) a sua institucionalidade;
2) na deforma trabalhista de Rogério Marinho a instituição foi atacada, rompendo um pacto pluridecenal que vigorava na sociedade, vindo a afetar, como consequência, a própria capacidade de ação sindical, por falta de recursos financeiros, por exemplo.

Fica evidente que nesta dialética entre ação e instituição o princípio é a ação (como no Fausto de Goethe) e a institucionalização a garante, a reforça ou a dificulta.

A cada momento e em cada conjuntura favorável ou desfavorável a ação sindical necessária se apoia nas instituições existentes e o sindicato exerce o seu papel, ou então, como acontece agora no Brasil, a ação sindical tem que se preocupar em valorizar as instituições que são garantidoras do sindicato.

João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

FONTE: Agência Sindical

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Ir à greve e conquistar direitos – Clemente Ganz Lúcio

  

Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, consultor, ex-diretor técnico do DIEESE e assessor das centrais sindicais - clemente@uol.com.br

Conquistar direitos para repartir de forma mais justa o resultado econômico do trabalho de todos e a renda nacional é a essência da luta sindical. Melhorar salários, reduzir a jornada de trabalho, garantir saúde, creches, formação, férias, pagamento de horas extras, entre outros benefícios, fazem parte da pauta sindical. Às vezes, é preciso parar. Parar de produzir! Parar de trabalhar! Ir à greve!

A Place de Grève, em Paris, fica junto ao rio Sena. O termo “greve” em francês originalmente significava uma área de cascalho ou areia às margens de um rio. A praça, situada perto da atual Prefeitura de Paris (Hôtel de Ville), tinha um terreno arenoso que inspirou o nome.

No século XVII, a praça tornou-se um ponto de encontro para trabalhadores desempregados que buscavam oportunidades, aguardando que comerciantes ou empreiteiros os contratassem para trabalhos temporários. Com o tempo, o termo “greve” passou a estar associado não apenas ao local, mas também ao ato de recusar o trabalho como forma de protesto.

Place de Grève en 1583"/Théodore Hoffbauer (1839-1922)./ Dessin. Paris, musée Carnavalet.

Place de Grève en 1583″/Théodore Hoffbauer (1839-1922)./ Dessin. Paris, musée Carnavalet.

Quando os trabalhadores paravam de trabalhar, reuniam-se na praça. Ir à Place de Grève significava juntar-se naquele local e suspender o trabalho. Daí deriva o termo e conceito de “greve” no sentido moderno, ligado a paralisações e reivindicações de trabalhadores por melhores condições.

Nas relações de trabalho, as greves são um dos pilares fundamentais para a conquista e defesa de direitos trabalhistas. Historicamente, há dois séculos, elas têm sido utilizadas recorrentemente como uma forma legítima de resistência e mobilização coletiva, permitindo que trabalhadores pressionem por melhorias nas condições de trabalho, salários e benefícios.

Greve. Pintura na sede da AFL/CIO/Foto: J Goncalves

Greve. Pintura na sede da AFL/CIO/Foto: J Goncalves

A greve é um movimento de oposição e de pressão que busca reposicionar a relação de poder entre as empresas ou organizações empregadoras (públicas ou privadas) e os trabalhadores. Em um sistema de relações desigual, onde empregadores detêm maior poder econômico e político, a greve é uma maneira eficaz de forçar negociações e acordos em novas bases, ou de exigir que direitos e acordos sejam cumpridos.

A história demonstra que os direitos trabalhistas não surgiram de concessões voluntárias dos empregadores, mas sim de lutas prolongadas e organizadas.

As greves continuam sendo uma ferramenta essencial para a defesa dos direitos dos trabalhadores, como mostram os dados mais recentes divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Em 2023, o DIEESE registrou 1.132 greves no Brasil, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Essas paralisações revelam tanto a resistência diante das condições adversas quanto a busca por melhorias salariais e trabalhistas.

Segundo o DIEESE, em 2023, cerca de 67% das greves analisadas tiveram sucesso na conquista de direitos, com atendimento integral ou parcial das reivindicações. Isso demonstra que a greve é um mecanismo eficaz para a resolução de conflitos, além de incentivar empregadores e governos a dialogar e atender às demandas apresentadas nas pautas dos trabalhadores.

Entre as pautas mais recorrentes estão o reajuste salarial (40,3%), demandas relacionadas ao cumprimento do piso salarial (26,7%) e o pagamento de salários atrasados (21,7%). Além disso, houve reivindicações por melhores condições de trabalho (20,9%) e melhorias nos serviços públicos (17,4%). No setor público, destacaram-se as greves dos professores, que exigiram o cumprimento do piso salarial nacional.

