Resultado do golpe: de 2014 a 2017, média anual de desempregados passou de 6,7 milhões para 13,2 milhões, um aumento de 97%
Escrito por: Tatiana Melim
Reprodução
A
taxa média anual de desemprego no Brasil subiu de 11,5% para 12,7%
entre 2016 e 2017. É a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em
2012, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os
dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
foram divulgados nesta quarta-feira (31).
A média de desempregados pulou de 6,7 milhões para 13,2 milhões, um
aumento de 97%, entre 2014, quando a taxa de desocupação atingiu o menor
patamar (6,8%), e 2017.
No mesmo período, que coincide com a ruptura democrática vivida no
País, foram perdidos 3,3 milhões de postos de trabalho com carteira
assinada, sendo um milhão a menos somente de 2016 para 2017, depois que o
golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) assumiu o poder depois de
dar um golpe de Estado.
Com Temer, o que subiu foi a informalidade. O número de trabalhadores
por conta própria aumentou em 1,1 milhão de pessoas (4,8%) em 2017, em
comparação ao mesmo período de 2016.
Os números do IBGE confirmam o que a CUT vem denunciando desde que o
ilegítimo Temer assumiu o poder sem voto, diz o presidente da Central,
Vagner Freitas.
“Os golpistas não têm projeto econômico nem político para o Brasil.
Deram um golpe para acabar com o emprego com carteira assinada e
destruir os direitos sociais e trabalhistas, atingindo em especial a
população mais pobre, que depende das políticas públicas do Estado para
sobreviver com o mínimo de dignidade,” diz Vagner.
O presidente da CUT disse ainda que, ao contrário do que venderam
para a população, a reforma Trabalhista não gera empregos. “Pelo
contrário, gera aumento da informalidade, do bico, das condições
precárias de trabalho. O que é desastroso para a economia e para a renda
e qualidade de vida das famílias brasileiras”.
A técnica do Dieese, Adriana Marcolino, reforça a análise do
presidente da CUT, ressaltando que esse período de crise econômica, que
já dura três anos, e o aumento do desemprego resultaram no achatamento
dos salários dos trabalhadores e das trabalhadoras.
“Em janeiro de 2015, o salário dos admitidos equivalia a 95% do
salário dos demitidos. Em dezembro de 2017, essa relação caiu para 87%”,
explica Adriana.
“Esse cenário é o que concretamente os trabalhadores e as famílias
sentem e que está refletido nas falas da população, quando lamentam que a
condição de vida piorou com a crise e de que não houve melhora
significativa em 2017”.
Segundo o presidente da CUT, faltam políticas públicas direcionadas
para a criação de empregos decentes, além de uma retomada consistente da
economia, com uma política econômica sólida e um projeto de
desenvolvimento sustentável.
FONTE: do site da CUT - https://cut.org.br/noticias/com-temer-desemprego-e-o-maior-desde-2012-1891/
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