País tem agora 12,4 milhões de desempregados. Em 12 meses, massa salarial perde R$ 6 bilhões
A taxa média de desemprego foi a 11,6% no trimestre
encerrado em novembro, com recuo tanto na comparação
com agosto (13,1%) como em relação a igual período
de 2020 (14,4%). Mas, em boa parte, isso se deve à
manutenção da informalidade no mercado de trabalho
brasileiro, que atinge 40,6% dos ocupados – ou 38,6
milhões de pessoas. Ou seja, trabalho precário, com
menor proteção. E o rendimento é o menor da série
histórica.
Assim, o país tem agora estimados 12,405 milhões de
desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na
sexta-feira (28) do IBGE. São menos 1,469 milhão em
três meses (-10,6%) e 2,109 milhões em um ano
(-14,5%). Ao mesmo tempo, o número de ocupados
(94,930 milhões) cresceu 3,5% e 9,7%,
respectivamente. “Esse crescimento também já pode
estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de
ano, período em que as atividades relacionadas
principalmente a comércio e serviços tendem a
aumentar as contratações”, diz a coordenadora de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Mas o aumento da população ocupada se dá,
principalmente, pelo trabalho informal. Por exemplo,
em 12 meses o emprego no setor privado com carteira
cresceu 8,4%, com mais 2,645 milhões de vagas
formais. No mesmo período, o emprego sem carteira
subiu duas vezes mais: 18,7%. Isso significa
acréscimo de 1,919 milhão de pessoas. Já o trabalho
por conta própria aumentou 14,3%, com 3,232 milhões
de autônomos a mais. E o trabalho doméstico teve
alta de 22,5%, principalmente o sem carteira
(25,1%).
Subutilizados e desalentados
Ao mesmo tempo, os chamados subutilizados agora somam 29,094 milhões. Queda de 7,1% no trimestre e de 11%% em um ano. A taxa de subutilização caiu para 25%. Os desalentados são 4,882 milhões – menos 6,8% e 14,4%, respectivamente.
Os empregados com carteira somam 34,224 milhões, 36%
dos ocupados, quase no mesmo nível de um ano atrás
(36,5%). Os sem carteira (12,179 milhões) são 12,8%,
mais do que em igual período de 2021 (11,8%). E os
trabalhador por conta própria (25,841 milhões)
representam 27,2%, ante 26,1% há um ano.
Estimado em R$ 2.444, o rendimento médio caiu 4,5%
no trimestre e 11,4% em um ano. É o menor rendimento
da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em
2012, informa o IBGE. A massa de rendimentos soma R$
227,032 bilhões, queda de 2,6% em 12 meses. Isso
equivale a R$ 6 bilhões a menos na economia.
Fonte: Rede Brasil Atual - Do Blog de Notícias da CNTI
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