Greve: Trabalhadores da Brinquedos Estrela, de Itapira-SP, sob comando do Sindicato

Greve: Trabalhadores da Brinquedos Estrela, de Itapira-SP, sob comando do Sindicato

Esses dados indicam que as greves permanecem essenciais na luta dos trabalhadores, especialmente em um contexto de flexibilização das leis trabalhistas e precarização das relações de trabalho. Diante das novas dinâmicas do mercado de trabalho, como a digitalização e a flexibilização, a mobilização coletiva continua sendo fundamental para garantir a dignidade e os direitos dos trabalhadores.

As greves e as negociações coletivas são elementos essenciais e estratégicos nos sistemas de relações de trabalho. A análise e reflexão sobre a relação entre greve e negociação coletiva estão reunidas na obra seminal de Carlindo Rodrigues de Oliveira, *”Greve e Negociação Coletiva – Dimensões Complementares da Luta Sindical”*.

O livro apresenta uma excelente sistematização e análise do sistema brasileiro de relações de trabalho, com foco nas negociações coletivas e no direito de greve, além de se posicionar no debate teórico e político sobre a relação entre prática sindical, greve e negociação coletiva.

Se o DIEESE nos mostra que as greves continuam presentes na vida sindical, Carlindo Rodrigues de Oliveira nos oferece ferramentas para sua análise, indicando que as greves são um meio legítimo e necessário para equilibrar as relações entre capital e trabalho, sendo essenciais para a eficiência e eficácia das negociações coletivas.

As greves buscam a abertura de negociações, como frequentemente ocorre no setor público, que ainda não tem esse direito garantido e regulado no Brasil. Outras vezes, a greve é para exigir que acordos sejam respeitados e que salários atrasados sejam pagos. Ampliar os direitos e melhorar os salários são objetivos propositivos que mobilizam a maior parte das no Brasil.

A greve também é uma forma de exercício da democracia no ambiente de trabalho, dando aos trabalhadores voz ativa na definição de suas condições laborais. Além de garantir direitos econômicos, a greve promove a participação política dos trabalhadores e fortalece a cidadania, contribuindo para uma sociedade mais justa.

Clemente Ganz Lucio, Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República, membro do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020).

 

Lupi diz não ter ‘o que cortar’ da Previdência e que é contra mudança no mínimo


Ministro disse que, nas discussões no governo sobre o pacote de corte de gastos, não há "nenhum corte previsto na Previdência Social"


O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse nesta terça-feira, 5, que não há o que se cortar nos gastos da pasta e que “pessoalmente” é contra uma mudança na valorização do salário mínimo, que teria impacto nos benefícios previdenciários pela indexação entre esses programas e o salário mínimo.


“O Ministério da Previdência não tem o que cortar, porque são despesas obrigatórias, constitucionais e previstas no Orçamento. Jamais um governo com esse cunho social iria tirar direito de quem tem direito. Discussão não passa por corte de direitos”, afirmou Lupi, após reunião da bancada do PDT com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara.


Questionado sobre uma mudança em relação ao salário mínimo, respondeu: “Pessoalmente sou contra, e tenho certeza de que o presidente Lula também”.


Segundo Lupi, “a discussão está na eficácia da administração pública, dar direito a quem tem direito, mas não deixar quem não tem direito e erradamente conseguiu permanecer com esse direito”.


O ministro disse que, nas discussões no governo sobre o pacote de corte de gastos, não há “nenhum corte previsto na Previdência Social”. “Essa é outra questão, (precisamos) acertar regras de quem ilegalmente recebe. Teve a pandemia e um afrouxamento de regras pela necessidade da população. Teve um aumento enorme de pessoas que passaram a receber sem um critério mais justo”, declarou.


Lupi confirmou, ainda, que a obrigatoriedade de registro de biometria para benefícios da Previdência e do Ministério do Desenvolvimento Social – como o Bolsa Família, por exemplo – está na discussão do pacote de corte de gastos do governo.

 

Fonte: Estadão Conteúdo - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Comissão promove debate sobre plano Nova Indústria Brasil

 

 

O Presidente da CNTI, José Reginaldo Inácio, participou nesta quarta-feira (30), na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, do debate sobre a construção e efetivação do plano "Nova Indústria Brasil" (NIB), do governo federal.


A proposta de audiência atende a pedido do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).


José Reginaldo destacou a importância da NIB e ressaltou a relevância de estar presente a “indústria familiar”, citando o exemplo das bancas e facções envolvidas diretamente no setor do Vestuário, que está na contramão de trabalho digno e impõe o processo produtivo dentro das residências das trabalhadoras.


