Páginas

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Estável, desemprego atinge 12 milhões. Informalidade se mantém alta e renda despenca

Em 12 meses, número de ocupados cresce, em parte devido às vagas sem carteira e por conta própria


A taxa média de desemprego no país manteve-se em 11,1% no trimestre encerrado em março, segundo o IBGE. Isso corresponde a 11,949 milhões de desempregados no país. Esse número fica estável no trimestre e cai em um ano (eram 15,257 milhões em igual período de 2021), em boa parte devido ao trabalho informal (sem carteira ou por conta própria).


Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a estabilidade da taxa de desemprego se explica por não haver maior procura por trabalho no trimestre, ao contrário do que costuma acontecer neste período. “Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início do ano. O trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, comentou.


Com e sem carteira

 

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29), os ocupados agora somam 95,275 milhões, número estável no trimestre (-0,5%) e com crescimento de 9,4% em 12 meses. Também nesse período, o total de empregados com carteira assinada no setor privado (34,875 milhões) aumenta 10,7%. Mas os sem carteira (12,216 milhões) crescem muito mais: 19,3%. Já o total de trabalhadores por conta própria (25,283 milhões) tem acréscimo de 7,3%.


Assim, a taxa de informalidade se mantém acima dos 40%. No trimestre encerrado em março, foi de 40,1% dos ocupados, ante 40,7% em dezembro. Há um ano, essa taxa era menor (39,1%).


O rendimento, por sua vez, foi estimado em R$ 2.548. Pequena alta, de 1,5%, no trimestre. Em um ano, despenca: 8,7%. A massa de rendimentos, sem variação significativa, é de R$ 237,673 bilhões.


Emprego formal

 

O mercado formal abriu 136.189 vagas com carteira em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (o “novo” Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O resultado é a diferença entre contratações e desligamentos no mês passado. O estoque de empregos agora é de 41.293.528. O salário médio de admissão caiu 7,7% em 12 meses.

 

Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI


Nenhum comentário:

Postar um comentário