Ao mencionar a relevância da NIB, disse ser preciso que o governo inclua urgentemente o NTIB (Novo Trabalho da Indústria Brasileira), um plano nacional do NTIB. Do contrário, questões fundamentais ficam de fora: a) Qual a perspectiva para o (e do) trabalhador, ou novo trabalhador da NIB? b) Suas condições e ambientes de trabalho – são determinadas por quem? c) Qual a perspectiva das condições e direitos de trabalho da NIB? d) Os atuais modos de contrato trabalho (precários, intermitentes, sem vínculo com a integridade humana) dão conta da dignidade e da SST? e) Quais as representações “do plano de trabalhadores da indústria” tiveram a oportunidade de participar da atual estrutura e construção do Plano NIB? f) Em mesmo sentido, sobre a sua efetivação, o trabalhador ou sua representação fará parte apenas do experimento de uma NIB, ou neste processo participará ativamente?”


Em seguida evidenciou que, “além da centralidade da indústria como uma política nacional, também, é necessário reconhecer, e muito, a urgência da centralidade do trabalho nessa ação. Afinal, no dia 18/10, sexta-feira, representações dos trabalhadores vitimados na tragédia criminosa de Mariana (SAMARCO, VALE e BHP), foram impedidos de participar das tratativas finais da repactuação ‘acordo judicial para a reparação integral e definitiva relativa ao rompimento da barragem de Fundão’, o qual foi assinado no dia 25/10, entre a União Federal (ministérios e autarquias), Estados de MG e ES, e as empresas que direta ou indiretamente são responsáveis pela tragédia criminosa ocorrida em 5/11/2015. É importante lembrar que, após o rompimento, 19 mortos, dos quais 13 terceirizados. E agora sequer seus representantes são recebidos. Pacto sem as vítimas.


Assim, considerando a importância de um plano nacional para a NIB, o Estado, o governo federal, ao prever uma espécie de reparação histórica envolvendo a desindustrialização, a desagregação de valor da produção industrial, a desnacionalização da indústria, o desinvestimento em tecnologia, a predação dos territórios, fauna e flora, como um modelo criminoso e potencializador da crise climática, no qual somente comodities tornam-se a referência produtiva, além do maciço estímulo à financeirização/especulação, é fundamental reparar, ouvir e ter a classe trabalhadora industriária como determinante vital para a formulação e efetividade de uma NIB ou NTIB (Novo Trabalho da Indústria Brasileira), que reorganize a classe trabalhadora. Não é possível produção e técnica industrial sem o braço e a mente de quem trabalha na indústria ou de suas representações”.


A chamada Nova Indústria Brasil possui um plano de ação de 2024 a 2026 e já conta com quase R$400 bilhões de investimentos, com previsão de ultrapassar a trilhões de recursos até os anos iniciais de 2030, destinados a financiamentos para a NIB.


A política estabelece metas específicas para seis missões, abrangendo os setores de infraestrutura, moradia e mobilidade; agroindústria; complexo industrial de saúde; transformação digital; bioeconomia e transição energética; e tecnologia de defesa.


Cada missão possui áreas prioritárias para investimentos visando atingir as metas estipuladas até 2033.


Como ressalta a Agência Câmara: “o governo Lula implementou políticas industriais com o objetivo de fortalecer a competitividade da indústria nacional e promover o desenvolvimento tecnológico e inovação. Isso incluiu incentivos fiscais, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, apoio ao crédito para empresas e medidas de proteção comercial”, todavia, enfatiza José Reginaldo, “as entidades sindicais novamente ficaram de fora”.

 

 Com Agência Câmara -  

 

FONTE: Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Maioria dos trabalhadores leva marmita para o trabalho, diz estudo

 Pesquisa foi realizada com 816 pessoas de todas as regiões do país


A maior parte dos trabalhadores brasileiros (56% do total) leva marmita ou um lanche para se alimentar no ambiente de trabalho. Pesquisa Panorama da Alimentação no Trabalho foi realizada pelo Instituto QualiBest e encomendada pela Sapore, multinacional brasileira de serviços de alimentação e facilities. Desse total apontado pelo estudo, 42% disseram levar marmita para o trabalho.


Os demais 14%, levam lanches ou salgados. O estudo, que ouviu 816 pessoas de todas as regiões do país, foi apresentado ontem (30), durante o 2º Seminário Aberc (Associação Brasileira de Refeições Coletivas), realizado na capital paulista. Para esta pesquisa, os trabalhadores puderam escolher mais de uma opção.


De acordo com o estudo, outros 31% dos entrevistados afirmaram comprar marmitas ou lanches na rua, 28% disseram utilizar o vale refeição/alimentação, 21% os restaurantes corporativos e 7% respondeu que não se alimenta no ambiente de trabalho.


Levantamento teve como foco entender como se dá a alimentação dos trabalhadores em restaurantes corporativos. E apontou que 87% dos entrevistados consideram o restaurante corporativo um grande benefício para o trabalhador.


Segundo a Aberc, o setor de refeições coletivas movimenta mais de R$ 21 bilhões na economia brasileira a cada ano, alimentando mais de 37 milhões de pessoas em empresas, hospitais e instituições de ensino públicas e privadas.


Gastos

 

A pesquisa mostrou também que 45% dos trabalhadores brasileiros gastam entre R$ 220 e R$ 440 por mês para se alimentar no trabalho. Outros 18% responderam que gastam entre R$ 450 e R$ 660 e 23% declarou que não gasta porque tem acesso a restaurantes corporativos.


Arroz e feijão

 

O levantamento mostrou que o chamado prato feito, composto por arroz, feijão, proteína e acompanhamento é a preferência de 77% dos trabalhadores. Isso demonstra, segundo o estudo, a busca do trabalhador por uma alimentação equilibrada.


Apesar da preferência pelo arroz e feijão, a curiosidade pode levar o brasileiro a se arriscar. Quando perguntados sobre qual a opinião de ter à disposição pratos temáticos – tais como comida oriental, italiana ou mineira – 72% dos usuários de restaurantes corporativos disseram que seria ótimo, pois poderiam conhecer outros tipos de culinária.

Por Agência Brasil

 

 Fonte: TVTNews - Do Blog de Notícias da CNTI - https://cnti.org.br

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Hora de arregaçar as mangas e trabalhar pelo povo – Murilo Pinheiro

 

Encerradas as eleições 2024, chega o momento de os escolhidos planejarem efetivamente sua atuação a partir de janeiro para melhorar as condições de vida da população nas cidades brasileiras. Protagonismo da engenharia e sugestões do “Cresce Brasil” serão essenciais nesta tarefa.

 

Com a realização do segundo turno em 51 municípios no domingo (27/10), encerraram-se as eleições 2024 e chega a hora de os que receberam o voto de confiança do povo voltarem sua atenção à tarefa a sua frente: melhorar as condições de vida da população e buscar o desenvolvimento local.

Aos que darão início a um primeiro mandato, é tempo de transformar plataformas eleitorais em programas de trabalho consequente a ser posto em prática a partir de janeiro. Os que foram reconduzidos ao cargo podem desde já mostrar serviço, conforme os compromissos que assumiram.

O que não faltam, em todo o Brasil, mas especialmente em grandes cidades a exemplo da capital paulista, são problemas complexos que demandam soluções pensadas a partir de indicadores confiáveis e executadas com competência e seriedade.

Entregue a candidatos a prefeito e vereador ao redor do País, a edição 2024 do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” traz, a partir de notas técnicas elaboradas por especialistas, propostas concretas em setores cruciais. Intitulada “Cidades inteligentes – garantir qualidade de vida à população”, a publicação apresenta caminhos para habitação, mobilidade, saneamento, transformação digital, ocupação do espaço aéreo, arborização e enfrentamento da crise climática.

Ainda, sugestão concreta feita no trabalho é a criação de um órgão municipal de Engenharia de Manutenção, com quadros técnicos e dotação orçamentária próprios. O objetivo é garantir a prevenção de danos e acidentes nas estruturas e edifícios públicos, assegurando melhor uso dos recursos e, principalmente, segurança aos cidadãos.

Para além deste tema específico – essencialmente ligado à profissão –, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados vêm apontando em debates, seminários e diálogos com governantes e legisladores a importância de garantir o protagonismo e a valorização da engenharia para que haja planejamento e projetos executados devidamente.

É fundamental que os municípios tenham um corpo técnico qualificado, que receba remuneração justa e que seja estimulado a prosseguir no serviço público por medidas como bons planos de carreira e acesso à atualização profissional. A questão, portanto, deve necessariamente integrar a agenda de prefeitos e vereadores.

Que os eleitos neste pleito recente estejam conscientes de sua responsabilidade e à altura da missão que decidiram abraçar. À sociedade cabe acompanhar as ações, fiscalizar, contribuir no que for possível e cobrar.

Eng. Murilo Pinheiro – Presidente 

FONTE: Agência Sindical